Prólogo

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Olá meus morceguinhos como estão? Bom eu espero que gostem desse mais novo projeto com ninguém mais ninguém menos que Itachi Uchiha!

Boa Leitura ❤

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— Vocês vão voltar logo não vão? - pergunto fitando minha mãe ajeitar os cabelos em um coque bem preso.

— Claro minha linda - mamãe sorriu através do espelho, enquanto colocava o par de brincos com pedras vermelhas da mesma cor de seu vestido - Hoje é um dia importante para seu pai, quando tudo for acertado em relação a empresa, deixaremos o jantar e voltamos para casa.

— Certo! - concordo animada apertando meu ursinho de pelúcia em um forte abraço - O Teddy vai me fazer companhia, não é Teddy? - direcionei meu olhar ao urso e sorri.

— Acho bom você cuidar da minha filha Teddy! - papai falou bravo saindo do banheiro - Ou teremos uma conversa séria quando eu voltar!

Meu pai se aproximou e beijou minha testa. Arrancando-me uma risada. Seus olhos brilharam e logo em seguida me abraçou, envolvendo-me em seus braços, apertando-me contra seu corpo. No começo estranhei, a sensação que tive fora diferente das demais quando papai me abraçava.

Larguei o Teddy e o abracei de volta, com toda força que tinha. Atrás dele, mamãe enxugava uma lágrima solitária que deslizava pelo seu rosto, borrando levemente sua maquiagem. Ela havia feito a mesma coisa que o papai mais cedo, quando foi me acordar em meu quarto.

— Vamos querido, ou iremos nos atrasar - mamãe respirou fundo e se aproximou, batendo os saltos finos no piso de madeira escura.

Meu pai me soltou, e uma sensação ruim me trouxe um aperto do peito. Ambos se despediram e seguindo eles até a porta da sala os vi entrar no carro preto. Tranquei a porta e corri para a janela, da mesma forma que fazia quando tinha cinco anos. Com Teddy nos braços, acenei dando tchau até meu pai dar partida no carro.

Point Of View  Kohako Mukami


Dirigi em silêncio até o grande salão onde acontecia a social da empresa na qual fora realizada com o intuito de comemorar a sociedade feita por Danzou e eu. Konoha estava crescendo cada vez mais e a Corporação Konoha Tecnologic era a causa disso tudo. Houve grandes oportunidades de emprego, não só para os habitantes na nossa vila mas também para nações vizinhas.

Estacionei o carro em uma vaga livre e encarei os olhos brilhantes da minha esposa. Yuna estava ainda mais linda naquela noite. Antes de descer do carro, ficamos ali, olhando um para o outro, curtindo nosso momento juntos. Me aproximei e a beijei, derramando algumas lágrimas. Sussurrei um "Eu Te Amo" rente a seu lábios. Aquele fora carregado com todo meu amor por ela.

Eu saí do veículo primeiro, batendo a porta antes de dar a volta para ajudar minha esposa. Ela fez o mesmo, bateu levemente a porta e entrelaçou seu braço ao meu. Fiz um breve carinho em seus dedos finos e delicados e beijei sua testa.

Havia muitas pessoas naquela noite fria de fim de outono. Cumprimentei os rostos conhecidos e segui até uma grande mesa acompanhado da minha mulher. Fugaku Uchiha sorriu ao me ver, ele era meu amigo de infância e até formamos juntos na academia. Ao seu lado estava Danzou, um homem forte e imponente, ambicioso e capaz de tudo pelo dinheiro e poder.

— Boa noite meu velho amigo - Fugaku sorriu, mas não como antes, aparentava um certo ar de tristeza - Sra. Mukami - cumprimentou Yuna.

— É assim que me cumprimenta? - digo abrindo os braços e lhe dando um abraço.

— Me perdoe! - meu amigo sussurrou dando alguns tapas leves em minhas costas.

— Só prometa que cuidará da minha filha - digo com um aperto no peito.

