Quando devemos aproveitar a chance

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Scorpius Malfoy

A noite estava sendo agitada. Estávamos todos reunidos no Salão Comunal jogando o jogo da garrafa desde que o jantar terminara. A animação era evidente. Muita gente ficara de fora, apenas observando. Todos os Weasley's estavam ali jogando, o que contribuía para deixar tudo mais animado ainda. Bem, quase todos estavam ali.

– Ok, minha vez de girar! – Dominique anunciou encerrando as risadas. Muita gente ainda se recuperava do ataque de risos da revelação de Dominique sobre seu fetiche que envolvia fantasias de Merlin e Morgana.

A loira girou a garrafa que caiu com a boca para Lily. Ambas sorriram cúmplices.

– Lily, ah, doce Lily. – Dominique começou a batucar os dedos na garrafa. – Verdade ou desafio?

– Desafio. – a ruivinha mordeu o lábio e todos no Salão ovacionaram. Tomei mais um gole de meu suco de abóbora, sorrindo.

– Desafio você a beijar o garoto que você está afim no momento. – mais agitação e Lily corou um pouco, se levantando. Todos começaram a fazer coro para que Lily agisse, enquanto ela olhava para cada um pouco envergonhada, mas achando graça.

Seus olhos passaram por mim e ali permaneceram, até que a voz da diretora soou em nossos ouvidos e todos se calaram.

– Já para as camas, agora! Já passa do horário de recolher. - todos começaram a se levantar rapidamente. – E o senhor, Malfoy, é Monitor. Deveria dar o exemplo.

– O jogo estava sendo civilizado, diretora. Não envolveu álcool nem ações obscenas, isso eu te garanto. Jamais deixaria isso acontecer de baixo dos meus olhos. – assegurei e Minerva amoleceu um pouco.

– É bom saber que é um aluno e Monitor aplicado, senhor Malfoy. Sei que posso contar com o senhor. E quero desejar-lhe boa sorte na seleção. É um dos meus alunos mais brilhantes. – "um dos". Claro. Sorri em agradecimento e desejei-lhe boa noite, indo em direção ao meu dormitório.

– Hey Scorp! Entre na aposta também. – Lorcan Scamander me chamou e comecei a rir, já imaginando do que se tratava. Fred Weasley II, Charlie Benson e Ezra Finnigan estavam deitados em suas respectivas camas, provavelmente fazendo parte da aposta, que certamente envolvia...

– Lily Potter! – Ezra exclamou e Lorcan se jogou na cama, sorridente.

– Quem seria o garoto que ela tanto queria beijar?

– Os idiotas ali estão achando que ela queria beijá-los. – Fred comentou revirando os olhos.

– Ei, eu não estava pensando nada! – Charlie se defendeu. – Não sou um patético apaixonado por Lily Luna como o Finnigan e o Scamander ali. – ele indicou os dois, que sorriam feito idiotas.

– Ela ainda será minha. – Ezra garantiu, fechando os olhos castanhos e sorrindo.

– Vou querer viver para ver esse dia chegar. – falei tirando minha camisa do uniforme e me jogando na cama.

– Também vou querer. Espero encontrar uma pedra filosofal rapidamente. Acho que mais de seiscentos anos serão necessários para isso. – Fred zombou e Ezra apenas ignorou.

– Você perde tempo demais admirando a Lily, que não te dá atenção alguma, enquanto poderia estar, de fato, sendo feliz. – argumentei, mas Ezra era cego demais.

– Sou feliz quando ela fala comigo. Sou feliz quando ela me olha. Ou quando me pede a pena emprestada...

– Ela só fez isso uma vez... – Fred encarou-o abismado.

– E sorriu agradecida! – Ezra se levantou da cama com os cabelos castanhos bagunçados, e um olhar sonhador.

– Ela sequer lembrou do seu nome! – foi a vez de Charlie argumentar.

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