Capítulo 10

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Os dias até a viagem passaram mais tranquilos, fiz alguns ensaios fotográficos de gestantes com Eugenio e fui à algumas aulas na academia de Jessy. Era mais difícil e puxado do que eu me lembrava, mas continuei firme e forte. Chris e eu saímos para almoçar juntos algumas vezes e foi melhor do que eu esperava. Ainda éramos incríveis como melhores amigos e isso me deu um alívio enorme.

Íamos viajar na quinta-feira à noite, na terça feira resolvi comprar uma pizza e levar para comer com Christian na casa dele, era sempre ele que fazia isso, não me custava fazer uma vez. Comemos assistindo filmes de comédia e rindo igual dois idiotas. Não sei exatamente quando e como foi que aconteceu, mas quando percebi já estávamos aos beijos, mãos para todos os lados. E quem nos parou foi Christian.

Eu estava sentada em seu colo, nossas bocas coladas, suas mãos subiam pelas minhas costas, por dentro da camiseta. E foi quando eu desci a boca em direção ao seu pescoço que ele nos parou.

- Maite... É melhor não – disse e ficou todo travado.

Eu parei com a boca mordendo seu maxilar e as unhas arranhando seus braços. Chris já estava sem a camiseta. Me afastei lentamente e nos olhamos nos olhos, ambos puxando a respiração com dificuldade. Eu podia senti-lo excitado embaixo de mim e o diabinho do lado esquerdo ficou falando no meu ouvido que eu não ia perder nada se ficasse com ele. Mas eu ouvi o anjinho sensato do lado direito. Pelo menos eu tentei.

- Você tem razão... Desculpa – sussurrei me obrigando a sair do colo dele, mas ele me puxou para outro beijo que me fez agarra-lo pelo pescoço outra vez. – Por que mesmo que a gente não ia transar até a viagem? – perguntei sentando no colo dele de novo e rebolando devagar quando ele desviou da minha boca e mordeu minha orelha.

- Não lembro – ele respondeu rouco e ofegante apertando minhas coxas e beijando meu pescoço.

- Eu também não – concordei descendo as mãos pela barriga dele, sentindo sua pele arrepiar, abri sua calça jeans e enfiei uma mão, alcançando seu membro e ouvindo um gemido rouco escapar dele que se curvou e mordeu meu ombro.

- Algo me diz que a gente não deveria fazer isso, mas acho eu não consigo mais parar – Christian disse depois de tirar minha camiseta e meu sutiã, apertando meus seios e eu gemi rebolando no colo dele.

- Eu não consigo ouvir meus pensamentos – respondi e puxei seu rosto, beijando-o. Mas um pensamento específico eu consegui ouvir... "Na dúvida, não transa" foi o que Jessy havia dito no outro dia. Mas naquele momento, eu tinha tudo, menos dúvidas.

- Você não imagina o quanto eu quero isso, mas eu acho melhor não continuarmos – Chris disse afastando as mãos de mim e engolindo seco. – Nós vamos nos arrepender depois – disse puxando minha mão de dentro da sua calça.

- Eu não vou conseguir dormir, Christian – respondi sentindo meu ventre contrair e meus seios querendo as mãos dele de volta.

- Eu também não – ele respondeu me tirando de seu colo e jogando meu sutiã pra mim depois de se levantar. – Veste isso, pelo amor de Deus – pediu fechando a calça e vestindo a camiseta.

- Se eu não vestir você muda de ideia? – perguntei ajoelhada no mesmo lugar, as mãos na cintura e empinando o peito.

- Por favor, Maite – implorou me olhando sofrido. Bufei e vesti o sutiã e a camiseta. – Obrigado, você é muito gentil – disse esfregando o rosto.

- Acho melhor eu ir embora e você só aparecer na minha frente no aeroporto quinta feira – falei me levantando e procurando minhas coisas.

- Não precisa disso – ele me segurou pelos braços e me olhou fazendo bico.

Amigos Com Direitos (Chaverroni)Onde histórias criam vida. Descubra agora