Já imaginou o que aconteceria se uma história misturasse Mitologia Grega e Naruto? Não? Então Lâminas e Corações foi escrito para você.
Essa história tem fortes influências de Percy Jackson, Naruto e Cavaleiros do Zodíaco; e foi baseada na Mitologia...
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Enquanto Pallas andava pela floresta, pensava em uma maneira de escapar. Tinha analisado o ambiente e não gostou do que viu. Em todas as árvores, riachos e morros que vi, existiam sentinelas. Nas quatro horas em que andaram, passaram por três postos avançados de guerreiros. Todo tipo de humanóide estranho.
Uma pequena elevação se erguia ao longe. Pallas arfou ao ver uma garota com cabelos de fogo. Não pelos cabelos de fogo, tinha algumas como ela em naquele grupo. Mas porque ela estava montando um tipo de cavalo baixinho sem cabeça. Chamas amarelas saíam do pescoço da criatura.
A ninja considerou correr de volta para os demônios. Desistiu de imediato ao lembrar dos demônios anfíbios. Suspirando, continuou caminhando com a princesinha ao seu lado.
Estava evitando olhar para Athena. Toda vez que o fazia seu peito batia mais forte. Sua mente mandava enfiar uma shuriken na garganta dela. Ela era a culpada por Pallas estar ali. A ninja só não tinha decidido o quanto aquilo era ruim. Nem se realmente era ruim.
Não iria admitir, mas o que a deixava ,mais irritada, foi Athena ter escolhido a aquela samurai ridícula da Sakura. Salvou Sakura quando podia ter salvado ela. Preferiu a samuraizinha em vez da ninja. Se jogou para tirá-la do caminho,ferrando com Pallas no processo.
A parte boa disso era que estava longe de sua família. E por isso, devia alguma coisa para a olimpiana.
Os cabelos castanhos dela estavam empapados. Pallas imaginou que os seus não estavam melhores. Ela não ligava muito para aparência mesmo. Se alguém um dia gostasse dela, seria por quem era. E isso ainda não tinha acontecido. As únicas que a aceitavam eram as primas. Não só aceitavam, como respeitavam. Apesar de Kannon a contestar às vezes, ela e as gêmeas Ungyo e Agyo eram sua verdadeira família.
— Porque você está com os olhos marejados?
Pallas se assustou com a pergunta inusitada. Já estava com uma réplica na ponta da língua para Athena quando se deu conta de que não foi a olimpiana quem falou. Era a garota que foi ajudar. Seus olhos puxados eram quase como os de Kannon, mas sua pele morena e os demais traços a diferenciavam da prima. Principalmente porque os cabelos dessa garota, lisos e negros, iam até sua cintura. Enquanto os cabelos arrepiados de sua prima eram sua marca registrada. E o desespero de seus pais.
Foi preciso piscar algumas vezes para lembrar-se de responder a garota.
— Estamos andando a tanto tempo que é impossível não suar. Não sei como vocês aguentam esse clima dos infernos.
Para crédito da garota ela sorriu. O que deixou Pallas intrigada.
— Vocês, gente branca, são engraçados. Vivem reclamando do clima.
Pallas franziu as sobrancelhas.
— Há outros como nós?
A garota a mediu de cima a baixo sem nenhum pudor. Torceu a boca para o lado, analisando Pallas. Como se fosse ela que estivesse andando praticamente nua por aí.