Há espreita.

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Um vilarejo típico de interior, com uma pequena igreja, uma pequena praça, barracas com os moradores vendendo  e trocando seus produtos, uma estalagem simples e um bar. As casas não eram todas concentradas no centro pelo que o moreno pode perceber. 

Ele ignorou os olhares direcionados a ele e seguiu para o bar, precisava de uma bebida e não tinha lugar melhor do que o bar para saber das novidades da cidade. Os homens falavam mais que mulheres reunidas na praça quando bebiam. O pai dele costumava dizer que homens não fofocavam, trocavam informações apenas. 

- o que vai querer? – perguntou o homem careca atrás do balcão enquanto limpava as mãos em um pano velho e já desgastado. 

- sua bebida mais forte. – respondeu pondo no balcão uma moeda de ouro, isso tirou um sorriso simpático do careca. Todo homem tem seu preço. Pensou. 

- se me permite perguntar, o que o trás aqui? – perguntou o homem estendendo um copo com a bebida de cor âmbar. 

- soube que anda acontecendo alguns ataques de feras por aqui. – falou como quem não quer nada, mas notou quando todo o bar se silenciou e o barmen ficou tenso. – é verdade então? 

- porque quer saber? Já temos problemas demais. – falou rude o careca. 

- eu posso ajudar. – respondeu com calma. 

- como? – a pergunta veio de um rapaz atrás dele, Sirius se virou para encontrar um jovem alto de cabelos loiros, o mesmo parecia não dormir a noites, tinha olheiras fundas e escuras. – como você pode ajudar? 

- eu sou caçador. – respondeu simples. – e quem seria você? 

- Dudley Dusley. E aquela coisa levou meu primo. 

 

O homem manteve o rosto bem coberto com o capuz, a neve que caia indicava que logo a vila estaria em baixo de uma tempestade, e para fugir dos metros de neve os moradores já corriam para suas casa onde poderia ficar aquecidos perto do fogo. No entanto, a neve e o frio de nada atrapalhavam aquele homem escondido pelo manto negro. 

Ele seguia Dusley e o homem que se apresentou como caçador. Severos estava recolhendo novas informações para seu mestre, vigiando de perto o humano, primo do Harry, a alguns dias. E ficou muito intrigado e preocupado com a ideia de ter um caçador no lugar, ele queria correr para seu mestre e lhe contar sobre a chegada do homem. Mas antes precisava de mais informações, Snape não fazia seu trabalho pela metade e por isso seu mestre tinha tanto apreço por seus serviços.

Viu quando os dois humanos entraram em uma casa simples, e dando a volta se aproximou da janela dos fundos de onde pode ver o fogo e Dusley parado na frente do caçador enquanto o mesmo olhava em volta, com uma pose relaxada e descontraída.

- você disse que é caçador. – falou o loiro recebendo um aceno de cabeça enquanto o outro agora andava pelo cômodo olhando tudo. – mas você não disse seu nome. 

- me chamo Sirius... – ele parou e se virou para o outro antes de completar. – Sirius Black. 

Os olhos de Snape se arregalaram ao ouvir o nome de família. A muitos anos não ouvia este nome. Mas parece que o Dusley não sabia da importância do nome, já que o mesmo não esboçou reação. 

- o que você caça? – perguntou Duda. 

- monstros, como esse que levou o garoto... Qual era o nome dele mesmo? 

- Harry, e não era o nome dele... É o nome dele. – falou irritado o que fez uma sobrancelha se levantar na expressão do Black e do próprio Snape. 

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