Epílogo - O Tempo

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Narrado por Anastasia. 

Muitos anos depois... 

 

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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares

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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." - Fernando Teixeira De Andrade.

Depois de tudo que passei, não tenho dúvidas de que a máxima de que a vida é uma montanha russa e uma caixinha de surpresas é totalmente verdadeira. 
Apesar de ter errado muito nesta vida, consegui ter um recomeço feliz. 
Quando fugi com Christian anos atrás estava muito insegura, com medo que acabasse estragando a vida dele mas hoje, quando olho para meu moreno acordando e me olhando já com os olhos brilhando de tanta alegria, percebo que é sinal de que realmente consegui fazê-lo feliz. 
Ser uma fugitiva não é nada fácil. 
Viver com nome falso, me escondendo e tomando uma infinidade de precauções para não ser pega pela polícia é, por muitas vezes, tenso demais. Mas com o tempo, percebi que tudo tem um lado bom nesta vida e mesmo depois de tudo que fiz consegui arrumar um jeitinho de ser feliz. 
O meu jeitinho. 
Depois de meses fugindo, descobri que estava grávida.
Foi preocupante afinal, minha primeira gravidez teve o fim mais traumático possível naquela maldita explosão. Aliás, toda minha vida se baseou em traumas,  tragédias, dores, em sentimentos ruins nos quais me apeguei por muito tempo.
Eu enxergava vermelho. 
Via maldade em tudo, não confiava em ninguém e não conseguia ter paz interior.   
Nem uma noite de sono tranquila conseguia ter, mesmo depois de fugir e começar a viver uma vida de casal com Christian. Tinha pesadelos, sonhava com Raymond, com Carla, era tão difícil. 
Mas tudo mudou quando Anthony nasceu. 
Quando fiquei grávida pela primeira vez, quase larguei minha vingança, mas acabei insistindo nela e o resultado foi que perdi meu bebê e a chance de ter uma família de verdade como cheguei a sonhar algum dia no fundo dos meus mais profundos anseios. 
Mas a vida me deu uma segunda chance e isso é raro. 
Christian me perdoou, quis começar de novo. 
E esse recomeço nosso pra mim foi uma espécie de renascimento. 
Tentei deixar para trás meus piores sentimentos para entregar ao homem que amo e ao meu filho tudo de melhor que existia dentro de mim e sim, ainda tinha coisas boas no coração. 
Carinho, afeto, compreensão e amor. 
E mais uma vez, consegui. 
Mas não foi fácil. 
Enquanto Anthony crescia na estrelada Nova Zelândia me pegava as vezes pensando no que teria sido de mim se tivesse ficado nos Estados Unidos. Certamente teria sido presa e meu fim não teria sido nada gracioso. O mais estranho é eu ter sido liberta justamente pela pessoa que mais desprezava neste mundo. 
Raymond Steele. 
Graças a Raymond que consegui seguir em frente e recomeçar. 
Hoje não sei direito o que sinto por ele. 
Se é ódio, repulsa, mágoa, gratidão, desprezo... Até hoje meus sentimentos por ele continuam confusos, por isso evito ao máximo pensar neste homem, mesmo com Christian de tempos em tempos comentando algo do pai para mim ou para Tony, que conversa com o avô com frequência pela internet apesar de jamais tê-lo visto pessoalmente. 
O tempo passa, mas algumas coisas não conseguem ser esquecidas completamente e o mal que Raymond fez a mim e a Carla ainda é uma delas, mesmo que eu evite essas lembranças ao máximo. 
Os anos passaram e Christian ficou trabalhando como consultor dos Sentinelas. Vez ou outra foi a algumas missões pessoalmente para relembrar os velhos tempos e claro, manter as aparências em Washington afinal, ele não era foragido da justiça como eu e o alto escalão militar precisava que ele marcasse presença de vez em quando. Já eu, descobri novas habilidades como a leitura e a escrita. Cheguei até a lançar alguns livros usando pseudônimos e as vendas foram bastante acima das nossas expectativas. 
Adorava ler, escrever e acompanhar o maior número de aventuras possíveis. 
