faixa 1. (epílogo.)

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"you're my, my, my, my lover". Taca o play.

Penélope Gilbert PoV.

Era um dia um tanto quanto parado para mim, era como se o natal deixasse os bruxos das trevas amigáveis, suscetíveis a deixar as diferenças com os que se intitulam bonzinhos, como eu. Era um autor consagrada, não tinha levado um ano desde que sai de hogwarts para conseguir o emprego, todo o tempo perfeitamente aproveitado estudando, treinado, recebendo todo o apoio de tia Elena e Damon.

Eu escrevia o relatório da última missão reparando na pequena cicatriz na minha mão, a história sobre ela sempre ficava mais exagerada toda vez que era passada pela frente, o natal sempre me trazia lembranças, ano após ano. Tudo que quis quando mudei meu sobrenome estava acontecendo, sem pressão, sem reputação além de ser a melhor no que faço, sempre fui boa boa em feitiços hostis, mas faltava alguma coisa. Continuei escrevendo.

– Com licença, eu tenho um bruxo das trevas para denunciar. – A porta se abriu, depois vieram as batida.

– Pode se sentar ali. – Apontei para a cadeira na minha frente, prestando atenção no que estava escrevendo sobre o criminoso que atacou um jogo de quadribol, e me levava a lembrar de uma pessoa. Uma jogadora ruiva. – Pode ir falando, estou lhe ouvindo.

Sempre tinha um outro com informações fracas, irrelevantes, ou mentirosas. Eu não dava muita atenção, a não ser que a história chamasse alguma atenção.

– Gosta do natal senhorita Gilbert? – Perguntou o homem, eu sabia que ele já estava sentado na minha frente, continuei o trabalho dando ainda menos atenção.

– Vá direto ao assunto, por favor. Se tem alguém perigoso me mostre onde. – Fui direta. A parte mais importante da minha patética vida era esse trabalho, mesmo essas partes me irritando.

– Minha filha se sente triste todo natal, há anos, talvez pudesse capturar a bruxa maldosa que quebrou seu coração. – O homem diz, me deixando levemente confusa, e nervosa.

Larguei a caneta, entrelaçando meus dedos uns nos outros olhando para o homem, meio loiro, na faixa dos quarenta, para um bruxo, com traços familiares. Engoli em seco. Ele tinha aqueles olhos, aquela pitada de demônio nos olhos.

– Klaus Mikaelson, a lenda viva. – Anunciei de brincadeira. – Veio me dizer só quebrei o coração de Hope?

– Eu podia mata-lá por menos, Gilbert. – Ameaçou o Mikaelson, aquela família sempre iria me atormentar. – É brincadeira, o que há, não tem humor? Estou aqui para te fazer um convite.

– Eu tenho trabalho a fazer.

– "que deixe as luzes de natal até janeiro para você", faça isso ao invés de gastar potencial pegando caras que qualquer amador conseguiria. Venha até minha casa, Hope vai estar lá, garanto que ela quer te ver.

Klaus convidou, mesmo que arrancasse minha cabeça se eu não fosse, ele não era o mais sútil dos homens. Quando saiu da salaz fechei o relatório, lendo o endereço no papel deixado em cima da minha mesa.

Hope Mikaelson, depois de todo aquele tempo queria me ver, se não Klaus não teria ido até o meu trabalho para isso. Liguei para tio Damon, avisando que não iria para o Natal naquele dia, era o segundo que Katherine e Stefan tinham voltado a participar, eu tinha chegado lá, na parte da minha vida onde era madura o suficiente para conviver diretamente com Katherine sem sucumbir, e pronta para ir até a mansão Mikaelson, além de que mantive Jade muito próxima na minha vida, era madrinha da sua pequena Carol, Taylor também era muito próxima, apesar de eu não suportar o Mikaelson com quem tinha se casado.

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