Capítulo 8

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Desculpem o atraso, para publicar capítulo do outro livro fique uns 15 minutos, mais desse não tinha conseguido. ❤️🥰

MELISSA

Segunda feira.

Hoje o meu dia de trabalho foi o mesmo da semana passada, Renan soltou algumas piadas, alguns convites do Lucas, mais hoje não vou conseguir mais evitá-lo, sendo que vou ter aulas práticas no hospital que ele trabalha, 0,1% de chances dele não estar, 0,1% de chances dele está saindo neste momento, 0,1% de chances de ele estar lá, e eu me prendo a essa última opção, fora as milhares de chances de algo ter acontecido.

Que ele não esteja.
Que ele não esteja.
Que ele não esteja.

Vejo mais de meia duzia de médicos a minha frente, menos o Lucas, respiro aliviada.

- Desculpem o meu atraso. - Lucas, esta voz é com certeza do Lucas_ Ele se põe a nossa frente. - Srta Melissa?

Solto uma tosse falsa e todos olham para mim. - Olá Sr. Wellix.

- Que coincidência. - Ele diz e abre o maior sorriso e se vira para o professor. - Posso falar um minuto com o senhor?

- Claro. - Eles saem da frente do hospital, e nós alunos ficamos juntos com os médicos, um dos médicos é chamado pelo professor e alguns minutos depois eles reaparecem. - Vamos agora separar as turmas, vejo quando Lucas pisca para mim.

Sim eu estou na turma do Lucas.
Ele tenta disfarçar olhando para os outros alunos por meros segundos, para o cadáver e voltando a fixar o olhar para mim, eu não entendo como ele consegue explicar tudo e me olhar como se estivesse me comendo com os olhos, não desvio o olhar do manequim, porque tenho que prestar atenção em tudo, sinto um cutucão e quando me viro encontro o par de olhos azuis, Henrique.

- Esse médico não sabe disfarçar o olhar de você, não é? - Ele sussurra.

- Não sei do que está falando.

- Ou você ficou com ele e depois sumiu, ou está dando um bolo e ele não percebeu? - Ele fala tão perto do meu ouvido que me causa arrepios.

- Como você tem tantas opções?

- Eu sou homem e conheço os homens. - Ele diz como se conhecer homens fosse uma vitória.

- Nem todos são iguais. - Digo com desdém.

- Você quer saber qual das verdades?

- Hm?

- O que ele quer de você ou o que eu quero com você?

- Nenhuma, me deixa quieta. - Viro para frente e o olhar intimidador do Lucas, parece que vai me perfurar.

- Qual o assunto que é mais importante do que a aula? - Lucas diz olhando diretamente para mim e eu congelo.

- Sabe professor, médico ou não sei como devo chamá-lo. - Olho para Henrique, implorando para que ele não fale bobagem. - Estava perguntando para a Melissa...

- E eu estava explicando para ele, que cada coisa que ele não entender sobre a aula ele pergunte para o senhor. - O interrompi, torcendo para que ele parasse de falar.

- E agora eu vou pergunta. - Ele me olha com desafio no olhar. - O que você e ela tem? - Olho para Lucas que passou de branco para vermelho, não sei de raiva ou de vergonha e Henrique continua. - Porque qualquer pessoa percebeu o quanto o senhor olha para ela.

- Agora eu te pergunto. - Henrique volta a sua cor normal. - O que você tem com ela para se intrometer?

- Precisa ter algo? Qualquer pessoa quer saber isso.

- Certeza? Alguém quer saber sobre minha vida? - Lucas olha para todos e todos congelaram, não diziam nem que sim, nem que não. - Não dá para saber o que mudo quer. - Lucas olha para Henrique.

- Ele só não estão com coragem.

- Chamando seus amigos de medrosos? - Vejo os olhares se virarem de Lucas para Henrique.

- Pessoal? - O professor chega na sala e olha para todo mundo. - O que está acontecendo?

- Nada professor. - Lucas diz. - Acabou pessoal, até amanhã, amanhã vamos fazer alguns exames, com pessoas vivas. - Ele lança um sorriso para todos os alunos e para o olhar em mim.

- Hm... - O professor espera alguns segundos como se esperasse que alguém falasse algo. - Vocês podem ir para casa.

Todos estamos saindo quando sinto meu braço ser puxado.

- É de família?

- Oque? - Olho para sua mão que ainda segura meu braço.

- Nada.

- Posso... Falar com você? - Lucas me olha com timidez.

- Pode - Tento parecer calma.

- Você está me evitando?

- Oque? Não. - Óbvio.

- Parece, mais tudo bem, posso te levar para casa?

- Melhor...

- Melissa. - Ouço Henrique chamar e chegar perto, me viro para olhá-lo, levanto uma sombrancelha em interrogação. - Não vai dizer que esqueceu da carona? - Reviro os olhos. - Vai cancelar de novo?

- Não, eu... - Olho para o Lucas. - Da próxima?

- Claro, eu vou ter que fazer plantão mesmo, tchau. - Ele fala seco, se vira e sai.

Vou com o Henrique até o estacionamento do hospital.

- Obrigado.

- Por? Espera onde você vai? - Ele segura meu braço.

- Oque vocês homens tem que teimam em puxar meu braço? - Falo com o tom alterado e puxando meu braço.

- Calma. - Ele olha para os próprios pés. - Não sabia que os homens gostassem de puxar seu braço, achei que...

- Que?

- Você tinha aceitado mesmo minha carona. - Ele me olha agora nos olhos.

- Ta. - Reviro os olhos. - Mais é só carona e você não vai falar para ninguém.

- Porque iria falar isso?

- Como eu vou saber?

Entramos nos carro e o silêncio de segundos foi cortado.

- Então... - Ele bate os dedos no volante. - Tem algo para fazer esse fim de semana?

- Não, não, não. - O olho e ele me olha de relance. - Só uma carona.

- Você não quer andar todo o trajeto nesse silêncio não é?

- Põe uma música. - Ele liga a rádio e está tocando 'Thousand years' - Desliga.

- Se decide mulher. - Ele diz zombeteiro.

- Desligue.

- Como quiser.

Logo chegamos a minha casa.

- Obrigado pela carona. - Dou um beijo em sua bochecha e o vejo corar. - Até amanhã.

- Até. - Ele alisa minha bochecha antes de eu sair e abre o maior sorriso para mim.

- Cuidado no caminho.

- Se preocupa comigo?

- Tchau Henrique.

Henrique apesar de ser um grande pegador, ele é uma pessoa legal, até que ele começa a dar encima de você, a partir daí ele se torna insuportavelmente irritante.

Entro e vou direto para o quarto.

O ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora