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🌻 Capítulo doze:

Estava trancada no banheiro social da casa de vovô logo após a sua saída e um climão esquisito ter se formado na sala onde eu estava a segundos atrás com Antônio.

Sento na tampa fechada do vaso sanitário e pego o meu celular no bolso traseiro do meu micro shortinho jeans, mandando uma mensagem desesperada para minha melhor amiga.

[16:18] Corine: SOS
[16:18] Maethe: O QUE FOI?
[16:18] Maethe: MULHER EU TÔ A PONTO DE PARIR NÃO ME MANDA SOS SE NÃO FOR QUESTÃO DE VIDA OU MORTE
[16:19] Maethe: CORINWEEER???
[16:19] Corine: mulher tbm não é p tanto, calma oxe
[16;19] Maethe: sos é só pra EMERGÊNCIAS
[16:19] Corine: tá bom tá bom sorryyy
[16:19] Corine: tô no apartamento do vovô sozinha com o antônio e não sei o que eu faço
[16:19] Corine: eu fico????
[16:20] Corine: SE EU FICAR WU VOU DEVORAR O HOMEM!!!!!!
[16:22] Maethe: amiga é simples se vc quer ir embora vc só vai, se não é pq você quer estar ai com o gostosão
[16:22] Maethe: para de ser trouxa e enfia a língua na boca dele garota ô a oportunidade que você tá perdendo
[16:23] Corine: ...
[16:23] Maethe: afoga um pouco as inseguranças e se permite ser feliz cara
[16:23] Maethe: fica ai c ele, se for p rolar algo, vai rolar e é o que deve acontecer
[16:23] Maethe: agr vou comer dois pratos de janta, mas me mantenha informada, amo vc, use camisinha
[16:24] Corine: AMIGA????

Maethe não me respondeu mais, é óbvio, ela sempre achou que eu devia ficar com Antônio desde que ele chegou, eu sabia que na real ela gostaria que eu ficasse com qualquer um que não me fizesse mal e queria que eu tivesse algum motivo para me afastar de Lucca porque nossa situação era tóxica para todos os envolvidos, se estar com outro cara fosse o que iria me afastar do moreno, Mae apoiaria de todas as formas possíveis.

Jogo a cabeça para trás e passo a mão por meus cabelos curtos, é um saco não ter certeza do que se quer. Por que eu tenho que ser tão insegura? Ah é, verdade, é por causa dos traumas.

Me olho no espelho e jogo uma água no rosto antes de sair do cômodo em seguida me arrependendo pois esqueci que estava de rímel e minha cara começou a ficar toda escorrida de tinta preta. Começo a esfregar a face com bastante sabão, mas é em vão, porque esse rímel é uma porcaria para remover sem demaquilante ou pelo menos um hidratante qualquer.

Procuro algum creme corporal por todas as gavetas e me xingo mentalmente por não ter esquecido nenhum dos vários que tenho nos dias que durmo por aqui. Bato na minha testa e me olho mais uma vez no espelho, tô parecendo um panda comprado pela deep web.

O jeito vai ter que ser sair daqui dessa forma e perguntar a Antônio se ele tem alguma coisa que eu possa usar para tirar essa porcaria.

Saio do banheiro e paro na sala onde o garoto estava recolhendo tudo o que havia espalhado pelo lugar, fico em pé com as mãos nos quadris esperando ele olhar para mim e quando o faz me olha com uma cara assustada.

— Por que você tava chorando? — Antes que eu possa responder que é só rímel, Antônio já se levantou e está com os braços ao redor do meu corpo, me abraçando de forma firme e preocupada, o que é extremamente fofo.

Ele tomou banho a pouco tempo, sei disso porque o cheiro de sua pele é fresco e não é seu usual, normalmente o garoto tem cheiro de água salgada e um específico perfume masculino, agora ele cheira a sabonete de florzinhas, o que é engraçado e gostoso ao mesmo tempo. Seu cabelo também está um pouco úmido e tem cheiro de shampoo de glicerina de bebê. Ainda estou envolvida em seu corpo quando ouço ele me perguntar:

— Corine, tu tá me cheirando?

Começo a rir nervosamente e me afasto dele, fingindo normalidade.

— É rímel, sério. — Abano o rosto. — Não achei nada pra tirar essa porcaria.

Entre Flores & DonutsOnde histórias criam vida. Descubra agora