Fugaku fez um gesto simples com a cabeça e se curvou, logo após disso sumiu no meio das pessoas presentes ali. Respirei fundo e sorri para minha mulher. Danzou entregou-me uma taça com champanhe e ergueu a sua taça em frente a minha.

— Um brinde a nossa mais nova sociedade - Danzou ditou com um sorriso sombrio na face.

— Um brinde! - concordei tocando minha taça a sua levemente.

— Sra. Mukami se me permite dizer, está muito bela - Danzou falou fazendo uma breve reverência - Vermelho, lhe cai muito bem.

— O elogio foi muito gentil de sua parte - Yuna curvou-se em respeito e agradecimento, novamente entrelaçando seu braço ao meu.

— Se me dão licença, vou cumprimentar os outros empresários - Danzou falou bebericando um pouco de seu champanhe - Tenham uma noite incrível.

— Ele me assusta - Yuna reclamou - Não gostei do seu tom de voz.

— Não se preocupe meu amor - acariciei sua face rosada - Vai ficar tudo bem.

Por um instante me perdi no brilho de seus olhos. Eu a amava e também amava nossa filha mas, essa noite tudo mudaria. Eu pensei em dizer a minha esposa sobre minhas escolhas e as consequências que elas trariam porém, não queria correr o risco de ver o sorriso da minha mulher desaparecer daqueles lábios carnudos e avermelhados.

A noite seguiu agradável a partir daquele instante. Yuna encontrou algumas amigas e se divertiu, trocando sorrisos e relembrando da adolescência. Ela era meu mundo e saber que tudo estava a um triz de se romper já me deixava desesperado.

No canto escuro do salão, Danzou e Fugaku conversavam isolados do restante do pessoal. O olhar do meu sócio se alternava entre o homem de cabelos negros e os meus. Depois de algumas taças, minha esposa entrou no meu campo de visão, sorrindo alegremente para mim.

— Vamos meu amor? - Yuna perguntou ajeitando minha gravata - Nossa pequena Yumi está sozinha.

— Claro meu anjo - concordei.

Acenei para Danzou que ergueu a mão direita balançando-a no ar. Fugaku abaixou a cabeça mostrando-se visivelmente aborrecido. Ele ainda sofria bastante com a morte da esposa durante o nascimento de seu filho Itachi.

Yuna despediu-se das amigas e então deixamos o salão de mãos dadas. Eu não me importava em demonstrar que amava minha mulher, pelo contrário, queria mostrar para todos o quanto esse sentimento me fazia bem. Nos aproximamos do carro, beijei seus lábios a pegando de surpresa.

Yuna sorriu e suas bochechas ganharam um tom rosado, mesmo depois de anos de casados, ela ainda ficava envergonhada quando a beija de repente. Esperei ela se acomodar no banco com estofado de couro e fechei a porta ao seu lado. Dei uma última olhada ao redor, as luzes iluminavam a noite mas sem ofuscar a beleza da lua cheia.

Entrei no carro e dei partida. No rádio, uma canção melódica quebrava o silêncio. Yuna retirava os brincos pesados e guardava-os dentro de sua pequena bolsa. Ela sorriu, e foi naquele momento que um estrondo ecoou tanto dentro quanto fora o carro. O volante girou nas minhas mãos.

Eu havia perdido o controle do veículo. Como se tudo estivesse em câmera lenta, o carro começou a rodopiar no ar, chocando-se varias vezes com o asfalto.

Uma...Duas...Três!

Três rodopios e o carro finalmente parou com as rodas para cima. Sentia o sangue escorrer pelo meu rosto e desespero de não conseguir mexer meu corpo me deixou agoniado. Ao meu lado, minha mulher estava estática com os olhos abertos mas sem brilho...sem vida. Meus olhos foram pesando e tudo fora ficando escuro.

Danzou tinha razão, minha mulher ficava linda de vermelho.

Não Me Deixe (Itachi)Onde histórias criam vida. Descubra agora