Li muitos clássicos de Shakespare, Sherlock Holmes e muitos outros autores consagrados eternamente. Adorava ler para Tony todos estes livros e alguns  clássicos da literatura infantil, além das nossas aventuras nos Sentinelas que certamente dariam um bom livro ou filme de ação com um leve toque de aventura. Também o levava para o parquinho da cidade para brincarmos juntos, ao cinema, o ajudava na lição de casa como mãe zelosa e o mimava muito, enchendo meu filhite de beijinhos. Tínhamos uma vida praticamente normal e conforme Tony crescia, explicava para ele minha situação de forma leve e superficial para que ele entendesse aos poucos nossa situação um tanto quanto atípica. Por mais que ele  fosse muito jovem para isso, não queria que meu filho crescesse em meio a mentiras como eu cresci pois a última coisa que queria era que ele repetisse os mesmos erros que eu. 
[...]
Aquela terça-feira parecia atípica. 
Estávamos em pleno inverno, mas curiosamente o sol nasceu naquele dia e o céu estava azul. 
Após levar Anthony a escola, passei no supermercado para fazer algumas comprinhas e voltei para casa. 
- Amor, cheguei. - Avisei entrando em casa repleta de sacolas de produtos alimentícios pois estava a fim de fazer um bolo de cenoura com cobertura de chocolate, um dos favoritos do meu filho.  
Christian estava com o celular nas mãos e uma expressão séria no rosto, mas ao me ver, fofo como sempre, correu em minha direção para pegar as sacolas. 
- Obrigada amorzinho. - Falei dando um selinho nele - O que houve Chris? Te conheço, sei que algo está no mínimo te incomodando neste exato momento, não é? - Perguntei com a sobrancelha levemente arqueada. 
Depois de mais de dez anos juntos, nos conhecíamos mais do que bem e uma ruguinha diferente na testa do meu amor já me fazia desconfiar que estava com problemas, o que as vezes era até motivo de brigas entre nós porque ultimamente a situação se inverteu e hoje em dia, é Christian quem me esconde alguns problemas a fim de me proteger. 
- Raymond me ligou há pouco, Ana. - Desviei o olhar pois quando o nome dele era citado, ainda sentia certo incômodo - Ele disse que... Podemos voltar, se quisermos. - Revelou esboçando um sorriso. 
- Eu... Estou livre? - Questionei com os olhos arregalados. 
- Sim, Ana. Estamos livres! - O moreno exclamou abrindo os braços e nos abraçamos com alegria. 
[...]
É difícil explicar o que estou sentindo agora, dentro desse avião, retornando para a América depois de mais de dez anos. 
Aconteceu tanta coisa comigo, com todos nós nesse meio tempo. 
Leila e Jack, por exemplo, se casaram e tiveram um filho, Noah, que tem quase a mesma idade que Anthony e é amigo virtual do meu filho, assim como Theo, filho de Kate e Elliot que também estão muito felizes ao lado da outra filha dele, fruto de seu casamento anterior. Leah e José ainda não tiveram filhos, o que não é estranho visto que Leah não parece ter muito jeito com crianças, também, durona do jeito que é. 
Riley continua não gostando muito de mim. Depois que fugi, passou ainda uns três anos me procurando, mas após ordens expressas de Raymond, desistiu e foi cuidar da própria vida. Elena, minha ex-rival e Jane ficaram amigas demais e há uns dois anos, assumiram que estão namorando. E
Raymond...
Bem, não sei muito sobre ele. 
Nunca soube.
Nem quis saber. 
O que sei é que estava prestes a se aposentar dos Sentinelas e do comando do exército. Também sei que continua se dando bem com Christian e com Anthony também, que adora demais aquele avô. Vez ou outra, quando entrava no quarto e via Chros ou Tony ao computador conversando com ele, o cumprimentava mais por educação do que qualquer outro motivo.  
- Mamãe, estou doido pra conhecer Washington! - Tony comentou enquanto assistia um filme de super-heróis no tablet no avião. 
- Você vai gostar, querido. Tenho certeza que vai. - Afirmei beijando o topo da cabeça do meu filhote. 
[...]
Muitas horas depois, pisei novamente no meu país natal. 
Era uma sensação diferente até porque eu também estava diferente.
Por dentro e por fora.  
Agora sou loira, uso lentes de contato - que já foram devidamente tiradas por não haver mais necessidade - e não tenho mais o corpo tão atlético de antes já que sendo mãe, dona de casa e esposa, não tenho mais muito tempo para ir à academia. 
Mas essa mudança não é só fisicamente. 
Estou menos amarga, menos mal-humorada e tudo isso graças a felicidade que quando é de verdade, nos muda de dentro para fora. 
Fomos direto para o hotel onde deixamos Anthony e nosso gato de estimação, José, descansando sob os cuidados de uma funcionária do local que por coincidência, fora uma das babás de Christian na infância e depois, elaboramos um bom roteiro de visitas, afinal, tínhamos tanta gente pra rever, pra visitar depois de todos esses anos. Kate, José, Leila, Jack, eram tantas pessoas, mas para meu azar ou sorte, nossa primeira visita seria justamente para Raymond na casa onde ele viveu a vida inteira longe de mim. 
[...]
- Você está tremendo, Ana. - Chris percebeu ao entrelaçar sua mão na minha, quando descemos do táxi - Está tudo bem?
- Só não solta minha mão, por favor. - Pedi engolindo em seco - Pelo menos até chegarmos lá. 
- Você sabe que não vou. - Afirmou beijando minha bochecha antes de apertar a campainha de sua antiga casa. 
Quando a porta se abriu, um grisalho Raymond apareceu. 
Seus cabelos, antes claros como o sol, agora tinham muitos fios brancos, assim como seu bigodinho peculiar que, apesar dos poucos fios, ainda estava lá. Seus olhos estavam caídos, com rugas e marcas de expressão causadas pelo tempo que é implacável com todos nós. Seu olhar transmitia uma dor e uma ternura que me fazia sentir algo tão... Estranho. 
- Pai! - Christian acabou soltando minha mão para abraçar o pai, já entrando dentro da casa. 
- Que saudades, filho!
Em meio a lágrimas e sorrisos, ambos finalmente se reencontraram.
Confesso que tenho certo ciúme da relação bonita que ambos possuem pois é exatamente esta relação que sonhava ter com meu pai quando criança. E sei que jamais terei este tipo de relação, de parceria e afinidade com Raymond.
Enquanto via a alegria de ambos, continuei parada do lado de fora, me sentindo fora da casinha, meio sem jeito. 
- Amor, venha. - Christian disse me puxando pela mão para dentro da casa.  
- Olá Anastasia. - Raymond tentou sorrir para mim - Quanto tempo. 
- Muito tempo. - Não sorri, simplesmente  travei. 
Era estranho ver como o homem que tanto odiei estava envelhecendo. 
- Onde está o filho de vocês? Estou louco para conhecer meu netinho! - Raymond exclamou com os olhos brilhando. 
Pelo jeito, gosta mesmo do menino. 
- Ficou no hotel, pai. A viagem foi longa, exaustiva demais, mas amanhã o traremos aqui para conhecer o senhor pessoalmente. Não é meu amor? - Olhou para mim. 
- Er... Sim. 
- Pai, tenho tanta coisa pra te contar... - Christian começou a falar, mas seu celular tocou - Com licença, é o Elliot. - E deu as costas, afastando-se de nós. 
- Depois de todos esses anos, finalmente conseguimos arquivar seu processo, Anastasia. Agora todos os documentos estão em um arquivo que jamais voltará a ser aberto. Garanto. - Raymond prometeu. 
- Ótimo. - Respondi olhando ao meu redor e constatando que Raymond tem uma casa com a decoração semelhante a minha.
E o mais curioso é que... Quem fez a decoração da casa onde morei todos estes anos fui eu, não Christian.
Acho que... Neste aspecto, só neste, temos o mesmo gosto. 
- Anastasia. 
- Hum?
- Até quando?
- Até quando o quê? - Cruzei os braços, o encarando. 
- Até quando vai me tratar com essa indiferença toda? Céus, hoje você é mãe. Sabe o quanto o desprezo de um filho dói no fundo da alma de um pai. 
- É diferente, Raymond.
- Diferente como?
- Jamais faria com meu filho o que você fez comigo. Jamais. 
- Eu sou humano, filha. E sim, errei demais mas o tempo passou, faz mais de trinta anos e eu já te pedi perdão. Se eu pudesse voltar atrás, não tenho dúvidas de que faria diferente, mas o tempo não anda para trás. Você pode não errar na mesma proporção que eu, mas também cometeu seus erros como mãe, como pessoa, é normal. Pretende me punir até quando eu morrer? Porque se é este seu objetivo saiba que está cada vez mais próximo de ser alcançado. Estou velho, Anastasia. Muito velho e... - Algumas lágrimas caíram de seus olhos - Não sei até quando estarei aqui mas não quero passar meus últimos dias longe das pessoas que amo. 
- Jamais impediria que você se aproximasse do Christian, muito menos do Tony. - Deixei claro. 
- Não estou falando deles. Estou falando de você e dessa barreira que existe entre nós. Você é minha filha e te amo, Anastasia. Errei tanto com você... - Trincou o maxilar, tentando controlar o choro, sem muito sucesso - E sei que não mereço teu perdão. Sei que o que fiz com você e sua mãe não tem justificativa, mas... Por favor, eu te imploro. - Ajoelhou-se diante de mim - Me dá uma chance de me redimir. 
Ver Raymond ajoelhado para mim era tão... Estranho. 
