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Após a marca de dois meses com a perna imobilizada, Changkyun finalmente está no hospital com o intuito de tirar o gesso. Kihyun está o acompanhando, claro.

-- Podemos ir pra algum lugar quando sairmos daqui. - o Yoo disse ao entrarem na sala de espera -

-- Tem algo em mente?

-- Deve ser um lugar que te faça andar bastante!

Changkyun riu do jeito exagerado como o outro proferiu a frase.

-- Você tá me chamando pra uma caminhada como nosso primeiro encontro?

Kihyun o olhou boquiaberto, mas sem conseguir dizer palavra alguma.

-- Im Changkyun? - a mesma enfermeira da primeira vez apareceu na sala - O médico está esperando.

Changkyun agradeceu e foi andando na frente, sendo seguido por um Kihyun que mentalmente viajava.

-- Olá, Changkyun. Pronto pra se livrar desse incômodo? - o médico o guiou até onde deveria ficar -

-- Completamente pronto.

[...]

-- Poder andar sem aquela coisa na perna é com certeza minha atividade preferida a partir de agora.

É noite e eles estão caminhando pela praça próxima à casa de Changkyun. Foi um convite do Im, e Kihyun não pôde rejeitar vendo como ele estava feliz em poder andar sozinho novamente.

-- Viu? Você só dá valor à caminhada depois que passa por um sufoco com a perna.

-- O que é isso? Lição de moral pra cima de mim, Yoo? - o puxou pela cintura -

-- O que está fazendo? - olhou ao redor, notando que as pessoas começaram a encarar -

-- Quer churros? Estão vendendo ali.

Kihyun viu Changkyun praticamente sumir, ir de um lado para o outro em questão de segundos. Precisou ir atrás, porque com certeza o outro havia esquecido do limite de distância entre eles.

-- Como pode estar tão eufórico hoje?

-- Acho que fico assim quando algo feliz acontece.

-- Como em dois meses não conheci esse seu lado totalmente extrovertido?

-- Nunca fomos a um encontro antes, e eu nunca havia tirado um gesso da perna. - pagou os churros e entregou um dos pacotes ao Yoo - Não é motivo suficiente?

-- Isso é mesmo um encontro? Nós estamos sempre juntos, então...?

-- Não estrague. Deveríamos voltar?

-- Ei, não é isso. É só complicado pra que eu entenda.

-- O que é complicado?

-- Nós.

-- Nós? O que temos de complicado?

-- Changkyun, há dois meses não conseguíamos ficar no mesmo ambiente sem brigar e agora estamos tendo um encontro.

-- Você tem a mente muito fechada. As pessoas mudam, relacionamentos evoluem com o tempo.

-- Eu sei disso, mas parece que vou acordar a qualquer momento. Acho que ainda não caiu a ficha pra mim.

-- Não seja bobo. - sentou em um banco, sendo acompanhado - Se estivéssemos em um sonho eu não poderia pensar.

-- Como é?

-- Se você é o dono do sonho, tudo nele é comandado por você. E agora não faz ideia do que estou pensando.

-- No que está pensando agora?

Magic [Changki]Onde histórias criam vida. Descubra agora