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Dulce estava fazendo algumas medições para um projeto em um escritório que ficava no mesmo prédio do consultório de Ucker e Poncho então resolveu passar para dar um oi. Ao entrar no local, viu logo Poncho na recepção, tomando um café enquanto esperava seu próximo paciente.

- Oi Poncho! - abraçou o amigo.
- Oi Dul, a que devemos a honra?
- Vim visitar os médicos mais cobiçados da cidade. - Os dois riem. - O Chris tá sozinho na sala dele?
- Tá, só tem paciente daqui uma meia hora.

A secretária deles estava de férias então estavam mais atentos aos seus horários para que não houvesse atrasos.

- Oi. - levanta para abraçá-la e beija seu rosto. - que surpresa boa você aqui.
- Oi. - retribuiu o abraço. - Aproveitei que estava perto e passei pra dar um oi pra vocês e pegar os papéis do divórcio. Já assinou?
- Porque isso agora? - ficou sério. Ele nem havia aberto o e-mail da advogada com os papéis para imprimir. Mas havia dito para Dulce que ia assinar meses atrás.
- Porque nós não estamos mais juntos há quase um ano. Você tava de acordo com isso. - suspira notando que o humor dele não ficou bom.
- Você tá querendo casar de novo? - perguntou com ciúmes.
- Claro que não, esse erro eu só cometi uma vez. - falou brincando mas não recebeu um sorriso de volta.
- Casar comigo foi um então?
- Você já teve um senso de humor melhor, Christopher. - revirou os olhos.
- Não fode Dulce.
- Hey! Olha como fala comigo. Você tá cheio de pedras nas mãos por algo que já estava combinado.
- Eu não quero me separar de você, tá bom?
- Mas nós estamos separados. - falou seria. - E você tem uma namorada. - forçou um sorriso e voltou a ficar séria.
- E você tem o pela saco. - se defende.
- É competição?
- Se eu terminar com ela agora, você termina com ele e volta pra mim?
- Pra que? Pra podermos brigar todos os dias e não só quando nos vemos? - ele fica em silêncio e ela continua. - Querido, não é assim que funciona. Nós não conseguimos ficar 10 minutos juntos sem brigar ultimamente. Ou melhor, sem você brigar. Porque agora eu faço terapia. - falou fazendo o símbolo de paz e amor com os dedos.
- Vou imprimir e assinar essa merda então. Me da 1 minuto.
- Não precisa fazer correndo. Me leva quando você puder.
- Certo. Era só isso? Tô ocupado.
- Tudo bem. Obrigada por me receber. Tchau, Christopher.

Ele apenas acenou com a cabeça e ela fechou a porta com lágrimas nos olhos, por mais que pensasse na possibilidade de tentarem mais uma vez, todas as brigas que continuavam tendo lhe deixavam sem saída, não queria mais aquilo pra ela, muito menos para a filha.

Recomeço {CONCLUÍDA} Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora