-Uau, você trouxe dois champanhes? E uma garrafa de vinho? Deuses, Demarco, onde você arranjou dinheiro para comprar tudo isso? – Nanna perguntou, olhando as garrafas na mão do garoto na porta de sua casa. O cabelo estava bagunçado por conta do vento e os olhos um pouco vermelhos.
-Digamos que eu não comprei – Peter disse, com um sorriso em seus lábios ao se lembrar de si mesmo correndo com as garrafas pelo estacionamento da adega de onde havia conseguido as bebidas alcoólicas. A garota sorriu.
-Seu pestinha.
Peter piscou para ela e entrou dentro da casa. Foram para a cozinha, onde Nanna guardou as garrafas na geladeira. Peter se sentou em uma cadeira, enquanto ela bebia um copo de água.
Era umas cinco ou seis horas tarde. Era véspera de Ano Novo, e stava ventando e nevando muito na cidade de Yonkers.
-Então, o que você está cozinhando? -Peter perguntou.
-Eu fiz um ravióli recheado com brócolis, salada, risoto de abóbora e pudim. Não estava muito animada para cozinhar, mas estou para comer – Respondeu, encostada na pia.
-Abóbora? No Ano Novo?
-Não enche o saco, Peter.
Ele riu, e a garota se sentou na frente ainda como o copo em sua mão. Ela tomava a água, olhando distraidamente para o além. Nanna não percebeu que Peter estava a encarando, até que ela voltou seu olhar para ele. Ela franziu a testa, e ele a imitou; logo em seguida riu. Ela deu um tapa em sua cabeça e disse:
-Vamos para sala.
Saíram da cozinha e se sentaram no sofá em frente à televisão. Nanna ligou o aparelho e procurou algo decente para assistir, até que encontrou um canal que passava "Garota, Interrompida". Ainda estava no início, então deixaram lá.
Acabaram nem prestando atenção no filme, pois não paravam de conversar sobre assuntos aleatórios como o fato de não ter muitos filmes de Ano Novo as centenas sobre Natal, leite em pó, lentes de óculos de sol, chaves, o fato de abacate ser um vegetal ou não, e o tomate ser uma fruta ou não.
Em algum momento, Nanna se levantou para pegar a garrafa de vinho na cozinha; a abriu, e voltou para a sala, para tomar o vinho direto do gargalo e continuar as conversas sem sentido.
Os dois se beijaram em certos momentos, como quando Nanna começou a dizer que sentia falta de sua tia nas festas de fim de ano. Ou quando os créditos do filme rolavam pela televisão e Peter sentiu um impulso até a garota, o fazendo beija-la.
Faltando cinco minutos para 2015 começar, Peter e Nanna foram para a cozinha abrir um dos champanhes. Ela pegou a garrafa na geladeira tentou abrir com a mão, mas não conseguia de jeito nenhum. O garoto pegou a garrafa da mão dela e disse:
-Me dá uma faca que eu consigo abrir isso aqui.
Nanna franziu a testa, com medo do que ele iria fazer, mas mesmo assim pegou uma faca grande em uma das gavetas da pia e entregou para ele. Peter colocou a faca na boca da garrafa e puxou a tampa para cima, fazendo a sair de dentro da garrafa e indo parar em algum lugar da cozinha. O líquido começou a sair de dentro da garrafa e Peter tomou alguns goles até parar de sair. Deu para Nanna logo em seguida, ela bebeu vários goles também.
Ao colocar a garrafa em cima da bancada da cozinha, os dois começaram a ouvir os fogos de artificio vindo de fora da casa. Olharam pela janela em cima da pia, e viram as explosões coloridas no céu escuro.
-Feliz Ano Novo, Demarco.
-Feliz Ano Novo, Mars – Peter disse, dando mais alguns goles no champanhe em seguida.
Peter colocou a garrafa em cima da bancada novamente, se aproximou de Nanna e a beijou. Sua boca tinha gosto de álcool e nicotina. Ele a pressionou contra a bancada enquanto a beijava, e os dois passavam suas mãos no corpo um do outro.
Era um beijo muito erótico e os dois sabiam que iria acabar em sexo, então Nanna e Peter exploravam a boca um do outro com suas línguas. Peter apertava os seios da garota por dentro de sua camisa e desceu sua mão até chegar dentro da calça dela, onde começou a acariciar sua vagina. Nanna soltava gemidos de sua boca de cinco a cinco segundos. Saíram da cozinha, ainda se beijando, indo até o quarto da garota e esbarrando nas paredes do corredor.
Chegaram ao quarto de Nanna e ainda continuaram se beijando por ele, até que Peter pressionou Nanna contra o aparelho de som dela, fazendo com que Problem, da Natalia Kills, começasse a tocar. Deuses, ela pensou, esse vai ser o melhor sexo da minha vida.
O garoto começou a tirar o moletom cinza dela, enquanto ela desabotoava a calça dele. Peter tirou seu suéter e o par de All Star por conta própria enquanto ainda beijava Nanna, fazendo com que ela se deitasse na cama.
Ela estava por baixo e ele por cima. Os dois tentavam se livrar de suas calças, que só os atrapalhavam, enquanto se beijavam. Quando ficarem somente com suas roupas intimas, Peter tirou o sutiã azul-marinho de Nanna e começou a passar os beijos para o queixo, pescoço, seios, barriga, chegando até sua vagina.
Peter tirou a calcinha azul de Nanna e ela enlouqueceu. Gemia tão alto que teve que pegar o lençol da cama e morde-lo, para não gritar. Quando estava quase tendo um orgasmo, Peter parou e voltou a beija-la, fazendo o desejo dos dois aumentar mais e mais. Dois minutos se beijando depois, ele a penetrou.
O pênis de Peter se encaixava perfeitamente na vagina de Nanna como se, durante o desenvolvimento embrionário dos dois, eles soubessem que tinham que ter um perfeito encaixe quando se conhecessem
Nanna arranhava as costas de Peter.
Peter mordia seus lábios.
Os dois gemiam de prazer.
Nanna e Peter atingiram juntos o primeiro orgasmo de muitos.
Os dois transaram por mais de duas horas.
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-Deuses, que sede! – Nanna gritou, se levantando da cama e indo até a cozinha usando somente o suéter verde de Peter – Você quer alguma coisa da cozinha, Demarco?
-Pudim, por favor! – Peter gritou de volta.
Nanna encheu um copo de água e bebeu ele direto. Olhou para o relógio da cozinha: era 02:21 e ainda estavam acordados. Pegou um prato preto e colocou um pedaço grande de pudim nele; pegou também a garrafa de champanhe em cima da pia e um garfo, e voltou para o quarto.
A garota entregou o pedaço de pudim para Peter, que estava deitado na cama de Nanna, nu debaixo dos cobertores, com os cabelos totalmente bagunçados. Ela se deitou ao lado dele, com a garrafa de champanhe em sua mão.
-Esse seu suéter é muito confortável. Dá ele para mim? – Nanna pediu, pegando um pedaço do pudim no prato de Peter e em seguida bebendo um gole de champanhe.
-Claro que dou. Mas você vai ter que me dar alguma roupa quando eu for voltar para casa, se não vou ficar com hipotermia – Peter disse, pegando a garrafa da mão de Nanna e bebendo.
-Eu te dou uma blusa antiga do meu pai.
Peter congelou.
-Você tem certeza, Nanna? – Perguntou, cauteloso – Porque era do seu pai e ele está falecido e....
-Eu confio em você, eu não me importo de te dar a blusa do meu pai.
Peter sorriu ao ouvir ela dizer o conjunto de palavras mais lindo do mundo: eu confio em você. Ele ficou tão feliz ao ouvir aquilo que teve que beijar Nanna. Ela sorriu enquanto se beijavam.
Continuaram conversando durante toda a madrugada. Peter deu a ideia de ficarem acordados para ver o primeiro nascer do Sol do ano, mas Nanna disse que aquilo era muito brega – coisa que é mesmo, e Peter acabou concordando com ela.
Foram dormir às cinco da manhã. Nanna estava nos braços de Peter quando adormeceu. Ele estava sem seus óculos; quando estava sem, os olhos azuis dele aumentavam de tamanho, deixando-os mais bonitos. Ficavam parecidos com o oceano. Nanna queria se perder no oceano de Peter.
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Little Trouble Girl, Little Trouble Boy
Roman pour AdolescentsNanna Mars nunca teve amigos. Nunca. Nem ao menos um. Já teve alguns namorados, mas nunca alguma "melhor amiga para quem pudesse contar tudo e chorar vendo comédia romântica de madrugada". Não tinha realmente reparado em Peter, até que ele começou a...