faixa 3.

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me chame do que quiser.

Penélope Park PoV.

Uma aula normal durava entre quarentena cinco e cinquenta minutos, sendo expulsa nós primeiros dez sobravam no mínimo trinta e cinco minutos, fechada em uma sala com a Mikaelson. Era tempo demais.

Eu a odiava há sete anos, meus olhos acharam os seus e as faíscas de ódio voaram, das duas, isso aos onze anos de idade, por tanto, a noite anterior não poderia sonhar em mudar algo já destinado para nós. Então, porque diabos agora eu pensava tanto nisso?

Primeiro, qual a conclusão daquilo? Não nos levava a nada, além de um caminho de humilhação. Segundo, foi tão bom, Hope estava mais do que certa quando disse que tinha sido minha melhor. Eu acreditei que era pela situação, e não a pessoa. Preferia pensar assim.

- Ontem não muda nada. - Comentei ainda marrenta, olhando para minhas mãos. Hope estava de pé olhando a janela, possivelmente desejando estar do outro lado, ou pensando em pular.

- Esse assunto de novo? - Cruzou os braços ainda sem virar para mim, depois que levantei os olhos, pude observar como a Mikaelson ficava naquele uniforme.

- Eu quero entender porquê fez aquilo. - Respondi imediatamente, era a primeira conversa real que tínhamos.

- Eu te digo, se me contar porque você não me parou. - Hope propõe. A bruxa se vira, eu ergo meu olhar para seus olhos.

- Você tem um belo corpo. - Ri para mim mesma. - Eu tenho que admitir, e sua boca, garota, você sabe como usar ela.

- Parece que você não me odeia tanto quanto acha que odeia. - Hope quebra o clima, me lembrando com quem eu realmente estava falando.

Talvez não odeie...

- Eu apenas não sou cega. - Defendi. -Porque fez? - Continuei insistindo.

- Eu tava afim. - Hope deu os ombros, se virando de novo.

- O combinado não contava com mentiras.

- Sua resposta foi tão vazia quanto a minha. - A bruxa me fez perceber que era uma ideia muito idiota tentar ter uma conversa com alguém como ela.

- Tanto faz. - Me desliguei do assunto, voltando a encarar minhas mãos.

Eu não me aquietei, na verdade, dentro de mim havia uma bagunça que eu tentava arrumar, como se tudo fugisse das caixinhas construídas para eles. A caixinha do ódio com nome da família Mikaelson também não estavam no lugar. Isso não mudava muita coisa, ainda era irritante a falta da resposta de Hope. O barulho daquele ponteiro de relógio queria me torturar.

- Porque eu gostei. Você me beijou, de repente, depois de prometer que iria me destruir minutos antes, você não era uma Mikaelson, eu não liguei pra isso. - Fui sincera, mordi o lábio em seguida, mexendo nos bonequinhos da srt. Forbes, puxei uma coragem que não sabia da onde vinha para saber se Hope estava olhando para mim.

- Te beijei porquê queria saber que você é mais que essa rixa de família. - Hope me olhou no fundo dos olhos. - Só por isso. - Acrescentou. Dei os ombros.

- Eu odeio você, Mikaelson. Pra valer. - Falei seria. Recobrando quem eu era, quem deveria ser. Era como se a voz de Katherine surgisse no fundo da minha mente, explicando o quão horrível era Klaus, e o porquê devia odiar todos eles.

- Dá onde vem essa raiva toda? - Hope começar a caminhar para mim, a discussão podia terminar em nós quebrando toda a sala. - Você se importa tanto, e tanto com seu nome, e por isso você é tão sozinha, eu tenho dó de você, Penélope.

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