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O despertador tocou avisando para Kihyun que o relógio estava marcando seis horas da manhã.
Ele levantou com preguiça, e demorou até se dar conta de que Changkyun estava em pé, com o auxílio de muletas, de frente para a mochila aberta.

-- Uau, você está de pé.

-- A mãe deixou isso aqui ontem de noite quando chegou do trabalho.

-- Que ótimo. Minhas costas agradecem.

Changkyun riu antes de seguir em direção à porta.

-- Obrigado por ontem, Kihyun.

-- Tudo bem. Foi minha culpa, de qualquer forma.

-- Exatamente. Eu estava até pesando em irritar você mais um pouco, mas não vou mais fazer isso.

-- Ah, é?! Isso é um grande avanço!

-- Por que está feliz desse jeito? Acho que mudei de ideia.

-- Deixe de ser chato!!! Não ouse mudar de ideia, Changkyun!

-- Ou o quê?

Kihyun fez sua expressão mais séria, e caminhou em direção a ele.

-- Eu quebro você inteiro, não só uma perna. E nem precisarei te tocar.

-- Você... Está brincando, né?

-- Acha que estou?

-- Sai daqui!

Changkyun se desesperou e bateu com uma das muletas na cabeça de Kihyun.

-- Por que fez isso, filho da puta?! - levou as mãos à cabeça, desejando soltar fogo com o olhar e queimar o que estava em sua frente -

-- Você disse que vai me quebrar inteiro!!! Não se aproxima!

-- Era brincadeira, Changkyun! Seu idiota!

-- Então me desculpa!

-- Desculpar é o caralho! Eu vou te matar!

Changkyun abriu a porta do jeito mais desastrado que conseguiu, e saiu andando o mais rápido possível enquanto clamava suas desculpas sem parar, vendo a hora cair com o rosto no chão.
Kihyun o seguia andando, reclamando da dor que estava sentindo, xingando-o de todas as coisas ruins possíveis.

-- O que está acontecendo aqui? - a senhora Im saiu da cozinha para ver o motivo da gritaria -

-- O seu filho me bateu com a muleta!!!

-- Changkyun!

-- Ele disse que me quebraria inteiro, mãe!

-- Se você me irritasse de propósito!

-- Parem agora os dois! Estão parecendo duas crianças briguentas. Não parecem quase adultos.

-- Preciso de gelo, senhora Im.

-- Quando vai parar de me chamar assim? Não precisa ser tão formal.

-- Não consigo parar, desculpe.

-- Oh, meu deus! Sua testa está cortada. Vão pensar que estou te agredindo aqui em casa!

-- Não você. - direcionou o olhar para Changkyun e o viu sorrir amarelo -

-- Eu já pedi desculpas. Me desculpe!

-- Tá, já aconteceu mesmo.

Changkyun se aproximou, vendo como a testa de Kihyun estava mesmo feia.

-- Será que precisa ir no hospital?

-- Não deve ser pra tanto. Vamos nos arrumar pra irmos à escola.

Magic [Changki]Onde histórias criam vida. Descubra agora