Cap 22

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As asas de um beija-flor batem cerca de oitenta vezes por segundo, mas para Regina seu coração estava ainda mais acelerado. Havia chegado o momento tão esperado, parecia que seu pequeno milagre decidiu fazer tudo no mesmo dia. Sua sementinha de felicidade completava dezesseis semanas, era hora de saber o sexo e para a surpresa de Regina, também era do bebê dar seus primeiros chutes. Ela estava concentrada em seu trabalho, vez ou outra acariciava seu pequeno ventre de quatro meses e meio, mas sem tirar o foco dos novos contratos que ela lia, até que uma sensação estranha percorreu seu ventre, Regina largou os papéis e empurrou o chão com os pés fazendo a cadeira mover para trás e afastar da mesa. Renault a olhou assustado e sua preocupação se acentuou ao ver a chefa levar as mãos até o ventre.

--Senhorita Mills, o que está sentindo? Quer que eu chame uma ambulância? O Robin? --O moreno engravatado levantou correndo um pouco desajeitado até a empresária.

--O bebê mexeu Renault! --O sorriso se fez presente dos lábios de ambos e o homem suspirou aliviado enquanto voltava a sentar colocando as mãos no próprio peito.

--Senhorita Mills, não me assuste dessa forma. --Ele reclamou sorrindo.

--Desculpa, eu não estava esperando por isso. --Regina sorriu enquanto procurava algo sobre a mesa. --Renault, viu o meu celular em algum lugar? Preciso contar para o Robin. --O moreno levantou pegando o aparelho do outro lado da sala. Regina agradeceu e ligou para o loiro, mas antes chamou o assistente pela última vez.

--Renault, veja se está tudo pronto para a festa mês que vem, por favor. --O homem assentiu antes de sair, no mesmo momento em que Robin atendeu o telefone.

--Oi amor! --Um homem nervoso atendeu o telefone.

--Oi querido, está ocupado? --A morena perguntou olhando para o relógio sobre a mesa, pela hora o loiro deveria estar preparando o almoço.

--Um pouco enrolado, cuidar de duas crianças e manter a casa inteira é mais difícil do que parece. --Regina escutou barulho de algo caindo.

--Está tudo bem aí? --Ela tentava segurar o riso.

--Sim. Então, já está com saudades? --O loiro se referia ao fato de ter falado com a morena trinta minutos antes.

--Não exatamente. Estou ligando para falar que a nossa sementinha acha que eu sou algum tipo de brinquedo e está fazendo a festa aqui dentro. --A morena sorriu acariciando o próprio abdômen.

--Ela mexeu? --O som de algo metálico caindo fez Regina soltar o riso preso.

--Sim. E parece que não vai mais parar. --Ela sorriu sentindo outro chute.

--Ah não acredito que eu não estou com você! --Robin entristeceu. Ele havia passado mais tempo com Regina para estar com ela quando acontecesse.

--Não se preocupe, vai ter o resto da tarde e a noite para me mimar. --A morena amava a forma como o loiro era atencioso com ela, seus enjoos haviam cessado, mas ainda assim Robin estava pendente dela.

--Tudo bem, fale para nossa pequena não se cansar, porque quero ver essa folia toda mais tarde. Amo você, preciso desligar ou então quando você voltar a cozinha vai estar um desastre. --Robin comentou.

--Até mais tarde, também amo você. Não destrua a cozinha. --Regina desligou e levantou levemente a blusa que estava usando para tocar seu ventre. --Ouviu o papai? Guarde essa energia toda para mais tarde. --A morena sorriu com as próprias palavras, se referir ao Robin como pai de sua sementinha fazia seu âmago transbordar amor.

--Falando mal de mim, para o meu afilhado? --Alice entrou na sala sorrindo.

--Que bom te ver, estava com saudades. --Regina abraçou a mulher. Sem se importar com o fato dela ter entrado sem bater, afinal era Alice, ela tinha passe livre em qualquer lugar que a empresária estivesse.

ENCONTRO ARRANJADOOnde histórias criam vida. Descubra agora