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Hueningkai

Ontem depois que cheguei em casa fiquei meio que viajando na maionese por causa de todo aquele ocorrido, aquele não era eu, juro, não sou assanhado, longe de mim uma coisa dessas, jantei normalmente, nem tanto assim porque Yeonjun lançou uma cantada em Soobin e ele quase que morre ali engasgado e cai roxo no chão. Tomei banho e fui para meu quarto, respondi as mensagens de meu pai, ouvi música, refleti sobre a vida, e outras coisas irrelevantes. Resolvi dormir pois já estava tarde, peguei meu pinguim de pelúcia e me deitei na cama, quando eu estava quase pegando no sono, começo a ouvir barulhos abafados, gemidos para falar a verdade, não eram poucos e meu deus! Não tinha como dormir desse jeito, ouve uns rangidos de cama também e... Que horror eu preferia ter ido dormir no andar de baixo na cozinha, coloquei meus fones e comecei a ouvir The Neighborhood, adiantou um pouco, mas ainda continuei ouvindo, antes os barulhos vinham de Soobin, agora é Yeonjun, meu primo é um depravado. Queria ter a sorte de minha tia que cai na cama e só acorda no outro dia, seu sono era pesado.

Agora estou sentado e parado olhando um ponto fixo na parede e percebendo que já são meio dia, claro, aqueles dois cachorros no cio não me deixaram dormir, levanto, faço minha higiene matinal, coloco qualquer roupa que vejo pela frente e saio do quarto a procura de comida.

O almoço estava sendo colocado na mesa e meu primo estava ajudando minha tia, Yeonjun já havia ido embora pelo visto.

— Que isso no seu pescoço? – perguntou Yeonjun surgindo pelas minhas costas de repente me dando um susto. Droga! eu esqueci que eu estava todo marcado.

— Alergia – minto.

Respondo e vou para a mesa tentando ignorar o comentário.

— Eu não nasci ontem Hueningkai. Seu safado – diz Yeonjun.

— Da próxima vez coloca isolamento acústico no quarto do Soobin porque vocês não me deixaram dormir.

— Oh, me desculpe alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado – diz o parasita que vive grudado em meu primo como se fosse uma cena dramática.

— Gente isso é um almoço de família parem com isso antes que eu pegue os dois e jogue lá fora para o caminhão de lixo pegar, bom dia – diz Soobin sorrindo forçado com uma faca na mão.

— Voçê está parecendo um psicopata assim para com isso por favor.

— Espero ir dormir hoje e não acordar com vocês transan– digo depois de um tempo,antes de eu terminar a frase Soobin tampa a minha boca e quase pula em cima de mim.

— Qque? – interroga minha tia.

— N-nada não mãe, olha ali que passarinho bonito passando na janela! – meu primo tenta disfarçar.

Yeonjun olha pra mim e começamos a rir enquanto minha tia nós olhava sem entender nada e Soobin desesperado, mal ela sabe o que o neném não é neném.

Depois da refeição, volto para meu quarto e escuto batidas na porta. Desço da cama sem coragem e abro a porta do quarto.

— Vamos sair comigo, Soobin, e seus namorados? – diz Yeonjun dando ênfase na parte "seus namorados", fico surpreso e dou um tapa fraco em seu peito o empurrando para trás.

— Vamos, a gente vai no meu carro agora tenho habilitação e trago todo mundo vivo embora — ele me olha com cara de cachorro abandonado.

— Tá, vou me trocar.

Vou no guarda roupas pegar meu moletom amarelo e lembrei que só poderia pegar ele depois quando visse os meninos, coloquei uma camiseta normal simples, uma calça jeans e um tênis, hoje estava friozinho por causa da chuva de ontem, no carro eu coloco meu moletom.

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