revenge ⌈ cancelo • goretzka • bellerín • loftus-cheek ⌋ ✅

⌈ capítulo 12 ⌋

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❛ Amélie Fontainelles ❜

          Depois destes tremidos e corridos dias, eu finalmente consegui habituar-me à convivência do meu filho com o seu pai. O Héctor, mesmo não sabendo a verdadeira ligação que tem com a criança, é divertido, querido, brincalhão e sempre faz de tudo para ver o mais novo feliz e animado. Durante o treino que ele assistiu da seleção espanhola, tal como fora prometido por Luis Enrique, Jonathan acabou por assumir a posição de defesa central ao lado de Sergio Ramos e Bartra, mas sempre do lado direito do centro da defesa, para garantir que ficava perto do jogador do Arsenal. Confesso que se tudo isto não tivesse acontecido da forma errada, Bellerín teria dado um bom pai para o menino, já que os dois compartilham os mesmos gostos e, para mal dos meus pecados, são demasiado parecidos em termos de personalidade também. Contudo, tudo o que eu desejo é que ele não cresça a ser um violador.

          - Mãe. – O menino chama, completamente ensoado e colocando o seu braço por cima de mim, despertando-me dos meus pensamentos. – O que vamos fazer hoje? E quando eu vou ver um jogo?

          - Os jogos só voltam dentro de dois dias, amor. – Passo os dedos pelos seus escuros cabelos e sorrio com o seu olhar azul e brilhante em mim. – E hoje vamos almoçar e passear com o André.

          - O André vai ser o meu pai? – Franzo a testa para o mais novo e engulo em seco com a sua pergunta. – Eu sei que ele é o meu pai biológico, mas se ele for teu namorado pode ser meu pai, não é? A avó disse-me algo assim.

          - Um dia o meu namorado e pessoa com quem eu casar será teu padrasto. – Continuo a brincar com os seus cabelos, não me cansando nunca devido à suavidade dos mesmos. – Mas ele pode sim ser teu pai, basta ele te perfilhar, ficares com o nome dele e ele assumir por ti os deveres que o teu pai biológico deveria ter. – Estranho quando o meu telemóvel dá sinal de mensagem e no ecrã vejo o nome de Leon. – Mas não penses nisso, sim? Além disso, mesmo que o meu futuro marido não te perfilhe, eu sei que vou escolher bem e ele será um bom pai para ti, porque pai é quem cria e não quem faz.

          - E onde está o meu pai biológico?

          - Jonathan. – Suspiro pesadamente e coloco ambas as mãos no seu rosto. – Alguma vez eu deixei que te faltasse algo? Alguma vez te dei razões para sentires falta de um pai? – O menino nega com a cabeça e noto-o morder o interior da sua bochecha. – O tio Pierre cuida muito bem de ti.

          - Eu sei, mas ... Posso dizer quem eu queria para meu pai? – Ergo uma sobrancelha por ver o seu sorriso divertido e traquina, lembrando ainda mais o espanhol. Abano a cabeça afirmativamente e olho-o atentamente. – O Cancelo ou o Bellerín. – O meu coração quase pára de bater com as sugestões dele, porque mal ele sabe que o segundo é realmente o seu pai e o primeiro é o meu grande amor, aquele que eu não devia amar, mas amo. – O que foi, mamã? Ficaste triste por eu não dizer o André? Eu gosto dele, mas eu gosto mais dos outros.

          - Eu entendo querido, mas eu lamento informar, mas eu não tenho sentimentos por esses dois, eles são apenas meus amigos. – Forço um sorriso porque o Héctor é tudo menos meu amigo, enquanto o Cancelo é uma história complicada. Eu ainda tenho nojo dele e quero que ele morra. – Jonathan o que achas de ires ter com o João? – Interrogo quando leio a mensagem enviada pelo alemão, que pede para se encontrar comigo para tomarmos o pequeno-almoço. – A mãe tem de ir tratar de algo do trabalho e a madrinha já não está cá. – Olho para o meu filho que se levanta rapidamente da cama e corre para a porta. – JONATHAN! – Grito quando ele abre a porta e apenas tenho tempo para vestir um roupão. – Anda cá.