Acho que essa é a palavra do dia para mim. 
Ele parecia tão sincero, mas... Algo dentro de mim ainda provoca repulsa dele. 
- O que quer de mim, Raymond?
- Uma chance. A chance de você me conhecer melhor, da gente se conhecer e tentar ser uma família, não de comercial de margarina pois sei que no geral é utopia, mas... Podemos tentar construir uma história bonita juntos, sem armadilhas, mentiras, maldades. Só quero a chance de ao menos tentar, só te peço isso. 
Chance. 
Será que Carla gostaria que eu desse uma chance a este homem? 
É tão confuso para mim. 
Anthony adora o avô, Christian também. 
Nós três somos felizes juntos, mas agora que vamos viver aqui em Washington não vai dar para evitar Raymond. 
Ele fará parte da nossa vida querendo ou não e não sei se quero que fique sempre um clima ruim entre a gente quando houverem encontros, mas me libertar de tantas mágoas é complexo. 
Em todos estes anos, confesso que os sentimentos ruins diminuíram dentro de mim, dando espaço para outros muito melhores como amor, carinho, empatia. E também confesso que sonho um dia não ter mais nenhuma mágoa dentro de mim para ser ainda mais feliz do que já sou hoje em dia, se é que é possível.
- Não sei se consigo, Raymond. - Fui sincera. 
- Tenta. - Ele levantou e estendeu a mão - Vamos tentar filha.  
- Está bem. - Apertei a mão dele - Não garanto nada, só prometo... Tentar. 
- Você não vai se arrepender, filha. Eu juro. - Raymond garantiu abrindo um sorriso para mim. 
Alguns segundos depois, Christian retornou e viu Raymond segurando minha mão.
Meu marido nada disse, apenas sorriu torto para nós. 
Nos sentamos no sofá da sala e Raymond conversou com Christian para colocar o papo em dia. As vezes, perguntava algo para mim e me esforçando para que tudo ficasse bem entre todos nós, respondia com certa secura ainda, mas respondia.
Nos dias seguintes, reencontrei José, Kate e todos os meus colegas de exército, matando as saudades de uma época conturbada mas importante na minha trajetória de vida. Apresentei Anthony a todos que ficaram encantados com meu filhote que além de ser a cara do Coronel, é tão inteligente quanto o pai. Depois de uma longa conversa, Christian e eu decidimos nos fixar em Washington para que ele voltasse aos Sentinelas de vez. Compramos uma casa, matriculamos Tony em um colégio de rênome e recebi convites para voltar ao exército, mas... Ainda não sei se quero voltar ou não para um lugar que me trouxe muitas dores, mas também vários bons momentos.
Certa vez, depois de deixar Anthony no colégio avisei Christian que passaria o dia fora pois tinha algo muito importante para resolver. Peguei um trem e viajei até um lugar que sempre fora muito importante para mim e não visitava há tempos.  
O túmulo de Carla.
No caminho, comprei orquídeas, as flores prediletas dela e, quando cheguei naquele lugar gélido e sombrio, depositei as flores sob a lápide dela e me ajoelhei no chão sentindo uma leve garoa cair sobre mim.  
- Oi mãe! O tempo é implacável, não é? Passa para todos nós. Todos. Passou para mim e também, passou para o Raymond.  Quero que saiba que nunca esqueci da senhora e que... Só sumi porque não tinha como vir te ver neste país, mas a partir de agora de tempos em tempos sempre virei aqui conversar contigo e matar as saudades. A senhora sabe que fiz coisas ruins anos atrás para te vingar, mas o tempo me fez ver que não valerão a pena. Mãe, não quero mais sentir aqueles sentimentos,, aquele ódio que me cegava e corroía diariamente, tudo isso me fez tanto mal. - Chorei - Eu quero...Quero me libertar do rancor, preciso disso pra ser uma pessoa melhor para o Tony e eu quero ser melhor pra ele e para o Christian. Sabe mãe, o Chris é o melhor homem do mundo, o Tony então, a criança mais adorável e estou feliz. Eles me completam de todas as formas possíveis - Sorri - É, eu tô feliz. Mas... - Fiquei séria - Agora estou tendo que conviver com o Raymond e estou tentando perdoa-lo, mas não sei se é isso que a senhora quer, muito menos se algum dia irei conseguir. - Suspirei - Não quero que a senhora fique com raiva de mim. Por isso vim te pedir um sinal. Um sinal de que a senhora deseja que Raymond e eu fiquemos em paz, que eu dê uma chance à ele. Eu disse que vou dar, mas só darei de coração mesmo se sentir que é isso que a senhora quer. Só um sinal, mãe. 

