Capítulo 13

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Amigoscon Derechos – Reik feat. Maluma 

Christian e eu estávamos dançando juntos, como na primeira sexta feira, bebendo praticamente todas as bebidas que as garçonetes ofereciam. Meu riso estava fácil, meu corpo mais solto que o normal, e o meu cabelo que havia sido modelado com tanto cuidado, já estava desmanchando os cachos.


Te presto mis ojos

Para que veas lo hermosa que eres

Te presto mis manos

Para que toques las nubes si quieres


- Acho que fizeram essa música pensando em nós dois – Chris disse no meu ouvido, as mãos brincando com a minha cintura, deslizando, e me fazendo balançar com ele no som da música.

- Ou foi você quem quis ser meu amigo com direitos depois de ouvir essa música – respondi virando de costas pra ele, roçando minha bunda nele e sentindo sua respiração quente no meu cabelo

- Não se esqueça, meu pedacinho de mal caminho, que quem teve essa ideia deliciosa foi você – Christian respondeu e beijou meu pescoço, as mãos apoiadas no meu quadril, puxando discretamente contra o dele.

Estávamos tão entretidos na nossa provocação, mais alcoolizados do que o recomendado, e tão descaradamente desinibidos que, naquele momento, nem mesmo eu estava me importando que nossos amigos percebessem o que estava acontecendo entre nós dois.

Mais algumas horinhas dançando, bebendo e nos provocando, perguntei se Christian não queria dar uma fugidinha comigo para o cassino. Estávamos na Marquee Nightclub, a balada que funciona de quinta a domingo no hotel Cosmopolitan, e eu queria ir no cassino, apenas nós dois.

- Ah, garota, o que você não pede me seduzindo que eu não aceito igual um cachorrinho? – Chris respondeu me fazendo rir. Segurei sua mão e o arrastei comigo na procura pela saída da balada para podermos achar a entrada do cassino.


Amigos con derechos

Que sea nuestro secreto

Que solo las paredes

Sean testigos de lo nuestro


Do lado de fora, Christian me puxou e me beijou, apenas me abraçando apertado, sem mãos bobas, sem joguinhos de sedução. Somente me beijou e, minha mente embaçada pelo álcool, desanuviou*.

- Pra adoçar um pouco a noite – disse quando se afastou. Abri os olhos devagar e ele sorria o sorriso mais lindo, com aquela covinha charmosa na bochecha esquerda. Sorri também.

Fomos para o cassino e eu me diverti ainda mais do que havia me divertido durante o dia, porque a cada aposta que eu ganhava ou perdia, eu comemorava ou me consolava com os beijos do homem mais sedutor que tinha ali aquela noite.

Nos arriscamos, com apostas não tão altas, é claro, no Black-Jack, nas roletas outra vez, porque eu amei, e nas maquinas caça níqueis. E bebemos mais um pouco, o que me deixava cada segundo mais alegre e com o riso frouxo. Eu queria que as garçonetes parassem de nos oferecer bebidas grátis, porque eu sempre aceitava rindo e dizendo que era a última, até que Christian começou a recusar por nós dois antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

Amigos Com Direitos (Chaverroni)Onde histórias criam vida. Descubra agora