Cap 21

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A respiração tranquila de Lia ainda adormecida fazia o âmago de Regina tranquilizar, fazia algumas horas que estavam ali, devido ao medicamento a pequena ainda dormia, mas logo iria acordar e a morena desejava ficar ao lado dela até que seus pequenos olhos azuis voltassem a resplandecer.

--Querida, não precisa ficar segurando a mão dela o resto do dia. --Robin abraçou a morena pousando as mãos no ventre dela.

--Eu só quero que ela sinta que estou aqui. --Regina suspirou acariciando a pequena mão de Lia.

--Eu sei que você ficou preocupada, mas ela está bem, não quero que fique se culpando por algo que você não sabia.  --O loiro depositou um beijo sobre a bochecha corada pelo frio. A morena virou-se para falar, mas o som do celular a impediu. Ela retirou o aparelho da bolsa que estava sobre a poltrona e franziu o cenho ao ver o nome.

--Amor se importa de ficar sozinho com a Lia um instante? --Regina pergunta já segurando a maçaneta da porta.

--Claro que não, mas está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? --Robin preocupou-se.

--Eu não sei, é do orfanato, já é a quinta vez que ligam. --A morena falou saindo do quarto e fechando a porta atrás dela deixando o pintor confuso.

--Emília? O que Aconteceu? --A empresária arregalou os olhos assim que ouviu o que a diretora do orfanato falou. A mulher falava rápido e angustiada, o coração de Regina acelerou e a preocupação tomou conta de todo seu ser. --Eu estou indo. --A morena desligou e entrou no quarto pegando a bolsa e o sobretudo na poltrona sem ao menos olhar para Robin.

--Regina o que houve? --O pintor a segurou levemente pelo braço fazendo-a parar antes de sair.

--Deu algo errado com a adoção do Will. Robin eu... --A mulher começou enquanto dirigia o até a pequena adormecida, ela nunca sentiu-se tão dividida em sua vida.

--Querida calma, olha para mim. --Ele segurou o rosto da morena entre suas mãos fixando o olhar nos castanhos. --Vai dar tudo certo, quando Lia acordar eu vou para casa, vamos esperar você lá, agora você precisa ir até o orfanato.  --A capacidade do loiro em acalmá-la era algo que Regina jamais entenderia, bastava olhar nos olhos dele, ou apenas sentir o cheiro dele que tudo se transformava em calmaria.

--Por favor me liga quando a Lia acordar. --Sua estrela depositou um breve beijo em seus lábios e saiu. Robin sorriu com a forma preocupada que ela ficava ao ouvir o nome do garotinho, era tão injusto que ela não tivesse conseguido adotar William, Regina era a única mãe que ele conhecia.

Vinte minutos depois os portões do estacionamento no orfanato estavam se abrindo para a Mercedes azul e uma loira ansiosa aguardava que o carro parasse em sua vaga habitual, algo que não aconteceu, o carro parou de qualquer jeito em meio ao estacionamento e a morena entregou as chaves para um funcionário que estava cuidando da limpeza, ela pediu para que o homem colocar o carro na vaga, o rapaz olhou sem entender, mas fez o que a mulher pediu.

--Emília, o que aconteceu? --Regina perguntou enquanto andava acompanhada pela loira.

--Faltava pouco para finalizar o processo de adoção, logo William estaria em casa com os pais adotivos, mas o casal chegou aqui e viu Will brincando com as meninas. Falaram que queriam um filho homem, não isso. Eles foram embora muito irritados e fizeram tudo na frente do pequeno.

--O que? Eu quero o nome do casal! --A empresária parou no meio do caminho irritada e Emília assustou-se, nunca havia conhecido este lado da chefa, a morena sempre foi doce no orfanato.

--Senhorita Mills, é uma informação sigilosa. E agora Will precisa de você, ele está triste. --O rosto da mulher suavisou e uma expressão triste surgiu.

ENCONTRO ARRANJADOOnde histórias criam vida. Descubra agora