Capítulo 38

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Ana Carolina

Saí revoltada com Deus e o mundo da casa do Cleyton. Nunca tive tanto ciúmes assim, ainda mais por causa de uma menina que ele sequer vê ou conversa. Tá, eu sei que na maioria das vezes sou exagerada, mas isso não explica o fato dele ainda ter ela no facebook. Cheguei na minha casa e logo tratei de tomar um banho, coloquei meu pijama e me entupi de sorvete. Estava com raiva, triste e não queria vê-lo tão cedo.

Mas não deixei de olhar o celular a cada cinco minutos atrás de alguma mensagem dele, vai me entender né? Sou complexa demais, todos me dizem isso. Só me aguenta quem me ama de verdade mesmo e quem me aceita. Será que o Cleyton sente tudo isso por mim ao ponto de me aguentar assim complicada e desconexa?

Milhões de perguntas se passam na minha mente, pensamentos de traição da parte dele, pensamentos de mentiras só fizeram minha situação piorar. Realmente estava pirando com tudo isso, acordei com batidas na porta.

Atendi e dei de cara com ele, tão lindo e tão meu. Mas não iria dar meu braço a torcer, assim que tentei fechar a porta ele travou com o pé e entrou.

— NÃO TE DEI ESSE DIREITO — gritei e pouco me importava com o que iam achar de mim do lado de fora.

— Cala a boca e senta — ele foi bem grosso comigo, posso com isso?

— O que quer aqui? — sentei — Não pedi pra vir.

— Vim aqui pra ver se você deixa de ser cabeça dura.

— Ah, agora eu sou cabeça dura né? — ri — Era só o que faltava.

— Fica quietinha vai — ele disse fechando os olhos — Eu preciso fazer o que pra você perceber que você é a única mulher que eu quero na minha vida?

— Nada.

— Não vem com essa, você surtou por causa de uma menina que eu não falo faz tempo, você é meio louca sabia marrentinha? — ri do apelido.

— É eu sei disso, mas isso não justifica você ter ela facebook.

— Ela não representa nada pra mim dá pra entender? — segurou meu rosto com as duas mãos — A única que me importa e que eu quero pra mim pra sempre é você, sua pirada — mordeu meu lábio.

— Mesmo?

— Mesmo!

— Então prova.

— Como quiser — ele me puxou pra mais perto e me beijou com todo amor, intensidade e fogo que poderia existir. Ficava sem fôlego, mas não parava. Eu o queria assim, perto. Sem interrupções, sem mágoas ou brigas.

Queria assim, felicidade e amor sem fim. Só ele e eu. Pra sempre.

— Eu te amo marrenta, você é minha perdição.

— Eu também te amo — sorri. 

ALÉM DO QUE SE VÊOnde histórias criam vida. Descubra agora