Quando uma perseguição não dá certo

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Quando uma perseguição não dá certo

Albus ainda estava meio puto comigo pela história da Amanda Lore, mas eu não me dei o trabalho de pedir desculpas ou algo assim. Não precisava disso. Além do mais todo o contato que tivemos com o pessoal da Grifinória foi demasiadamente exagerado. Achei que Tony, Cat e Al iriam voltar ao normal, mas me enganei plenamente.

No dia seguinte, assim que Tony saiu da enfermaria flagrou Cat e Fred se beijando. Mas, para minha surpresa ele não disse absolutamente nada. Achei que ele iria fazer um show, como sempre fazia, mas ficou em silêncio e foi almoçar como se nada tivesse acontecido.

Achei também que Catherine olharia perplexa para ele, mas ela viu e apenas ignorou, voltando a enfiar a língua dentro da boca do meu primo da Grifinória, Fred Weasley II. Suspirei enquanto almoçava tranquilamente. Pelo menos eles não discutiriam mais.

Al estava tentando explicar a situação para Amanda, que não queria ouvir uma palavra sequer de seu cunhadinho querido.

Eu e Tony estávamos embaixo de uma árvore, fitando o nada enquanto contávamos quantos suspiros cada um dava por minuto. Sábado extremamente produtivo, como podemos notar. Reparei que as partes baixas de Tony estavam com uma espécie de proteção e ele apenas resmungou quando eu comecei a rir.

– Não sei porque ela ficou tão brava. Você que teve o par envenenado, e sequer me ameaçou.

– Não seja por isso. – esbocei um sorriso malicioso e Tony gemeu, protegendo seu órgão genital rapidamente. – Vou ter minha chance de vingança, pode apostar.

– Ah, qual é Rose! Ele é da Grifinória, não tem nada a ver com você. Você nem sentiu tanto assim. – ele tentou argumentar. Alguns primeiranistas passavam por ali correndo, felizes. Suspirei novamente, pela milésima vez no dia.

– Eu acabei perdendo a aposta para o Al.

– Nenhum dos dois ganhou de fato, Rose. Esquece isso. – Tony deitou-se, fechando os olhos. Uma leve brisa batia no meu rosto, o tempo já ficando mais frio.

– Eu detesto perder. Nós meio que empatamos, e você sabe que eu odeio isso.

– Que tal entrar para o time de Quadribol? – ele sugeriu animado e eu o olhei sem muito interesse. – Al é do time, e você sabe que poderia entrar no time e ser tão boa quanto ele. – sorri triunfante, sabendo que era verdade.

– A questão é que eu detesto Quadribol.

– Você detesta os jogadores que parecem animais selvagens sem escrúpulos no jogo. – Tony rebateu utilizando a expressão que eu sempre usava para justificar minha aversão à Quadribol. – Você gosta de jogar.

– Quando não incluem outros jogadores patéticos, sim. – afirmei e Tony me encarou com tédio.

– Apenas pense nisso. – meu silêncio foi sua resposta.

Albus deve ter conseguido irritar Amanda para valer, porque minutos depois que Tony e eu encerramos nossa conversa ele estava sendo azarado pela Grifinória de cabelos encaracolados.

Uma rodinha começava a se formar, e um sorriso convencido estava no rosto de Amanda Lore, enquanto Albus estava em pânico. Inúmeras aranhas estavam subindo em seu corpo e ele tinha uma fobia tão tenebrosa quanto à de meu pai.

Tony e eu nos entreolhamos e fomos até lá, rindo, porque não eram aranhas que de fato lhe fariam mal e ele sabia disso, só não conseguia se controlar. Era divertido ver Al daquele jeito. Suas cores mudavam constantemente, e as súplicas para que ela acabasse com o feitiço eram cada vez mais desesperadoras. No entanto, ele tinha sua varinha e sabia o contrafeitiço.

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