Vampiro na toca.

4.1K 598 149
                                    

Tom não sabia definir o que sentina em uma única palavra. Logo após Nagini invadir seu escritório dizendo que não conseguia encontrar Harry em lugar nenhum, o vampiro experimentou um gosto amargo ao pensar que Harry teria sido levado. Mas quem o levaria de novo? Como alguém conseguiria invadir sua mansão sem que ele percebesse? Teria Harry fugido? Porque ele fugiria? Ou teria ele se arriscado na floresta e se perdido? 

Ainda era dia, Nagini estava vasculhando a casa pela segunda vez, agora com a ajuda de Tom. Mas nada do menino, nem em seus lugares favoritos e nem em nenhum outro. 

Tom fez questão de vasculhar até mesmo o sótão e o porão, dois lugares com entradas escondidas e sem motivo algum para Harry ir. Enquanto isso Nagini vasculhava o terreno em volta da mansão. 

- Tom. – chamou a mulher, seus passos eram rápidos de encontro ao mestre. 

- você o achou? – perguntou preocupado. 

- eu senti o cheiro dele, leva para a floresta, pelos fundos. – disse a mulher, ela queria ir trás dele assim que sentiu o cheiro, mas precisava avisar ao vampiro. 

- fique aqui para o caso dele voltar. – falou Tom já caminhando para a saída.

- o que? O que vai fazer? Ainda está claro lá fora. – disse ao perceber o que o homem caminhava a passos rápidos para a saída dos fundos. 

- o sol já está se pondo, logo não terei problemas com ele. 

- Tom? – chamou quando eles já estavam na porta, Tom se virou esperando que a mulher continuasse. - traga-o em segurança.

- eu vou. – falou antes de correr para fora.

O sol ainda que alaranjado, o impedia de enxergar direito, a maior parte eram borrões e sombras, a luz queimando os olhos a ponto de doer e sua pele também ardia onde estava exposto, formando manchas avermelhadas como queimaduras. Porém nada disso o fez parar, quando chegou na entrada da floresta que Nagini disse ter sentido o cheiro dele, Tom inspirou profundamente. 

Era doce, fraco, mas inconfundível. E guiado pelo cheiro ele chegou em uma parte onde as copas bloqueavam a luz, para seu alívio. Tom olhou em volta, o cheiro de Harry estava lá, assim como mais três cheiros, eram distintos porém dois deles muito parecidos, a diferença tão sutil. Os quatro cheiros seguiram para o mesmo lado e o vampiro já imaginava que o humano havia sido sequestrado pelos donos daqueles cheiros. 

Não pertenciam a humanos, isso Tom tinha certeza, porém não eram os lobos de fenrir. Também não havia sangue, o que indicava que não houve luta, e Harry podia não estar ferido, ainda.

E por isso apressou-se, seguindo o rastro até chegar em uma casa humilde, o céu já estava em um azul escuro a esse ponto e as primeiras estrelas apareciam. Fumaça e luz saiam da casa, assim como vozes, muitas vozes. 

Tom nunca tinha ido para aquele lado da floresta, em todos os anos que ficou ali, nunca teve interesse. Estava surpreso que alguém morasse bem no meio de um lugar como aquele. 

Sua presença foi logo percebida, cabeças ruivas apareceram na janela assim como cabelos negros e olhos verdes. Tom fixou seu olhar em Harry, queria ter certeza de que o menino não estava machucado. O vampiro estava bravo, estava furioso consigo, havia descuidado do garoto e outros tentaram levá-lo.

Se alguém machucou o Harry eu não perdoarei suas vidas. Pensou quando as cabeças sumiram da janela.

Caminhou a passos duros até a frente da porta, mas antes que pudesse alcança-la, a mesma se abriu e de lá saiu Harry, logo atrás um homem ruivo, o cheiro dele era mais forte, o que fez Tom perceber que os outros três que sentiu antes eram de filhotes, não dava para identificar por conta da falta de maturidade. 

BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora