Capítulo Treze - Penelope

3.1K 459 201
                                    

TOMEI MEU CAFÉ DA MANHÃ no quarto naquele dia e disse a tia Matilde que não estava me sentindo disposta para passear com ela pelos jardins do palácio quando veio me chamar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

TOMEI MEU CAFÉ DA MANHÃ no quarto naquele dia e disse a tia Matilde que não estava me sentindo disposta para passear com ela pelos jardins do palácio quando veio me chamar.

Ela me aborreceu um pouco, tagarelando sobre o que tinha acontecido e mencionando o que a imprensa estava falando sobre mim por aí, mas felizmente não levou mais que dez minutos para perceber que eu não estava mesmo muito bem e sair do quarto com o nariz empinado.

Esperei um tempo até ter certeza de que ela não estava mais em algum corredor próximo e me obriguei a sair da cama. Meu corpo tinha sido tomado por tremores violentos depois que o envelope de Damien chegara, mas duas horas já tinham se passado e eu pensava estar bem o suficiente para me levantar e não correr o risco de ter um ataque.

Não queria ficar no quarto, mas também não queria companhia, por isso peguei um caderno que tinha colocado na mala e uma caneta e os trouxe comigo. Não sabia muito bem para onde ir, mas inconscientemente ou não, meus pés acabaram me levando para o único lugar do castelo que eu já conhecia bem.

Entrei na biblioteca com cuidado, olhando para todos os cantos até me certificar de que estava sozinha, então me acomodei em um dos sofás macios e arranquei uma das folhas do caderno ao mesmo tempo em que fazia uma busca rápida no celular. Precisava me distrair e talvez o melhor jeito de fazer aquilo fosse trabalhando em um dos motivos que tinham me levado até Arthenia no fim das contas.

Por longos minutos, escrevi sem parar, parando de tempos em tempos para fazer mais pesquisas pelo celular. Cerca de quarenta minutos se passaram quando eu parei por um instante e olhei para o que tinha escrito até então.

Na folha havia exatos trinta e um nomes de clubes de música grandes e pequenos de Arthenia, listados de forma desorganizada. Eu já estava fazendo aquela pesquisa há o que parecia ser uma eternidade e não me sentia nem um pouco melhor a respeito do meu progresso agora do que quando tinha começado.

"Agora só preciso visitar cada um desses lugares e fazer perguntas estranhas aos proprietários na esperança de encontrá-la. Com sorte talvez eu termine antes do Natal", pensei com ironia, enquanto mordia a tampa da caneta. "Ah! Também não posso me esquecer de adicionar um ex-namorado maluco atrás de mim enquanto zanzo por Arthenia nessa equação."

Soltei um suspiro e escondi o rosto nas mãos, tentada a arrancar os cabelos e gritar de frustração.

Não queria admitir para mim mesma, mas a verdade era que eu não tinha pensado que encontrar minha mãe seria algo difícil. Eu tinha seu nome completo e algumas pistas isoladas, mas aparentemente não conseguiria filtrar todas as minhas informações para começar a busca de forma objetiva. Olhando para as coisas de uma maneira um tanto quanto pessimista, eu sabia que seria impossível encontrá-la naquela cidade enorme sozinha.

Como se não fosse o bastante, ainda tinha a culpa terrível que sentia toda vez que pensava no meu plano de encontrar minha mãe. Sempre que encontrava mais um clube de música em potencial em Arthenia e o adicionava a lista, o rosto do meu pai surgia na minha mente e eu me sentia a pior filha do mundo.

Um Príncipe para Penelope, livro 2 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora