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jaemin

— Ei, perdedor — Renjun chama enquanto corre até Jaemin. Ele se senta sozinho em uma mesa com um café gelado na frente dele. O conteúdo parece quase preto e, embora a bebida em si fosse vagamente nojenta, Jaemin precisava de algo cheio de doses de expresso para mantê-lo acordado.

— Oi — Jaemin murmura, tomando outro gole grande do canudo verde.

— Você consegue o dever de casa- woah, que merda é essa na sua mão? — ele inala bruscamente enquanto se senta no assento estofado na frente de Jaemin. Ele pega a mão do jovem e examina o anel no dedo, as gemas brilhando à luz do sol. — Isso parece caro pra caralho!

— Oh... sim. Jeno me deu — Jaemin responde com grande desinteresse.

— Cara! Que porra é essa? — Renjun exclama.

— Então eu fiz o trabalho de matemática, mas ainda não terminei a história. Fiquei quase adormecendo. E antes que você pergunte, sim, você pode copiá-lo como qualquer outra vez que me perguntar se eu terminei o dever de casa — diz ele, tentando redirecionar a conversa.

— Obrigado, cara. Eu vou estar muito ocupado fazendo as malas neste fim de semana — Renjun suspira, — Mas, realmente, como você conseguiu fisgar garoto demônio?

— Fazer as malas? O que você quer dizer com "fazer as malas"? Malas para quê? — Jaemin deixa escapar quando ele para de morrer.

— Vou sair para visitar a família na China por alguns dias — explica ele, — pensei ter contado a você na semana passada.

— Tenho certeza de que me lembraria de você me dizendo que está deixando o país — argumenta Jaemin. 

— Oh... — Renjun murmura antes de pigarrear e falar com uma voz excessivamente animada: — Ei, Jaemin! Eu e minha família vamos visitar meus avós na China por alguns dias!

Jaemin dá um tapa nele quando uma careta se forma em seu rosto.

— Maneira de me abandonar — ele resmunga. 

— Sinto muito. Não tenho controle sobre quando minha mãe tira férias do trabalho — exclama ele, — pelo menos isso significa que estaremos aqui no Natal e você pode passar este ano conosco como sempre. 

Jaemin solta um suspiro profundo.

— Acho que posso sofrer sozinho por alguns dias —, murmura.

— Voltarei antes que você perceba — assegura Renjun, — então podemos voltar a irritar um ao outro.

Jaemin não responde. Em vez disso, ele toma um gole extremamente longo de sua bebida. O líquido enche sua boca, fazendo suas bochechas incharem como um esquilo.  Assim que ele engole, ele percebe que um garoto vestido de preto e com uma máscara facial entra invadindo a cafeteria. Ele vira a cabeça freneticamente até seus olhos escuros se fixarem em Jaemin. Jaemin de repente começa a engasgar violentamente em seu café gelado, fazendo com que um pouco dele escorra pelo queixo.

— Bem, não morra — comenta Renjun, — Por que diabos você se engasgou? — Renjun deixa sua pergunta sobre o garoto que aparece apressadamente ao lado da mesa deles.

— Você está bem? — ele pergunta freneticamente, ajoelhando-se para estar em um nível mais razoável para falar com Jaemin.

Jaemin deixa escapar mais algumas tosses antes de acenar com a cabeça.

— Eu estou... bem — ele consegue sair.

Seus olhos piscam para Renjun, que está olhando para Jeno com uma expressão vaga.

— Por quê você está aqui? — Jaemin pergunta quando ele volta seu foco para Jeno.

— Acabei de ter a sensação de que algo estava errado... — Jeno responde enigmaticamente.

— Como você me achou? — ele pergunta, começando a se sentir vagamente preocupado que o garoto talvez tenha colocado um rastreador nele ou algo parecido. 

— Não faço ideia — responde Jeno. 

Jaemin estreita os olhos para ele, mas não pressiona mais o assunto.

— Então você vai ficar conosco, ou estava passando? —  Jaemin pergunta, tomando outro gole de sua bebida e treinando os olhos na mesa de madeira. 

— Quero dizer... eu já estou aqui — responde Jeno casualmente, — eu não estaria me intrometendo em nada, estaria?

— Na verdade, estávamos voltando para minha casa para sair e jogar alguns jogos — Renjun fala apressadamente.

— Seus pais não se importariam com mais uma pessoa, certo? — Pergunta Jaemin. 

— Não quando a pessoa é conhecida por matar pessoas e ser um maldito demônio! — Renjun discute um sussurro alto. Seus olhos piscam para Jeno, que está olhando diretamente para ele.  — S-Sem o-ofensa.

— Não ofendeste — Jeno murmura com uma pitada de suavidade em seu tom, sugerindo que a ofensa foi de fato tomada.

— Mas e se ele apenas mantiver o rosto escondido pela máscara? — Jaemin sugere. 

— Sim, porque isso não é suspeito — Renjun resmunga.

— Então, e se nós apenas fizéssemos outra coisa hoje? — Jaemin tenta se comprometer.

— Sabe, eu acho que vou para casa. Parece que você realmente quer sair com Jeno agora. Eu te encontro mais tarde, eu acho — Renjun resmunga enquanto se levanta.

— Mas você acabou de chegar aqui! — Jaemin exclama.

— Sim, mas... — Renjun olha para Jeno antes de suspirar profundamente, — É o que for, cara. Apenas... — Renjun começa a sacudir a cabeça — tenha cuidado.

— Tchau, imbecil — Jaemin diz com um leve sorriso. 

— Não se mate, imbecil — Renjun responde com um aceno desdenhoso de sua mão quando ele se vira e começa a se afastar. Jaemin volta sua atenção para Jeno, que ainda está ajoelhado no chão ao lado dele.

— Então, onde você quer ir, então? — ele pergunta.  Os olhos de Jeno voam ao redor do café, aparentemente examinando a área.

— Em qualquer lugar, menos aqui — o garoto de cabelos escuros responde.

— Isso não é-

— Vamos — Jeno o interrompe, agarrando-o com uma mão enluvada e puxando-o para fora da cadeira.  Jaemin rapidamente pega seu café antes de ser arrastado às pressas.

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