MELISSA
- Já chegou? Oque houve? - Minha mãe fala assim que entro em casa.
- Sim, ele me liberou mais cedo. - Dou um beijo em sua bochecha. - Está tudo bem, cadê papai?
- Está procurando outro emprego, saiu logo depois de você, mais ele não queria que você descobrisse. - Ela olha para os próprios pés. - Ele iria voltar antes de você chegar.
- Mãe. - A repreendo. - Porque papai esconderia?
- Seu pai ainda quer pagar a sua faculdade, ele te prometeu isso.
- Mãe. - Pego em seu rosto. - Eu já estou em um emprego. - Sorrio. - Ganho o bastante para sustentar nós três.
- Você sabe que não é assim. - Ela me olha triste. - Você é a nossa filha, e...
A porta se abre repentinamente. - E adivinha quem chegou?
- Theo? - Falo indo o abraçar junto com minha mãe.
- Esperava esta recepção. - Ele ri enquanto nós abraça. - Cadê o papai?
- Trabalhando. - Minha mãe mente.
- Ah é verdade. - Ele senta no sofá.
- O que faz aqui? - Pergunto.
- Não posso mais visitar minha família?
- Brigou com a Ângela?
- Foi, ela me tira do sério.
- Pelo o que conheço de você, você a tira do sério.
- Mãe, vai deixar ela falar assim de mim?
- Melissa...
- Ué, mais ele tira qualquer um do sério.
- Porque está vestida assim? - Ele me olha estranho.
- Estou trabalhando, na empresa Willex.
- Fala sério? - Ele fala surpreso.
- Sim.
- Parabéns, não imaginaria que chegaria tão longe, com seus problemas mentais. - Ele me dá língua.
- Claro querido, só não posso ficar mais atrás que você, já que você não chegou a lugar nenhum.
- Me faz rir.
Sento ao seu lado no sofá.
- Você não penteia o cabelo? - Digo bagunçando seus cabelos ruivos. - Ah claro, você brigou com a Ângela, ela que fazia isso.
- Só não vou dizer nada do seu, porque desta vez, ele está arrumado. - Ele pega em um mecha solta do meu cabelo. - Mais posso bagunçar. - Ele tira o grampo que segurava--o em um coque.
- Pode tirar. - Levanto. - Vou tomar um banho e me encontrar com a Ariel.
- A pequena sereia? - Ele ironiza.
- Claro, a pequena sereia. - Olho para minha mãe. - Vou tomar um café com ela.
Subo e tomo um banho.
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- Fala sério. - Ariel diz com espanto. - Ele deu em cima de você?
- Meio que isso, eu acho. - Falo me concentrando em mexer meu suco com o canudo.
- Meio não, ele deu mesmo em cima de você e agora?
- E agora oque?
- Se ele der em cima de novo?
- Ele disse que não iria se repetir.
- Você acredita?
- Espero que não.
Ela ri. - Espera mesmo?
- Ariel?
- Ué, ele é um gato.
- Mais, não quero me envolver com meu chefe.
- É tem isso. - Apesar do nome Ariel, ela parecia muito com a branca de neve, branquinha, cabelos pretos, olhos do mesmo tom e boca vermelha. - Mais se fosse eu...
- Você se comportaria.
- Vai a boate hoje?
- Só fins de semana, aquele inferno.
- Eu gosto de trabalhar lá.
- Você não foi forçada a trabalhar lá.
- Lá você me conheceu.
- Única coisa boa que tirei de lá. - Sorri para ela que sorrio de volta. - Só até terminar a faculdade, preciso do dinheiro.
- É, digamos que eu também.
- Falando nisso, olha a hora.
- Verdade... - Ela diz com o pensamento longe.
- Se você não tivesse se atrasado duas horas. - Dou um tapinha em seu braço.
- Se não fosse tudo em cima da hora. - Ela revira os olhos.
- Sim, te encontro na faculdade?
- É, vou ver se consegui a vaga hoje.
- Boa sorte Ariel.
- Muito Boa sorte.
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Avisto Ariel, que vem em minha direção animada.
- Boas notícias?
- Ótimas, consegui a vaga. - Ela diz com um sorriso de canto a canto.
- Ótimo, o que vai fazer mesmo?
- Você esqueceu?
- Psicólogia. - Ri. - Você vai se dá bem.
- Obrigado Mel, por ter me incentivado, se não fosse por você...
- Se não fosse por você, não adianta eu te incentivar, se você não quisesse.
- Mais o meu querer. - Ela põe a mão em meu ombro. - Não passava de querer, precisava de você para me incentivar.
- Obrigado. - Respiro. - Agora tenho que ir, estou atrasada.
- Até sábado.
- Quando vai começar?
- Próxima segunda. - Sinto a felicidade emanar por seus olhos, tão pretos e tão brilhantes.
- Então até sábado. - Me viro e corro para a sala.
A aula passa rapidamente e logo já estava indo para casa.
- Quer uma carona gata? - Ouço a voz familiar atrás de mim.
- Não Henrique, obrigado.
- Nunca vai aceitar?
- Nunca vai parar de insistir?
- Não. - Ele diz com esperança na voz.
- Não sei.
- Só uma carona, sem segundas intenções.
- Só de eu entrar no carro, vão pensar algo, vão falar algo, e eu não quero isso.
- Okay ruivinha. - Ele pisca para mim. - Um dia você aceita.
Vou direto para casa, mais uma noite.
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O Chefe
Random✓ - Você ainda vai ser minha. - Sinto um arrepio em minha espinha. - Oque? - Não adianta negar, você quer ser minha. - Eu sabia o poder que ele tinha sobre mim, até quando eu iria resistir? ✓ ° O que fazer quando tudo foge do seu controle? E quando...