Naquele exato momento a garoa parou e ao olhar para o céu, vi um lindo arco-íris surgir por entre as nuvens

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Naquele exato momento a garoa parou e ao olhar para o céu, vi um lindo arco-íris surgir por entre as nuvens. 

- Obrigada mãe

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- Obrigada mãe. - Agradeci sorrindo e, sabendo que aquele era o sinal que precisava para me libertar de uma vez por todas de todo o rancor que ainda tinha no coração.

 - Agradeci sorrindo e, sabendo que aquele era o sinal que precisava para me libertar de uma vez por todas de todo o rancor que ainda tinha no coração

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Dentro de mim, passei a sentir uma paz, uma leveza tão grande como se um peso tivesse saído dos meus ombros. 
Levantei e a passos lentos, saí do cemitério sabendo que era hora de recomeçar outra vez. 
Desta vez, com Raymond Steele.
E foi o que fiz. 
Voltei pra minha casa, para meu marido, meu filho, meus amigos e... Simplesmente fui ser feliz.  
Retornei ao exército como Capitã e também, para os Sentinelas que tempos depois, passou a ser dirigido por Christian com a aposentadoria do Comandante Steele.  
Todo mês, íamos almoçar na casa de Raymond aos domingos. 
Me permiti, aos poucos e de coração aberto, conhecer um pouco mais sobre o homem que sempre fora uma incógnita para mim. 
Sabia que nunca teríamos uma relação nem perto da que ele tem com Christian e que talvez, jamais o chamaria de pai. Mas sinto que com calma, poderemos tentar construir algo bacana entre nós no futuro que, apesar de ser uma incógnita para todos nós, não tenho dúvidas de que será lindo pois vou estar sempre ao das pessoas que mais amo neste mundo. 


FIM...! 

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