Capítulo 5

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MELISSA

- Pronta?

Me assusto.

- Tem como para de me assustar senhor?

- Você se assusta facilmente. - Ele ri malicioso. - Deve ser por que, está fazendo coisa errada.

- N-não. - Respiro profundamente.

- Vamos princesa? - Lucas, minha salvação, sai do elevador.

- Vamos irmão.

- Como assim? - Ambos olham para mim.

- Você não avisou?

- Hm.. acho que esqueci.

- Então não vai.

- Certo, do que estão falando?

- Ele pediu para ir conosco, e disse que ia te avisar. - Falo enquanto arrumo e papelada e desligo o computador. - Mais ele não avisou, temo que, por que quis. - Dou uma breve olhada para meu chefe.

- Não foi por que quis, eu me distrai... - Ele dá uma pausa, esperando uma resposta. - Mais não irá se repetir.

- Você não vai. - Lucas fala num tom sério. - Não mesmo. - Ele balança a cabeça várias vezes.

- Ela decide.

- Você não vai. - Digo por fim. - Você não avisou, por que não quis.

Ele virá os olhos e se retira para o elevador, eu e o Lucas o acompanhamos.

O silêncio no elevador estava, entediante.

Chegamos no térreo.

- Para meu carro. - Lucas aponta para uma Hilux vermelha.

Seguimos até o carro.

- Então, oque você faz fora do trabalho? - Lucas corta o silêncio.

- Faculdade, e você?

- Você não sai? Tipo fins de semana?

- Sim... - Ele me olha de relance, como que esperando resposta e volta logo a atenção para o volante. - Normalmente, passo o fim de semana com uma amiga.

- Todo fim de semana?

- Sim.

- Nem um minuto para si própria?

- E você oque faz quando não trabalha? Na verdade no que o Sr. Trabalha?

- Sou médico. - Vejo um sorriso se formar em seus lábios.

- Médico? Sua família tem uma empresa e você é médico?

- Sim.

- Como escolheu essa profissão?

- Eu queria curar, digamos assim, ajudar pessoas. - Ele me olha novamente com relance, só que com uma alegria evidente nos olhos, ele gostava de falar sobre sua profissão. - Não queria e nunca quis, administrar a empresa.

- Isso é bom.

- Sim, e meu irmão, bom, nossa empresa,  investe em caridade, hospitais de câncer, e eu queria fazer algo mais, do que investir e sempre gostei do trabalho de médico.

- Dá pra perceber no seu tom, no seu olhar.

- Chegamos.

Descemos do carro, ele dá a chave do carro a um manobrista e entramos em um restaurante imenso.

- Temos 45 minutos. - Digo por fim.

- Meu irmão não irá te demitir se você se atrasar.

- Gosto de pontualidade.

- Hm... Normalmente as mulheres se aproveitariam disso.

- Eu não sou as outras mulheres. - O olho, o repreendendo. - Não generalize.

- Desculpe.

Pedimos a comida e ele falou sobre seu emprego, e logo estamos de volta no carro.

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- Gostou? - Ele diz estacionando o carro no mesmo lugar de antes de sairmos.

- Uma das melhores horas da minha vida. - Rimos.

- Poderia ser um dia inteiro, se você resolver não sair com sua amiga, no fim de semana. - Ele abre um sorriso, o sorriso dele não tem malícia, é leve e carinhoso.

- Vou conversar com ela.

- Tá.

Saímos do carro, entramos no elevador e enfim chegamos a minha mesa.

- Quando quiser sair, me liga, manda uma mensagem. - Ele pega um cartão do bolso e me estende e eu pego.

- Claro, vou mandar uma mensagem assim que chegar em casa, para o sr...

Ele me olha me repreendendo.

- Para você salvar meu número.

- Ótimo, até mais.

Ele me dá um beijo na bochecha e sai, coloco o cartão em cima da mesa e Renan sai da sala.

- Hm.. Já chegou? - Ele diz com surpresa na voz.

- Não envolvo coisas pessoais com trabalho, se eu tenho uma hora de almoço, eu volto em uma hora.

- Normalmente quando saem com o Lucas, sempre voltar depois.

O olho interrogativa.

Será que muitas mulheres saem com os dois? Claro, donos da empresa, melhor cortar o que tenho com o Lucas.

- Não misturo trabalho e coisas pessoais.

- Então ele já é algo pessoal?

- Não, mais... - Me calo.

Ele fica me olhando por alguns segundos.

- Chame a Verônica na minha sala.

- Sim senhor.

Ele se retira para dentro da sala e eu ligo para a Verônica.

- Sim?

- O Senhor Wellix, pediu para ir a sala dele.

- Sim. - Sinto a animação em sua voz.

E ela desliga.

Alguns minutos depois ela aparece no elevador, passando as mãos nos cabelos, como se aquele coque, estivesse com algum fio solto.

Ele dá uma risadinha maliciosa para mim e entra.

- Não bate na porta? - Escuto antes dela fechar a porta.

Alguns minutos depois, ouço gemidos escapando de dentro da sala.

Não acredito no que está acontecendo.
Eles estão fazendo sexo na sala dele.

Tento me concentrar em outra coisa, mais os gemidos estão se tornando cada vez mais altos.

Mesmo sem querer pensamentos vem em minha mente, me imagino naquela sala com o Renan.

Não, não posso pensar isso, ele é meu chefe, também é chefe dela, mais não, não posso.

Depois de um longo tempo, ela sai dando risadinhas e Renan logo atrás, sério como sempre.

- Tchau Renan. - Ela diz com uma voz manhosa ainda ofegante.

- Sr. Wellix. - Ele a olha frio.

Como alguém, que estava em momentos íntimos a poucos segundos atrás, a trata com tanta frieza?

Ele me olha com um sorriso de lado e ela sai apressada para o elevador.

- O que foi senhorita?

- Nada. - Falo voltando a atenção para o computador e ele entra novamente na sala.

O ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora