Prólogo

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Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, criada de fã e para fã, sem comprometer a obra original.

AVISOS: Spoilers, Bissexualidade, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria



"Eu te amo. Por favor, seja minha namorada."

O garoto dá um sorriso e sustenta um olhar fixo e cheio de afeto enquanto pétalas de cerejeira dançam ao vento e uma leve melodia de piano toca ao fundo.

"Good ending" pode ser lido na tela, e então os créditos do jogo sobem.

— Ahhhh, essa foi difícil! Mas o Miketsukami-kun é tão lindo! — a Toru comemora, chacoalhando o console do videogame empolgadamente.

— É, acho que a rota dele é a mais difícil, por isso que recomendam pra sempre jogar por último, esses bonitões sádicos de coração de pedra não se entregam tão fácil ao amor. — a Mina analisa de maneira dramática — Quer jogar, Kyoka-chan?

— Nah, dispenso. Já vi vocês jogando e não tem graça, é tudo igual.

— Você tá dizendo que a rota do Suwa foi igual à rota do Miketsukami? Eles são COMPLETAMENTE diferentes! — a Mina parece indignada,

— São mesmo! O Suwa é um menino doce e inocente guardando sentimentos intensos, já o Miketsukami é um rapaz frio e calculista... hã... guardando sentimentos intensos também, MAS É BEM DIFERENTE! — e a Toru reforça.

— Tá bom, tá bom, que seja... não quero jogar.

— Ah, por favor, joguem! Só falta fazer os finais ruins agora! Yaomomo?

— Tenho a impressão que o objetivo desses chamados "otome games" é obter um final feliz por meio da conquista romântica de rapazes que representam diferentes arquétipos da masculinidade, não? Não vejo o apelo de me aventurar por finais onde os personagens não conquistam seus objetivos.

— Mas... mas... as imagens dos finais tristes são bonitas... — a Hagakure contra-argumenta como se fosse o melhor ponto em que conseguiu pensar — Fora que é muito mais tranquilo dar as respostas erradas de propósito agora que a gente sabe quais são as certas.

— Vocês não sabiam antes? Me parece meio óbvio, ribbit. — a Tsu observa — Você tem que ser sempre gentil com o Suwa, elogiar e flertar com o Arataka, dar apoio emocional para a Shizuku, fazer piadas e ouvir os problemas do Daisuke e ter paciência com o Miketsukami.

— Uaaaaau, Tsu-chan! Você é uma mestra nisso! — a Mina e a Toru exclamam em uníssono.

— É só muito previsível, ribbit. Você não acha, Ochako-chan?

— A-ah, eu... bom, tem umas opções que são meio óbvias mesmo, mas... não sei, acho tudo meio esquisito.

Porque Ochako não entendeu absolutamente nada do que estava acontecendo. A Mina e a Toru pausavam e salvavam o jogo diversas vezes, comentavam sobre tomar cuidado com a combinação de respostas que poderiam desbloquear um final alternativo, e... nada fazia sentido. Quando elas disseram que a noite das meninas seria para jogar videogame, e mostraram a capa desse jogo em específico, com rapazes trajando ternos e segurando armas, ela achou que seria um jogo de ação ou algo do tipo, qual não foi a surpresa ao ver que se tratava de um "dating sim"? Ela nem sabia que as meninas gostavam disso, ainda mais um que os rapazes são todos membros da Yakuza.

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