Capítulo 12

4.1K 291 40
                                    

MELISSA

- Hm... pra quem não iria se envolver. - Ouço Ariel falar enquanto entra no banheiro onde eu estou tomando banho.

- Xiuu! - Ouço ela ri. - Eu não vou me envolver, estou fazendo isso para ele me deixar em paz.

- Ou porque se rendeu ao chefe mais gostoso que alguém poderia ter.

- Claro que não. - Abro o box do banheiro e a olho. - Me dá a a toalha?

- Essa aqui? - Ela olha algo dentro do banheiro e seu olhar muda para safada. - Você pretende transar com ele?

- Não!

- Você está usando aquele sabonete...

- Todos os dias que vou para a sexy...

- Ali é outro, esse daí é diferente, eu te conheço.

- Você está pensando muito em sexo, o Victor não está dando conta? - Retribuo o olhar safado.

- Claro que está, falando nisso, como você nunca me apresentou aquele homem antes?

- Cala a boca, não quero detalhes, ele é como um irmão para mim. - Ariel revira os olhos e saimos do banheiro.

×

- Cabelo solto. - Ela fala enquanto seca meu cabelo. - Com algumas ondas, digna de salão.

- Ariel não precisa exagerar, ele vai pensar...

- Querida desde quando nos arrumamos para homens? Eu quero que todas as pessoas olhem para você e diga: que sorte que ele tem.  - Quando Ariel põe uma coisa na cabeça é difícil tirar. A deixei me maquiar, o que resultou em um esfumado preto com dourado e um batom vermelho.
Estou com um vestido vermelho colado de manga longa toda em renda com um detalhe dourado  e um salto preto com a sola vermelha. Tudo obra da Ariel. - Perfeita. - Ela diz por fim ao fechar o zíper do vestido.

- Uau. - Digo e ela sorri. - Estou com dó de tirar depois.

- Você poderia ir para a sexy assim hoje. - Ela senta na cama. - Falando nisso, você me dá a roupa para eu levar para a sexy quando for a hora. - Depois de dar a roupa ouço meu celular vibrar. _ Renan. _ - Não esquece a máscara.
Ela sai do meu quarto e logo ouço a porta da sala bater, pego a bolsa preta e a observo dentro. Tudo certo. Pego o telefone e atendo.

- Alô?
- Já estou em frente a sua casa.
- Obrigado por não buzinar, já estou indo.

Desligo o telefone e saio em direção a sala, minha mãe e meu pai estão sentados e praticamente viram o exorcista de tanto que viraram o pescoço.

- Aonde você vai tão linda assim? - Minha mãe diz primeiro.

- Ela sempre está linda. - Meu pai fala.

- Mais hoje... Você entendeu.

- Vou sair... - Lembro que a Ariel saiu a pouco, não posso dizer que vou sair com ela. - Com o Victor.

- O Victor? Ele não viajou?

- Ele voltou, eu falei.

- Ah sim, sempre disse que vocês faziam um belo casal, enfim você se tocou. - Vejo o olhar do meu pai perfurando minha mãe.

- Se divirta filha.

- Enfim, depois vou dormir na Ariel.

- Não precisa nos dar explicações.

- Vocês que perguntaram onde eu iria. - Dou de ombros. - Vejo minha mãe olhar para a TV como que desviando do assunto. - Tchau.

Saio de casa e avisto o carro preto do Renan, os vidros da frente estão aberto e ele está encostado perto da porta do carona. Lindo e gostoso. Como sempre ele está de paletó, ele abre um sorriso assim que me vê e eu retribuo.
Atravesso a rua e ele me recebe com um beijo na mão. Cavalheiro.

- Boa noite!

- Boa noite!

- A noite está belíssima, mais você... - Ele morde os lábios. Lábios rosados e levemente carnudo. - Você está divina.

- Você está divino todos os dias. - O olho. - Vamos? Não quero meus pais vendo nada que não queira.

- Do tipo?

- Nada, esquece.

Renan abre a porta do carro e eu entro, logo em seguida ele.

- Quer ouvir música? Algo?

- Vamos ver o que está passando na rádio. - Começo a mudar de rádio enquanto ele dirige e me olha as vezes. - Essa música... É... Perfeita. - O olho e ele esta rindo.

- Você gosta desse tipo de música? - o olho e a resposta veio em conjunto com a música.

- E se entrar na carruagem eu já sei a resposta. É mulher de postura a verdadeira dama. De mão dada na rua, pede tapa na cama.

- E se rolar a sacanagem ninguém vai saber. Vai ser o trio você e eu e o puro prazer. - Ele continua e eu fico boquiaberta.

- Você conhece? Sabe a letra...

- Sim, eu gosto de Hungria Hip Hop.

- É, pelo menos seu gosto para música não é ruim.

- Você achava que eu gostava do que? Música clássica? Não é porque eu sou rico que eu não sei o que é música boa minha querida. Chegamos.

Olho para o lado e tem um enorme restaurante. Descemos do carro e ele dá a chave do carro para o manobrista estacionar.

- Aqui é muito lindo. - Digo enquanto o garçom veio nos atender.

- É o restaurante que mais gosto. Comida boa e hoje uma companhia boa.

- Para quantas mulheres você já disse isso?

- Normalmente quando levo elas para algum restaurante, já teria comido ela. - O olho assustada com o jeito que ele fala livremente. - Mais nunca trouxe nenhuma para cá. E usaria uma frase mais do tipo. Comida boa e comida boa. - Ele ri. - Mais não se preocupe, nosso acordo foi um jantar e nada que você não queira.

Pedimos e logo estávamos comendo, apesar das cantadas. Abertamente falando. O quanto ele me achava linda. gostosa
cheirosa. Engraçada. Descobri um Renan diferente, um que fazia piadas com qualquer coisa e até trocadilhos.
Descobri que ele tem 26 anos, sete cachorros, que ele é um excelente tocador de qualquer instrumento. O que rendeu piadas sobre ser "DJ". Fala 7 línguas. O que rendeu mais piadas. Sobre eu não querer experimentar a dele e ele a minha.

O ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora