Adrien
Quando Mari me deixou sozinho na sala eu fiquei estático. Ela havia mencionado a Lila. O que aquela cobra havia dito a Marinette? As vezes, eu acreditava que ela ainda sentia algo por mim, e as vezes pensava que esse sentimento havia sido esquecido. Sai da sala e fui para a sala da Lila. Para a minha tristeza, ela estava completamente vazia. Aquela vadia nunca sai cedo, justo naquele dia ela havia mudado de rotina. Sai da faculdade e entrei no meu carro. Parti indo em direção a casa da Lila.
Assim que cheguei, toquei a campainha. Ela apareceu na porta usando apenas um short de dormir e um top. Vulgar como sempre. Ela abriu o portão me olhando com seu olhar malicioso.
-Agreste? A que devo a honra? - disse ela - Veio se divertir.
-Me poupe. - respondi sem paciência - Eu vim aqui para conversar.
-Conversar sobre o que querido?
-Sobre a Marinette. - ela revirou os olhos e fez careta - Lila, o que você disse para ela?
-Eu não disse nada. - respondeu sem rodeios.
-Hoje eu e ela discutimos, e no final da nossa discussão ela disse para eu ir me divertir com você. - um sorriso apareceu no seu rosto - Lila, o que você fez? Nós tínhamos um acordo.
-Sim meu amor, tínhamos um acordo. E eu cumpri com ele.
-Lila, não tem outro motivo dela saber sobre o que aconteceu, se você não falou. - senti meu sangue ferver.
-Adrien... você não sabe? Eu jurava que você estava sabendo. - Seu tom era de deboche.
-Sabendo o quê?
-No dia em que você cumpriu com a sua parte do acordo, na biblioteca, perto da salinha de arquivos, a sua querida Marinette, nos viu.
Senti meu sangue gelar e meu coração parar. Ela havia visto. Meu corpo se encheu de irá.
-É VOCÊ NÃO ME DISSE NADA? - gritei. Ela nem se importou - Lila, por que você não me disse?
-Não estava no acordo. - seu sorriso sínico me dava nojo - Foi tão triste ver a carinha que ela fez. Aqueles olhinhos azuis cheios de lágrimas. Mas...eu estava em um momento tão gostoso que eu nem me importei.
Juro que tive vontade de segurar ela pela garganta e jogar ela na frente de algum carro que estivesse passando na rua. Mas infelizmente, não estava a fim de ir preso.
Entrei no meu carro e dirigiu para casa. Estava explicado porque a Marinette havia mudado comigo tão subitamente. Eu quis tanto me aproximar da Mari da maneira certa, mas terminei ferrando com tudo em apenas um dia. Como dizia minha mãe, eu fui cagado de urubu. Estava furioso, dirigi como um louco. Assim que estacionei, entrei em casa e subi para o meu quarto. Assim que entrei, bati a porta com força. Comecei a andar pelo quarto em desespero. Dei um grito de fúria e derrubei todas as coisas que estavam na mesa do computador, depois joguei um vaso que havia ganho de presente da minha tia na direção da porta. Antes que ele atingisse a parede, meu pai o pegou.
-Cuidado! - disse ele - Sua tia ficaria chateada se soubesse que você quebrou o vaso que ela te deu de presente.
-Você sabe que ela não deu isso para mim. - respondi.
Me sentei na cama e cobri meus olhos com as mãos. Senti meu pai se sentar ao meu lado.
-Ela me odeia. - soltei.
-Por quê acha isso? - perguntou ele com tranquilidade.
-Eu não acho, eu tenho certeza. Ela me viu com a Lila naquele dia.
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Um Passado Esquecido
FanfictionApós um acidente terrível, Marinette Dupain-chang perde algo preciso e pessoas preciosas. Em uma luta constante, ela tenta refazer sua vida e esconder o segredo de seu acidente, mudando de cidade com sua mãe. Mas a mudança pode ser mais complicada d...