Capítulo Dezenove - Sebastian

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EU ESTAVA DEBRUÇADO SOBRE A minha escrivaninha, me dedicando a um desenho complicado onde tentava sem sucesso captar o movimento das ondas de um mar revolto, quando alguém entrou no meu quarto sem bater

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EU ESTAVA DEBRUÇADO SOBRE A minha escrivaninha, me dedicando a um desenho complicado onde tentava sem sucesso captar o movimento das ondas de um mar revolto, quando alguém entrou no meu quarto sem bater. Como sempre acontecia desde que o mundo era mundo.

"Margot, quantas vezes eu tenho de dizer que..."

"Surpresa!"

Eu interrompi o que estava prestes a dizer e fitei de olhos arregalados a mulher parada diante de mim. Ela estava com os braços abertos como o Cristo Redentor, me olhando com um sorriso enorme e olhos brilhantes.

"Alexia!"

Antes que eu pudesse ir até ela, minha prima correu e me envolveu em um abraço apertado de quebrar as costelas.

"Como sempre, você está na toca", ela disse com uma risada. "Não é muito difícil te achar nesse lugar enorme, já que parece não ter problemas em ocupar menos que três cômodos."

"O que você está fazendo aqui? Quando chegou?", perguntei quando ela se afastou, ainda sem acreditar que Alexia estava mesmo no meu quarto. Eu não a via pessoalmente há vários meses.

"Agora", ela respondeu, se jogando na minha cama sem cerimônia. "Lily está lá embaixo com Margot e Steven."

"Lilian está aqui?! Como eu não fiquei sabendo que vocês estavam chegando?"

"Decidimos fazer uma surpresa e chegar alguns dias antes do baile, é claro. Layla me ligou há alguns dias e nos convidou para vir. Parece que vamos ter uma noitada no sábado, não é? Eu bem que estava precisando disso..."

Naquele instante tudo fez sentido.

Margot, Penelope e Layla estavam atoladas até o pescoço com os preparativos para o tal baile de verão. Margot não falava de outra coisa há dias e aquele era o motivo pelo qual Penelope e eu mal tivemos tempo de organizar nossas ideias e próximos passos em relação à busca por Amélia Gordon, desde a nossa ida até Arthenia. Eu sabia que Margot e Layla estavam convidando alguns familiares e que Alexia provavelmente viria até o palácio, mas não estava esperando que chegasse tão cedo.

"Você não parece muito animado para o baile", Alexia comentou com uma risada retumbante. "Ah, Seb, não se preocupe, depois de algumas taças de champanhe tudo fica bem melhor."

"Bailes são sempre um saco. Margot está prometendo que esse vai ser diferente, mas eu tenho lá as minhas dúvidas..."

"Bom, eu acho que você está errado", ela disse, então remexeu no interior da bolsinha que levava ao ombro e me mostrou uma pequena caixa de veludo vermelha. "Esse vai ser sim diferente dos outros."

"O que é isso? Vai me pedir em casamento?", brinquei, mas fiquei sem palavras quando Alexia abriu a caixinha e revelou um anel de brilhantes de verdade.

"O que você acha? Exagerado demais? Não quis muita pedraria, mas quando vi esse na joalheria, eu..."

"Jesus Cristo! Você vai se casar?!", eu disse, ou melhor, gritei. Não consegui evitar.

Um Príncipe para Penelope, livro 2 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora