🌻 Capítulo cinco:
[23:10] Corine: mamãe e carlos estão na capital, vão passar a noite por lá...
[23:10] Corine: eu tô sozinha, então...
[23:12] Lucca: vinte minutos.Larguei o celular ao meu lado na minha cama.
As vezes eu não fazia ideia do que estava fazendo. Eu só fazia.
Como chamar Lucca, o que eu sabia que não era uma boa ideia, mas mesmo assim, ele estava vindo para cá.
Não me arrumei, não troquei de roupa, não fiz absolutamente nada, continuei com meu pijama com estampa de porquinhos e o cabelo preso de qualquer jeito porque mesmo que ele me visse assim, toda desarrumada, ainda era meu.
Lucca sempre seria meu.
Minutos mais tarde dois toques na minha janela se fizeram presentes.
Não era difícil adentrar o terreno da minha casa, que era grande, mas era protegida por uma cerquinha tosca que uma criança de cinco anos pularia com facilidade.
Levantei e abri a janela, dando espaço para que ele entrasse.
— Oi — O olhei, enquanto ele entrava e devolvia o olhar na mesma intensidade.
— Oi.
Lucca raspava a cabeça na um com frequência e parecia ter o feito recentemente pois seu cabelo crespo estava baixo, a pele negra parecia brilhar embaixo da luz do meu quarto, eu adorava seus olhos, tão expressivos.
Lucca não era ruim.
Só era um covarde.
E por isso nunca ficaríamos juntos.
Caminhei até ele, que sentou-se na cama, recebendo o peso de meu corpo em cima de seu colo com uma perna de cada lado. Suas mãos grandes já escorreram direto para os lugares onde ele sabia que o pertencia, minhas pernas, costas, bunda... Elas exploravam por todos os lugares deliciosamente.
— Eu senti tanto a sua fal... — O calei, juntando nossos lábios com força.
A boca carnuda de Lucca envolveu-se contra a minha e logo estávamos no mesmo ritmo e sintonia, eu rebolava discretamente em cima de seu colo cada vez que sua língua percorria pela minha, buscando fricção.
Quando estava prestes a arrancar a minha blusa, seu telefone tocou, ele demorou um pouco para me soltar, mas eu pulei de seu colo.
— Atende. — Eu mandei, já em pé, o olhando sem deixá-lo decifrar o que eu estava sentindo. — Atende logo essa desgraçada... — Fui até sua mochila e o entreguei seu próprio celular que tocava com a foto de Melissa aparecendo em sua tela e o contato salvo como: "minha noiva".
Quando ele atendeu, tomei o celular de sua mão e o vi empalidecer, talvez pensasse que eu iria dizer algo, mas eu só coloquei no viva voz e o devolvi.
— Ei, oi... — Lucca tremia de nervoso com o meu olhar sobre si.
— Oi amorzinho... Tá ocupado ou tem um tempo para sua noivinha?
— Mel, eu tô um pouco ocupado agora sim, coisas com o meu pai, sabe? Posso te ligar depois?
— Claro, amor... Mas, tá tudo bem? Você parece estranho... O seu pai fez algo com você de novo? — Melissa parecia realmente preocupada, o que era engraçado de se ver porque geralmente ela só se preocupava consigo mesma.
— Não, Melissa, eu tô bem. — Lucca foi curto e grosso, disse que precisava ir e desligou.
O garoto ficou me fitando durante um tempo esperando a minha reação, talvez algum surto, algum xingamento, mas eu só fiquei parada, olhando para o celular em sua mão.
![](https://img.wattpad.com/cover/232123293-288-k649209.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Flores & Donuts
Fiksi RemajaUma história sobre encontrar coragem dentro de si, sobre amizades reais, sobre se abrir para o verdadeiro e saudável amor mesmo que isso confunda sua cabeça e sobre o doloroso processo de amadurecimento pelo qual todos passamos em nossas vidas. Cori...