MELISSA
Acordei assustada, não, não estava atrasada.Levantei e foi como rotina, segundo dia de trabalho, e isso seria uma rotina, uma rotina maravilhosa.
Me acordo com um bom banho, deixando a água correr por meu corpo, por exatos 20 minutos.
Sai, me troquei com uma roupa parecida com a do dia anterior.
Desci minha mãe já tinha feito o café.
- Bom dia!!
- Bom dia!! - Eles responderam em uníssono.
- Hm... O som, ontem, desculpe novamente.
- Vamos acabar se acostumando. - Minha mãe vira de costas. - Coma, direito.
Pego meu copo de café e tomo, um pedaço de torrada e despejo um beijo na bochecha de cada um.
- Amo vocês. - Falo batendo a porta.
________________••••••________________
- Bom dia! - Falo para a loira, a Verônica. - Verônica.
- Bom dia. - Ela fala seca e aguada.
Entro no elevador, quase esquecendo o chefe sexy e arrogante que tenho, será um bom dia.
O avisto.
- SEGURA PARA MIM! - Ele grita e assim o faço.
Ele entra.
- Estamos quites. - Falo por fim.
- Estamos? - Ele ri maliciosamente. - A empregada, chegando antes do chefe. - Sinto admiração na sua voz.
- Isso deveria ser o normal. - Falo já com desdém. - Bom dia!
- Bom dia Michele. - Vejo o sorriso em seus lábios se desfazer.
Chegamos no andar desejado.
- Desmarque meus horários de hoje. - Ele entra na sua sala. - Marque de segunda para adiante.
Dois dias de emprego, e os dois cancelando horários, paciência para quem quer falar com ele.
Ligo e desmarco e remarco tudo.
Meu site, tenho que mudar algumas coisas.
Entro virando o computador para meu lado.
- Que site é esse? - Levo um susto e fecho a página rápido demais, rápido o suficiente? - Não precisa esconder, você não tem o que fazer, então pode usar seu tempo livre como quiser.
- S-sim senhor. - Digo ainda nervosa.
- Vai me falar qual era o site? Um porno? - Ele parece não ter papas na língua.
- N-não. - Não acredito que isto está acontecendo, meu segundo dia de emprego.
- Parecia... - Ele dá uma pausa. - Lésbica? Por isso não quis nada comigo? - Ele fica com um semblante pensativo. - Não se preocupe, podemos ter uma amiguinha.
- Não! - Respiro fundo. - Eu não sou lésbica, não que isso seja ruim. - Me recomponho. - Não é porque eu não sou uma dessas... Mulheres que se esfregam no senhor, quer dizer que eu sou lésbica.
- Você não tem atração por mim? Não me acha bonito? - Ele ri, alto o suficiente, para que algumas pessoas ouvissem se estivessem no corredor.
Ele se aproxima, se abaixa, ficando a centímetros do meu rosto.
- Não é isso. - Falo com uma firmeza na voz, que nunca tinha tido.
- Então oque é?
- Eu não sou o tipo de mulher, que esfrega em caras como você, por dinheiro, e nem se não tivesse... - Respiro. - Você me confundiu, tudo oque eu queria era apenas um emprego, e não um emprego, com um chefe que fica dando em cima de mim.
- Porque?
- Você não sabe conversar sem ficar a centímetros da pessoa? - Me levanto.
- Eu gosto perto. - Ele chega perto novamente. - Mais fácil as pessoas soltarem a verdade.
Aquela voz, o hálito quente, eu estava ficando molhada.
- Você não sabe conversar, você quer partir logo pro sexo.
- Mulheres falam que homem falam demais, atitudes de menos, prefiro ser o contrário.
- Atitude? - Ri. - Você chama isso de atitude?
Ele me empurra contra a parede, levando a mão na curva das minhas costas, só com o dedo midinho a minha bunda.
Minha respiração está acelerada, só consigo o olhar.
- Oque acha? Não tenho atitude?
- V-vo-cê confundiu, atitude com pegada? - Falo agora com um sorriso no rosto.
Ele chega perto do meu pescoço, seu cheiro exala no ar, aquele cheiro, me deixa molhada.
- Cheirinho doce. - Ele roça o nariz e a barba recém-crescida no meu pescoço, me fazendo arrepiar.
- Senhor... - Falo quase gemendo.
- Renan. - Ele dá uma mordidinha no meu ouvido. - Fale meu nome nesse tom.
- Senhor...
O que eu tô fazendo - Penso.
O empurro.
- Não, você...
- Vai me perguntar se eu estou louco? Não fiz nada de mais. - Ele se vira e se senta na minha cadeira. - Bem organizada.
Ele me olha e percebo que ainda estou encostada na parede.
O telefone toca e eu vou atender.
Ele me olha de um jeito sedutor, passa as mãos nos lábios. _ Aqueles lábios que até tão pouco estava na minha pele, aquelas mãos._ Meus pensamentos estão fora de mim.
- Alô?
- Olá Srta. Melissa. - Impossível não reconhecer aquela voz, rouca mais doce.
- Olá Sr. Lucas. - Sorrio e Renan me olha feio.
- Gostaria de saber se não quer jantar está noite?
- Eu? Irei jantar sim, com minha mãe e meu pai. - Ri.
- Me refiro a querer jantar comigo.
- Eu tenho faculdade, assim que sair daqui.
- Que tal o almoço?
- Hm... Tabom.
- Horas?
- Uma hora.
- Sim senhorita.
Desligo o telefone e Renan ainda me olha intrigado.
- Vai sair com meu irmão? - Sinto raiva em sua voz.
- Sim.
- Hoje?
- Sim.
- Posso ir junto?
- Não faz mal. - Impulso, tenho que parar de falar as coisas sem pensar. - Devo avisar seu irmão primeiro.
- Eu mesmo o aviso.
Assinto com a cabeça.
- Posso voltar a meu trabalho?
- No site pornô? - Fico vermelha ao ouvir e ele ri. - Você se envergonha com facilidade.
- Senhor...
Ele se levanta, se vira e sai.
Respiro profundamente.
Respira.
Inspira.
Respira.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Chefe
Random✓ - Você ainda vai ser minha. - Sinto um arrepio em minha espinha. - Oque? - Não adianta negar, você quer ser minha. - Eu sabia o poder que ele tinha sobre mim, até quando eu iria resistir? ✓ ° O que fazer quando tudo foge do seu controle? E quando...