25 - Infiltrados

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Apresentar Pallas como nova irmã dos pajés não estava entre as dez coisas que Athena queria fazer antes de voltar para Etherion

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Apresentar Pallas como nova irmã dos pajés não estava entre as dez coisas que Athena queria fazer antes de voltar para Etherion. Se algum dia conseguissem voltar.

Enquanto entrava na caverna, se perguntava se poderia ter feito algo de maneira diferente. Deu de ombros ao lembrar que mal haviam saído da caverna e deram de cara com todos os pajés do lado de fora. Os Filhos de Aranãmi estavam com armas em punho e com as auras elevadas, prontos para destruí-las. Se Jaci e Tupã não tivessem quase lutado com os outros pajés, as coisas teriam ficado muito feias.

Athena se apressou a explicar para os dois amigos a situação. Seus olhares passaram de furiosos para incrédulos e indignados em seguida. Falaram que elas profanaram um dos rituais mais antigos, algo que ninguém a não ser os pajés conheciam. Apenas quem Aranãmi permitia era conduzido até um totem sagrado.

Eles ficariam falando até o outro dia se Kauane não interrompesse o falatório.

— Se Pallas fosse indigna ela simplesmente morreria. Desde quando os pajés de Eldorado se tornaram juízes das escolhas feitas pelos guardiões?

Nesse momento os olhos dos guardiões brilharam em vermelho. Uivos e rosnados sobrenaturais soaram por todos os lados. Os pajés chegaram a se encolher. Menos Anhangá, que ria de tudo, teve o bom senso de fechar a matraca.

Agora a olimpiana, a ninja e a eldor guiavam os pajés para dentro da caverna. Chegaram à câmara onde as armas estavam guardadas. Todos arquejaram, como as três garotas tinham feito da primeira vez.

Ceuci deu um passo a frente. Aquela garota deveria ter no máximo quinze anos, a idade de Pallas. Como e porque era uma das guerreiras mais poderosas dos eldors, a filha adotiva dos Tsui Tsukara não fazia ideia.

A garota se abaixou e pegou uma adaga.

— São todas de ouro puro. Devem mesmo ser uma herança perdida dos eldors.

Sumé coçou o queixo enquanto olhava um cajado com um diamante na ponta.

— Aranãmi deve saber sobre isso. Nem eu que já li tudo que há na biblioteca de Eldorado, ouvi falar de um lugar assim.

Athena achou melhor não falar o que estava em sua cabeça. Não imaginava porque um povo que constrói uma cidade inteira de ouro, não usou materiais melhores para fazer armas do que madeira e pedra.

Cada pajé escolheu uma arma. Athena e suas amigas já tinham as suas. Não que eles precisassem saber.

— Vamos levar tudo para o Palácio de Eldorado — falou Tupã. — Aranãmi decidirá como será a distribuição das armas.

Pallas encontrou o olhar da olimpiana e ergueu uma sobrancelha. A ninja com certeza pensava o mesmo que a olimpiana. Lógico que era Aranãmi quem iria dividir as armas. Depois que eles escolheram as que julgaram as melhores. Mas política era política, em qualquer lugar, pensou Athena.

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