Capítulo Vinte e Um - Sebastian

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"ONDE ESTÁ ME LEVANDO?", PENELOPE perguntou, enquanto a guiava pelos corredores do castelo

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"ONDE ESTÁ ME LEVANDO?", PENELOPE perguntou, enquanto a guiava pelos corredores do castelo. Atrás de mim, a única coisa que ouvia era seus saltos altos batendo no piso de mármore e a música da festa cada vez mais distante.

"Você já vai ver", respondi, olhando para ela por cima do ombro.

Penelope estava segurando as saias do vestido com uma mão enquanto me seguia apressada. Seus passos eram vacilantes e ela estava cambaleando um pouquinho, mas mantinha um sorriso alegre no rosto. Eu soltei uma risada.

"Você está rindo de mim?", a ouvi perguntar.

"Pensei ter dito mais cedo que teria o direito de rir de você caso ficasse bêbada."

"Bom, mas eu não estou bêbada. Por isso, não pode rir."

"Sim, senhora."

Penelope deu uma corridinha para me acompanhar, mas naquele instante parei diante de uma porta de vidro e a abri, entrando em uma das amplas sacadas do castelo que dava para os jardins. Penelope sorriu para mim e se apoiou no parapeito, respirando fundo o ar fresco da noite.

"Eu não sabia que você compunha", comentei, me lembrando de sua imagem tão concentrada ao piano momentos antes. Não havia ninguém no salão que não tinha parado o que estava fazendo para apreciar Penelope e a música que produzia. Inclusive eu.

"Ah, não é algo rotineiro." Ela me olhou e eu percebi que dali a única coisa que nos iluminava era a luz da lua, que dava aos olhos de Penelope um brilho misterioso. "Já compus três ou quatro músicas ao longo da vida, mas só."

"Se todas elas forem tão bonitas quanto a que você tocou hoje, acabaria fazendo sucesso. Você canta também?"

Penelope soltou uma risada e sentou-se em uma das cadeiras que ficavam ao redor de uma mesinha circular na sacada.

"É claro que canto. Se quiser, dou uma palinha para você, contanto que não ligue se ficar surdo." Penelope ergueu as saias do vestido e massageou os tornozelos. "Se importa se eu tirar os sapatos? Esses saltos já estão me matando."

"É claro que não."

Ela tirou as sandálias e as jogou em um canto da sacada, soltando um suspiro de alívio assim que se viu livre delas.

"Não quero mais dançar tão cedo. Não levo o mínimo jeito para isso e mesmo assim quase me matei tentando."

A imagem de Penelope dançando com meu primo voltou a minha mente e eu tentei afastá-la na mesma hora. Pensar nos dois juntos, dançando, por algum motivo fazia com que algo se revirasse no meu estômago.

"Vi você e Isabel conversando mais cedo", eu disse, tentando afastar os pensamentos incômodos da minha cabeça. "Eu devia tê-la apresentado a você antes, mas percebi que estava ocupada demais com sua tia."

Um Príncipe para Penelope, livro 2 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora