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Depois de uma tarde no mercado, a noite chegou, e as amigas da senhora Im tomaram conta da casa, como sempre fazem.

-- Elas já chegaram. - Kihyun jogou um pacote de salgadinho para Changkyun e pegou os controles do videogame -

-- Mesmo se você não tivesse dito, acho que essa gritaria teria avisado.

-- Realmente. - foi para a cama - O que você fica fazendo nessas noites?

-- Eu saía com a Sori ou ficava no celular até dormir.

-- Que entediante passar a noite de sábado no celular.

-- Pois é. Até que foi uma boa ideia trazer a televisão e o videogame pra cá.

-- Claro, a ideia foi minha.

-- Mas foi minha ideia comprar besteiras no mercado.

-- Duas boas ideias juntas. Vamos jogar ou não?

-- Escolhe um jogo.

-- Eu não entendo muito. É melhor você escolher.

-- Tem esse aqui. - clicou em um com dois bonecos, um contra o outro - Os dois controlados acabam dependendo um do outro pra avançar pelo caminho.

-- Uma bela referência. - fez careta - Você gosta?

-- Quando jogo com o Minhyuk, ele me faz ser morto em quase todas as vezes.

-- E o que devemos fazer?

-- São vários desafios; há inimigos e armadilhas. Até podemos ir por lugares diferentes, mas os dois precisam estar em pontos próximos da tela.

-- Então vamos começar.

[...]

-- Não vai por aí de novo, Changkyun!!! Vamos perder a última vida por sua causa!

-- A culpa é sua! Você destruiu a ponte enquanto passava!

-- Porque você me atrapalhou e eu fiquei encurralado!

-- Perdemos de novo.

-- Não quero mais jogar.

-- Você é péssimo, Kihyun.

-- Você também não é tão bom. - mostrou sua língua em sinal de deboche -

-- Acho que não formamos uma boa dupla.

-- Não mesmo. - se jogou para trás, caindo deitado no travesseiro - Vamos conversar sobre-

-- Não ainda.

-- Como assim "não ainda"?

-- Eu sei que desse jeito vamos entrar no assunto que venho evitando desde que nos conhecemos.

-- Acredita em mim quando digo que quero te ajudar?

-- Acho que acredito.

-- Não precisa ter medo, seja qual for o assunto.

Changkyun também deitou, ignorando o incentivo que recebeu.

-- Vem aqui.

-- Mas eu já tô aqui.

-- Eu quis dizer pra vir mais pra perto, Kihyun. - estendeu o braço - Deita aqui.

-- Ah! - se aproximou como foi pedido - Assim?

-- Sim. - levou o outro braço até sua cintura, desenhando círculos imaginários ali - Eu não odeio você.

-- Não era o que parecia. Tem certeza?

-- Desgostava um pouco, admito. Mas tenho meus motivos.

-- A magia, certo?

-- Meu pai morreu há dois anos.

Magic [Changki]Onde histórias criam vida. Descubra agora