Capítulo Trinta e Um - Penelope

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"VOCÊ É AMÉLIA GORDON?", EU perguntei, sem saber de onde tinha arranjado ar o suficiente para dizer as palavras

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"VOCÊ É AMÉLIA GORDON?", EU perguntei, sem saber de onde tinha arranjado ar o suficiente para dizer as palavras.

A mulher atrás de Giulia acenou com a cabeça na direção do mordomo, que no mesmo instante abaixou os olhos e sumiu de vista, deixando nos quatro sozinhos.

"Você é a primeira a me chamar assim em bastante tempo", ela respondeu com calma.

"Mãe, o que está acontecendo?", Giulia murmurou, olhando de Amélia para mim e de mim para Sebastian. "Você a conhece?" Ela me indicou com a cabeça ao dizer aquilo.

Naquele instante a verdade me atingiu como um raio.

Cambaleei para trás e tentei me apoiar na parede, ao mesmo tempo em que cenas difusas surgiam na minha cabeça, mudando rapidamente como se estivessem em um caleidoscópio. Aquilo não podia ser verdade.

Fraca, me voltei para Sebastian, que olhava para Giulia como se estivesse de frente para um fantasma.

"Você sabia?", perguntei, franzindo as sobrancelhas para ele. Quando não obtive resposta, elevei a voz. "Sebastian, você sabia?"

"Não", ele respondeu, só então voltando os olhos para mim. "Penelope... Eu não fazia ideia."

Eu não sabia o que pensar. Não sabia o que fazer.

"Por que vocês não entram como duas pessoas civilizadas e resolvemos isso de uma vez?", ouvi Amélia dizer em um tom frio. "Não quero que causem um escândalo na minha porta."

Uma força invisível pareceu me empurrar para frente. Segui Amélia pela casa grande e gelada enquanto Giulia não parava de guinchar, exigindo explicações. Sem nem perceber, me vi em uma sala ampla de sofás confortáveis.

Amélia me indicou um assento e eu me joguei ali sem jeito, Sebastian ficou perto de mim.

A estranheza da situação era tanta que me perguntei se não estava em um daqueles sonhos malucos, onde pessoas que você conhece, mas que não tem relação nenhuma umas com as outras fazem parte de um mesmo cenário onde nada faz sentido.

"O que vocês estão fazendo aqui?", Giulia disse pelo que devia ser a sétima vez, se sentando em uma poltrona perto da mãe. "O que está acontecendo?"

Eu me virei para ela, tentando fazer com que minha mente processe todas as informações. Pela primeira vez, reparei em Giulia de verdade.

Quando a vi pessoalmente no restaurante, tudo que notei foi como ela era bonita no geral. Estonteante do tipo que faz qualquer um perder o fôlego. Mas agora, com a luz do sol entrando por uma janela enorme, pude ver a cor exata de seus cabelos, que eram de um ruivo claro muito parecido com o meu. E com o de Amélia.

"Vim procurar minha mãe", eu disse de uma vez, me agarrando ao braço do sofá como se fosse um bote salva-vidas. "Amélia."

"Amélia? Mas..." Giulia se virou para a mãe. "Que tipo de brincadeira é essa?"

Um Príncipe para Penelope, livro 2 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora