sex shop [h.s.] [portuguese]

cinco.

Pensei seriamente em desistir. Poderia inventar qualquer desculpa esfarrapada para que Hanna me esquecesse e fosse a festa com seu namorado. Mas já tinha dado minha confirmação à ela.

— Ei. — desviou do reflexo no espelho para me encarar. — Por que não chama o espanhol gatinho?

Os batimentos do meu coração dispararam em alegria, mas ao lembrar do motivo pelo qual deixou de ir trabalhar hoje, o semblante murchou.

— Ele está doente. Não foi trabalhar hoje. — Hanna fez biquinho. — Duvido que queira ir para uma festa.

— Mande uma mensagem para ele. O cara pode estar morrendo, mas se quiser te ver, vem correndo. Seja com um termômetro na boca, ou o cobertor enrolado ao corpo. — rimos com a resposta de Parker.

Fui para meu quarto. Enviei uma mensagem a Lorenzo, compartilhando o que Sonya me contou. Perguntei como ele estava. Se estava bem o suficiente para ir numa festa comigo.

Tomei um banho demorado, usufruindo da maior parte do tempo para lavar meu cabelo enorme. Enrolada a toalha, usei o secador para tirar o excesso de água dos fios claros. Voltei para o quarto de Hanna – que ainda se maquiava.

— Pode me ajudar com a roupa?

Ela sorriu, assentindo. Minha amiga pegou vestido por vestido do armário para decidirmos qual seria o melhor. Bati os pés no chão – como uma criança – em insistência para que me deixasse usar calça jeans. Mas Hanna não deixou. Escolheu um vermelho. Um que tinha me dado no aniversário do ano passado. Não fazia muito meu estilo, por isso, nunca tinha usado.