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— Então o que você gostaria? — Jeno pergunta quando eles se aproximam da cabine do prêmio com a bolsa de Renjun cheia até a borda com bilhetes. 

Embora ele não diga nada, os olhos de Jaemin voam para um grande urso de pelúcia com pêlo branco e um laço azul. Ele estava olhando por horas e tentava desesperadamente coletar o máximo de ingressos possível para obtê-lo. Infelizmente, foram 250.000 ingressos.

— Temos o suficiente para isso, você sabe — murmura Jeno.

Jaemin franziu as sobrancelhas.

— O quê? — ele responde em um tom confuso.

— Aquele urso — especifica Jeno, enquanto acena para o ursinho que Jaemin estava querendo.

— Oh, não. Está tudo bem. Consiga o que você quer. A maioria dos nossos ingressos veio do seu dinheiro de qualquer maneira — diz Jaemin com um aceno de cabeça.

Um homem de camisa preta se aproxima dos dois garotos. Ele tem um crachá vermelho no peito que diz 'Sehun'.

— Bilhetes, por favor — ele continua sem entusiasmo em sua voz.

Jeno coloca a bolsa de Renjun no balcão de vidro e abre o cordão. Ele começa a entregar a Sehun os ingressos seção por seção, e o funcionário os coloca em uma máquina roxa profunda que conta os ingressos.

Jaemin fica à toa enquanto Jeno olha fixamente para a máquina enquanto entrega os ingressos.  Quando chegam aos últimos, Jaemin sente-se ansioso por ouvir a contagem final.

— 250.050 ingressos — anuncia Sehun. — O que posso trazer para vocês dois?

— Aquele urso com o laço azul — responde Jeno, apontando para o urso que Jaemin queria.

— Jeno — Jaemin praticamente lamenta.

— E dois desses anéis — continua Jeno. Ele aponta para uma caixa cheia de pequenos anéis de plástico com várias formas em uma variedade de cores.

Sehun coloca o urso no balcão e se agacha para alcançar a lixeira.

— Quais você quer?

— Uma estrela azul e uma lua vermelha — responde Jeno.

Sehun vasculha e tira os dois. Ele os coloca ao lado do urso, e Jeno os pega primeiro. Ele desliza a lua vermelha em seu dedo anelar, surpreendendo Jaemin pelo fato de seus dedos serem esbeltos o suficiente para encaixar um anel destinado a uma aliança neles. Ele então pega a mão de Jaemin e coloca o anel de estrela azul em seu dedo. É um anel muito barato, mas o tom vibrante de azul é calmante e as manchas de glitter o tornam fofo.

— Jeno... — Jaemin suspira enquanto examina o anel de brinquedo.

— De nada — Jeno responde antes de pegar o grande urso de pelúcia e entregá-lo a Jaemin, que hesitantemente o leva. Ele envolve os braços com segurança em torno do animal de pelúcia como uma criança pequena e sorri para Jeno.

— Obrigado — ele murmura.

— Tenham uma boa noite! — Sehun murmura enquanto os dois garotos caminham em direção à saída.

****

Jaemin e Jeno caminham lado a lado pela calçada.  O sol já se pôs há muito tempo, e Jeno insistiu em levar Jaemin para casa, para garantir que ele chegasse lá com segurança. Apesar dos protestos de Jaemin. Embora parte dele não se importasse.  Ele preferia acompanhá-lo após os eventos da noite anterior.

— De jeito nenhum. O terror é um dos piores gêneros de filmes — argumenta Jaemin.

— Como é que é? — Jeno ri.

— Eles são terrivelmente aterrorizantes. Eu não sei por que você se colocaria nisso — Jaemin estremece.

— Não é tão ruim assim. Vi coisas piores na vida real do que sustos baratos que não levam a nada — Jeno encolhe os ombros: — Mas ainda é um bom entretenimento.

— Se você diz — Jaemin ri.

— Ah, sério? Então, qual é o melhor gênero? — Jeno cantarola de uma maneira desafiadora.

— Fácil. Musicais! — Jaemin responde com um ar de confiança.

— Por que não estou surpreso com essa resposta? — Jeno comenta.

— E o que isso quer dizer? — Jaemin bufa.

— Você parece o tipo de cara que gosta de filmes mais alegres. Ou pelo menos aqueles que cantam seus problemas — Jeno ri.

— Surpreendentemente, você não está errado — Jaemin admite com uma pequena risada. Mas o humor leve desaparece rapidamente quando ele se vira e se instala onde estão. — Minha parada é aqui — ele murmura em um tom sombrio.

— Uh... — murmura Jeno. — Então acho que é aqui que dizemos adeus.

Jaemin franze a testa profundamente no começo, mas logo lança um meio sorriso.

— Se importa se nos encontrarmos em breve? — Jaemin pede.

— Apenas me avise quando e onde — Jeno cantarola.

— Irei — responde Jaemin. — E obrigado por hoje. Me diverti bastante.

— Eu também. Foi bom estar de fora pela primeira vez — diz Jeno enquanto seus olhos formam aqueles crescentes fofos mais uma vez. Jaemin apenas deseja poder ver o sorriso que se esconde por baixo da máscara.

— Estou feliz — diz Jaemin. — Eu te envio uma mensagem mais tarde.

— Tudo bem — Jeno responde com um aceno de cabeça.

— Tchau — Jaemin suspira.

— Tchau — Jeno responde com um ar de constrangimento. Jaemin ri levemente dele antes de ir para sua casa, já antecipando o momento, ele estaria lá dentro e seria capaz de enviar uma mensagem de texto.

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