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Lisa

— Não, Carlos, eu não acho que ela esteja tentando seduzir você!

Estou a trinta minutos com o Fixa no celular, ele está completamente bêbado e está afirmando que a Lua deu em cima dele, mereço. Nem eu estando longe, esse menino me dá sossego.

*Mas, Lisa, você não viu o jeito que ela me olhou, mas assim, eu não quero que role alguma coisa. E se ferrar minha amizade com o Nobru?*

— Você é um ótimo amigo por pensar no Bruno, mas eu não acho que ele ficaria chateado se rolasse alguma coisa, mas isso você tem que perguntar para ele.

*Ele tá com você, mas... NÃO, EU VOU IR TAMBÉM, ME ESPEREM!* — Afastei o celular da minha orelha e revirei os olhos.

— Quer me deixar surda, porra? — Esbravejei, o fazendo rir.

*Desculpa amor, Pires tá querendo sair sem mim, vê se pode.*

— Mas vocês não passaram a noite fora? Se aquietem em casa, isso sim.

*Se preocupa não, 'tá tudo sob controle aqui.*

— Estou percebendo. — Ironizei. 

*Quando você voltar, a gente conversa melhor sobre a Lua desejar o meu corpo nu, agora eu preciso ir.*

— Pelo amor de Deus, se controle, menino. — Supliquei. 

Fico preocupada com a Lua sozinha com esses meninos. Ela deve estar assustada, eles são completamente malucos. 

*Tá bom, tá bom, tchau.*

Antes que eu pudesse me despedir, a ligação foi finalizada, bufei. Estou vendo que a minha volta para SP vai ser conturbada, Carlos colocou na cabeça que a Lua está dando em cima dele e eu duvido muito disso. Mas como discutir sobre isso com o Carlos? E ainda estando bêbado? Sem condições, até porque quando ele coloca alguma coisa na cabeça, ninguém tira.

O dia está tão quente que eu estou quase sentindo saudades do clima ameno de São Paulo, também não sei o que quero. Acordei na intenção de pegar bastante sol para me bronzear, faz tempo que eu não sei mais o que é uma marquinha. Quando Fixa me ligou, eu estava escolhendo o meu biquíni, chegamos aqui umas cinco horas da manhã, todo mundo dormiu bastante e agora vamos aproveitar.

Terminei de me vestir, peguei o celular e fui em direção ao andar de baixo, pelo barulho, já estão todos acordados.

— Como sempre, a última a acordar. — Murilo resmunga assim que me vê. Reviro os olhos.

— Claro, eu sempre estou mais cansada que vocês! — Rebati. 

— Valeu, smurf. — Nobru se intrometeu, ergui o dedo do meio em sua direção.

— Gostosa! 

Alice veio da cozinha e desferiu um tapa na minha bunda quando passou por mim. Puta que pariu. 

— Caralho, sua mão é pesada! — Reclamo, alisando minha bunda. Ela riu e balançou os ombros.

— Está melhor, querida? — Minha mãe questiona, eu concordo.

SubmergedOnde histórias criam vida. Descubra agora