Reputation • Henelope.

faixa 4.

Hope é seu carro de fuga.

PenélopePark PoV

Não consegui dormir naquela noite, minha cabeça ressoava e ressoava alto demais para um quarto tão pequeno. Não conseguia ficar confortável. Notei que Taylor estava dormindo profundamente, como um bicho preguiça, então levantei sem muito barulho, indo para o salão comunal. Levei comigo um caderno pequeno enfeitiçado, uma caneta, e minha varinha, era o suficiente.

"Mãe, eu sei que é tarde, você não gosta que eu mande cartas e perca o sono, mas algo me incomoda MUITO. Não sei dizer a você o que diabos é. Não te falei, mas a Hope anda mais tranquila esse ano, não odiei isso, talvez possamos fazer as pazes finalmente, sei que o Klaus é um bruxo terrível, mas talvez ela não seja. Ainda estou a tratando do mesmo jeito, não se preocupe. Papai pode concordar comigo. Talvez seja isso me incomodando.
                                                                        Penélope."

– Incendia. – Puxei a página que escrevi, colocando dobrada na palma de minha mão, usando a varinha para lançar o feitiço, imaginando exatamente onde o bilhete devia ficar.

Encostei a minhas costas no sofá, sem ter absolutamente nada para fazer, mesmo que tivesse trazido um celular de contra bando no começo do ano, assim como todos, nada nele era interessantes, coisa alguma podia aquietar a bagunça em mim.

Eu quero fugir. Eu realmente quero fugir agora. Me enfiar num carro de fuga, com dinheiro roubado e sem rumo.

Quando um professor foi checar se tinha algum aluno fora da cama foi minha deixa para voltar, eu ficaria muito feia com as olheiras que estava acumulando com os minutos passando.

Não dormi nada do que precisava, apenas alguns minutos antes de Taylor me acordar jogando o seu travesseiro no meu rosto.

– Tava tendo algum sonho bom, Penny? – Taylor Indagou. – Você parece quase morta.– Brincou.

– Hã.. – Gemi enfiando a cabeça no travesseiro de novo.

– Vamos, você é uma bruxa, não uma princesa adormecida. – Taylor continou insistindo. Minha mente ainda sonolenta procurava mil motivos para ficar deitada, e dormir  novamente, até a carta vir em minha cabeça. Abri a gaveta do criado muda puxando um bilhete.

"Penélope, você só pode estar ficando louca minha filha. Os Mikaelson são pessoas traiçoeiras, acha que eu não pensei o mesmo de Klaus várias e várias vezes, e dos seus irmãos, todos são venenosos, até os mais jovens, você sabe tão bem disso. Apenas espere que ela se revelará. Seu pai concorda com você, diz que todo mundo tem uma redenção, ele teve... você precisa ouvir a mim. Sobre esse incômodo, são mudanças, vai ficar tudo bem, se precisar, escreva novamente porém mais cedo, você precisa dormir bem.
Katherine."

Minha mãe estava certa, papai era um rolo emocional. Eu iria tirar a prova disso, mas não por hora.

– Você acha que eu estou errada sobre os Mikaelson? – Perguntei largando a carta e fechando a gaveta com força.

– O que tinha nessa carta? Veneno? Você sente febre? Penny, você não questiona essas coisas. – Taylor indagou desconfiada. –  Já sei, você é um parasita no corpo da minha amiga, boa escolha.

Eu ri da sua pequena atuação de choque.

– É sério. – Avisei.