02 - Sua voz

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Quem é vivo aparece sempre no momento errado para dizer presente onde não foi chamado

Quem é vivo aparece sempre no momento errado para dizer presente onde não foi chamado

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Angel Richards

20 de fevereiro, 06:50 AM

TOC, TOC, TOC.

Acordo em um pulo com as batidas agressivas na porta da frente, despertando de uma só vez me sento em minha cama sentindo todo o meu corpo reclamar pela posição desconfortável em que eu dormi.

O rapaz desconhecido deitado na minha cama não se importa com as batidas frenéticas e barulhenta da porta e continua com suas pernas rodeados as minhas e mantendo nossos corpos próximos demais.

Sinto que minha cabeça vai explodir por causa da ressaca e por isso faço diversas promessas vazias de que nunca mais vou beber na minha vida. Quando meus olhos se acostumam com a claridade do quarto e eu consigo enxergar tudo com mais clareza tomo um susto pela bagunça ao redor.

Há muitos copos vermelhos de bebida espalhados por todo o cômodo, sem contar as inúmeras garrafas de bebida vazias que ajudam na bagunça do meu quarto. Além do garoto desconhecido na minha cama outros dois rapazes adormecidos, um jogado no chão e outro em um puff no canto do quarto.

Talvez não tenha sido uma ideia muito boa fazer um after com pessoas desconhecidas no meu quarto. Não faço ideia do que aconteceu durante essa madrugada.

As batidas na porta ecoam de novo e me tiram de meus devaneios. Me levanto da cama e desvio do corpo adormecido no chão para chegar até a sala do apartamento, caminho até a porta sentindo minhas cabeça doer cada vez mais, enquanto as batidas agressivas continuam.

Abro a porta de uma só vez me surpreendendo quando vejo meu colega de quarto, Leon, que disse que voltaria apenas semana que vem da sua viagem da escola.

– Voltou cedo – Murmuro com a voz rouca por ter acabado de acordar

– Houveram alguns problemas na viagem – explica passou por mim e entrando no apartamento – Precisamos conversar – Anuncia – agora! –

– Só deixa eu expulsar uns desconhecidos da nossa casa – Digo voltando ao meu quarto, sendo seguida por Leon

Assim que entro no quarto o rapaz que está deitado na cama está acordado coçando seus olhos com uma expressão cansada. Cutuco o garoto jogado ao chão e jogo um copo vazio no outro, o que faz os dois me olharem assustados.

– Chegou a hora de ir embora – Finjo uma falsa animação, já puxando os desconhecidos para fora do quarto e os expulsando da casa.

Assim que fecho a porta de entrada da casa me viro para Leon que mantém uma cara confusa desde que viu os rapazes no quarto.

– Longa história – comento sem dar importância

– Tanto faz – Leon deu de ombros e foi até a sala se jogando no sofá

Break my heart againOnde histórias criam vida. Descubra agora