Capítulo 19

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Henrique

Passar um mês com a Maya foi a melhor coisa que me aconteceu em anos, ficamos bem próximos, sempre que a Bella sai com o Derek ficamos no apartamento dela esperando eles chegarem.

A cada dia que passa o que eu sinto pela Maya só aumenta, no dia no apagão foi a primeira vez que senti ela de verdade, ela baixou a guarda para mim e foi apenas ela, mas quando eu ia beija-lá ela saiu correndo, fugiu do terraço e nunca me explicou o por quê.

Ontem conheci uma das irmãs dela, ela é tão bonita quanto a Maya, elas têm os mesmos olhos, mas as semelhanças acabam aí. Além da Mariah ter cabelos escuros, os olhos maiores e marcantes, a personalidade delas é contrária, Maya é mais centrada, na dela, calma, e a Mariah é o oposto, extrovertida e fala bastante.

Estou no escritório viajando em meus pensamentos quando batem na porta já aberta e adentram na sala.

Quando viro a cadeira, lá estava ela.

- Boa tarde, Henri- fala sorrindo.

- Boa tarde, Maya- sorri para ela- não te vi pela manhã. -comento.

- Eu sei, desculpa por isso, a Mariah cismou em fazer um café da manhã para mim e insistiu para que viecimos juntas para relembrar os velhos tempos. - ela revira os olhos ainda sorrindo- e acabei me atrasando.

- Eu vi quando chegou e não chamaria de atraso e sim de chegar no horário, você está tão acostumada a chegar meia hora antes que acho que você nem sabe qual seu horário de trabalho mais-falo rindo dela.

- Engraçadinho.- ela sorri sem mostrar os dentes.

- Veio só para me ver?

- Para falar a verdade sim, você não foi almoçar com a gente hoje, está tudo bem?- ela pergunta.

É incrível como em tão pouco tempo ela já sabe mais de mim do que até eu mesmo.

- Não é nada demais, só muito trabalho.

- Tem certeza que só foi isso?

- Tenho.

- Você sabe que eu sei que está me escondendo algo, não sabe?

- Não, eu sei que você é muito teimosa e não vai desistir -reviro os olhos- meus pais me ligaram hoje pela manhã, e não foi uma conversa muito agradável. - ela me olha de forma carinhosa.

- Brigaram?

- Não exatamente, eles só jogaram muita coisa em cima de mim, responsabilidade e mais responsabilidade. - falo e suspiro alto. Ela fecha a porta da minha sala e vem até mim, pega minha mão me fazendo olha-lá e encosta o seu corpo na minha mesa.

- Você não precisa carregar tudo sozinho, estou aqui para o que precisar, sei como é duro ter que carregar a dor do mundo sozinho- ela fala com um sorriso gentil nos lábios e o olhar carinhoso de sempre.

- Obrigada, também estou aqui para o que precisar. - Sorri para ela. - Posso te perguntar uma coisa?- falo me levantando da cadeira ficando de frente para ela.

- Po... pode- ela gagueja um pouco parecendo nervosa.

- Como são os seus pais?- ela pareceu ainda mais desconfortável.

- Não temos uma relação muito boa, se não se importar, podemos não falar deles?

- Tudo bem, quando estiver pronta para falar, estarei pronto para ouvir. - falo e coloco uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha. - Você é muito linda. - ela cora no mesmo instante. Fico olhando para ela, admirando cada detalhe do seu rosto.

Nossos olhos se cruzam e vejo o desejo nos seus olhos, me aproximo mais dela e coloco minha mãos em sua cintura a puxando para mim. Ela se assusta a princípio mas não se afasta.

- Henrique eu...é melhor- ela fala um pouco nervosa.

A puxo ainda mais e coloco uma das minhas mãos em seu rosto, o acariciando com delicadeza. Ela me olha nos olhos o tempo inteiro, vacila um leve segundo quando passo a minha mão em sua nuca.

- O que você está fazendo?- ela pergunta com dificuldade, percebo como ela fica nervosa com nossa proximidade.

- Acho que vou te beijar agora.- falo a puxando mais para mim e selando os nossos lábios.

Ela retribui o beijo no mesmo instante, ela deseja aquele momento tanto quanto eu, pelo menos foi o que me fez sentir. Foi um beijo calmo e tranquilo, ela coloca suas mãos em meu rosto a puxando mais para si, eu aperto sua cintura com delicadeza.

Nos separamos por falta de ar e fiquei a olhando, mas ela ao contrário de instantes atrás, não me olha nos olhos.

- Maya, eu...- sou interrompido.

Alguém bate da parede de vidro que divide nossas salas e quando olhamos para a sala da Maya vimos a última pessoa que queria ver. O Thiago.

- Eu tenho que ir.- Maya fala saindo sala sem esperar minha resposta.

Vejo o ela entrar em sua sala, ela fala e sorri para o Thiago que retribui o sorriso. Não suporto esse cara, ele dá em cima da Maya na maior cara de pau e ela nem percebe, se ele viu o nosso beijo foi até bom para ele saber que tem concorrência.

Sento na minha cadeira com o objetivo de me concentrar no trabalho, mas não consigo parar de olhar para eles, não consigo ouvir a conversa mas aparenta ser de trabalho, o que me deixa mais tranquilo.

Ainda não acredito que beijei ela, foi um beijo tão doce e calmo, se antes eu tinha dúvida, agora é uma certeza, o que eu sinto por ela, seja lá o que for, ela sente o mesmo por mim.

Ainda não acredito que beijei ela, foi um beijo tão doce e calmo, se antes eu tinha dúvida, agora é uma certeza, o que eu sinto por ela, seja lá o que for, ela sente o mesmo por mim

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Sorri com meus proprios pensamentos, afinal, conhecendo a minha loirinha como conheço, foi sorte ela não ter fugido na mesma hora que a toquei.

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Beijos, Larissa.

Meu CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora