Meus Príncipes Encantados (MPreg) | Spin-off Do Livro Memórias Do Seu Coração

Capítulo Oito

Pietro Martins Reed:

Depois de uma longa deliberação sobre os materiais necessários para decorar o camarim, Matilde e eu começamos a planejar as compras com mais precisão. Era claro que cada detalhe precisava ser escolhido com cuidado para criar um ambiente que refletisse sua personalidade vibrante e exigente.

Matilde revelou-se ainda mais impressionante do que eu imaginava. Ela possuía um orgulho excepcional por sua aparência, com uma confiança marcante em seu caráter. À primeira vista, sua atitude exalava um toque de vaidade superficial, mas havia algo mais profundo em sua essência. Ela era genuinamente carinhosa e apaixonada por literatura, dedicando-se tanto à leitura quanto à escrita de prosas. Seu amor por palavras se refletia em uma biblioteca pessoal, repleta de volumes preciosos e anotações pessoais.

Além disso, Matilde tinha uma paixão por fazer compras, um interesse que combinava perfeitamente com sua cor favorita: rosa. Era um tom que ela usava frequentemente, desde roupas até acessórios, evidenciando sua preferência por um toque de delicadeza e glamour.

Apesar de sua aparência e comportamento sofisticados, Matilde estava decidida a trilhar seu próprio caminho, mostrando uma ambição notável pela independência. Seu esforço para se afirmar no mundo, ao mesmo tempo em que se recusa a se acomodar ou se esconder atrás da fama, demonstrava uma profunda determinação.

Como já mencionado por Esteban, Matilde era extremamente gentil com todos ao seu redor. Ela tinha uma postura que a diferenciava de muitas outras celebridades que conhecia. Em vez de ver seus colaboradores como meras ferramentas para alcançar o sucesso, Matilde os tratava como amigos e igualava-os, esforçando-se para garantir que cada um deles encontrasse seu propósito e felicidade no trabalho. Ela se dedicava a cuidar de seus aliados com uma sinceridade que raramente encontrava em seu meio.

Minha tia Rosângela sempre dizia que Matilde era uma pessoa que lutaria pelos outros antes de pensar em si mesma, mesmo que isso significasse sacrificar sua própria vida. Essa característica de altruísmo era evidente em cada interação, refletindo uma verdadeira preocupação com o bem-estar daqueles ao seu redor.

Enquanto começávamos a selecionar os materiais e os detalhes finais para o camarim, eu não pude deixar de admirar a integridade e o calor que Matilde trazia para seu trabalho e para a vida das pessoas com quem se envolvia.

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Quando dei por mim, vários dias haviam se passado desde que comecei a trabalhar no estúdio e já havia feito amizade com muitos dos funcionários. O ambiente vibrava com a energia dos artistas e a melodia constante dos recitais. Sempre que passava pelos corredores, conseguia ouvir a mãe de Matilde discutindo com ela, suas vozes ecoando pela instituição. Nos momentos em que o silêncio predominava, o som claro e transparente do piano de Lucy ou das performances dos outros artistas preenchia o edifício com uma aura quase mágica.

Foi um período de intenso aprendizado e interação social. Eu me vi elogiando várias pessoas pela primeira vez, uma experiência que, para minha surpresa, fez Giovanni rir de mim, Layla fazer o mesmo e Hugo apenas balançar a cabeça, como se eu fosse um pouco maluco. No meio disso, eu estava começando a me sentir mais confortável no estúdio, mas ainda lidava com algumas situações engraçadas e desafiadoras.

Mais tarde, me sentei na mesa do refeitório da faculdade, olhando para o meu celular. A tela acendeu com uma nova mensagem de Trevor, que parecia estar sempre tentando manter um tom romântico, mesmo que suas ações muitas vezes não correspondessem às suas palavras.

Trevor:
"Eu quero beijos intermináveis, carinho na nuca, abraço aconchegante, sorrisos sem porquês, eu te amo inesperado, beijos na testa, mãos dadas, dedos entrelaçados, corpos colados, suspiros sem perceber... Eu quero apenas um amor pra ser feliz, sorrir de verdade com um motivo."