Sento em um balanço no jardim e fico lá por um tempo, pensando em tudo que está acontecendo. Meu pai sempre foi o mais sensato e mais carinho também, não seria difícil imaginar a recepção que ele fez comigo, mas a mamãe...
É bem provável que quando me ver ela der as costas e sair como se eu não existisse, já que foi o que ela fez nesses seis anos.
Uma lágrima teimosa escorre em minha bochecha e a seco bruscamente quando vejo alguém se aproximar.
- Sabia que iria vir para cá .- Mariah fala se sentando ao meu lado no balanço. - O Henri está te procurando.
- Eu já vou voltar, só precisava respirar. - Digo e dou um sorriso fraco.
- Você sabe que não precisa fingir comigo, eu sinto quando não está bem a mais de sete mil km, como não sentiria você estando bem aqui do meu lado.
- Eu sei disso, só não quero falar sobre isso agora, o papai não é nem um terço do problema.- digo encarando o chão. - o problema nem chegou e eu já estou assim, estou com medo da reação dela.
- Lembra quando eu passei para faculdade aqui e disse que estava com medo de me mudar e deixar o papai e as meninas?- assenti. - Lembra o que me disse?
- Sem medo não há coragem.
- Você seguiu seu próprio conselho e veio pra cá, isso me deu forças pra fazer o mesmo e não poderia está mais feliz, graças a você.
- Isso não é verdade, você é a única responsável pelo seu sucesso. - Digo.- a Mel disse que eu deixo que as pessoas me machuquem.
- Concordo com ela.
- Mariah!- a repreendo.
-O que foi? Você sempre foi a mais corajosa mas quando era em relação a mamãe sempre recuava e não falava o que queria ou sentia.
- A mamãe é uma pessoa difícil de lidar, e ela sempre esteve muito ocupada com ela mesmo pra notar que tinha filhas que precisavam dela, eu estava lá todos os dias e ela nunca tinha tempo e quando tinha eu não queria desperdiçar brigando com ela.
- Às vezes eu sentia inveja de você, por você ter a mamãe sempre com você.
- Eu também queria está com o papai, não tem nada de errado nisso.
- Você ainda lembra das brigas?
- Sim, a mamãe sempre fugia depois de uma briga, acho aprendi isso com ela.
- Como acha que vai ser quando eles se virem?
- Não faço a menor ideia, mas estou preocupada com a Malu, sabe que ela ainda sonha com eles voltando.
- Ela e a Mel era bem pequenas e não lembram como era a gritaria.
- Acha que a mamãe vai aparecer?
- Acho que sim, ela parece disposta a mudar.
- Tomara que esteja certa, pelo bem da Malu.
Ficamos em silêncio por um tempo, até ouvirmos passos em nosso direção, quando levantei a cabeça vi o Henri com duas taças de vinho em suas mãos.
- Vou sair e deixar vocês a sós- Mariah fala e sai rumo a casa novamente.
- Posso me sentar?- ele pergunta e eu assinto, ele senta no lugar onde a Mah estava e me entrega uma das taças.
- Me desculpa por agora pouco, você só estava preocupado e eu acabei descontando em você.
- Eu não deveria ter te pressionado, eu sei que não estava falando a verdade todas as vezes que disse esta bem, você disse tantas vezes que nem suava mais como uma palavra. - ele fala e eu ri pelo nariz.
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Meu CEO
RomanceLivro físico já disponível na Uiclap, e e-book disponível na Dreame Maya é a administradora da empresa de games em São Paulo, mas recebeu uma proprosta irrecusável de emprego em outra cidade. Do dia para noite Maya tem que se mudar deixando toda sua...