Capítulo Vinte e Seis - Penelope

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SER CHAMADA DE CASA ERA uma ofensa para a mansão aos arredores da pequena cidadezinha de Slottet na costa oeste de Steinorth

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SER CHAMADA DE CASA ERA uma ofensa para a mansão aos arredores da pequena cidadezinha de Slottet na costa oeste de Steinorth. A enorme construção em estilo georgiano era cercada por muitos hectares de grama verde e flores tão lindas quanto as que ocupavam os jardins do palácio. Se o carro ao meu lado fosse substituído por uma carruagem, talvez eu pudesse me convencer de que estava dentro de Orgulho e Preconceito.

"Como avisei em cima da hora que nós estávamos vindo, não sei se as pessoas que cuidam da casa tiveram tempo de preparar tudo. Não repare se os móveis estiverem muito empoeirados", Sebastian disse para mim quando desceu do carro.

"Ah, é claro que eu vou reparar na poeira dos móveis. Essa com certeza vai ser minha prioridade quando entrar nesse lugar."

Sebastian sorriu para mim e naquele instante montes de funcionários saíram da casa para levar nossas coisas para dentro e nos mostrar nossos quartos. A mansão tinha dois andares, mas como Sebastian não tinha acesso aos cômodos superiores, fomos instalados no primeiro andar.

"Aqui é tudo tão silencioso", eu disse para Sebastian quando entrei no meu quarto. Olhei pela janela e tudo que vi foi a cidadezinha ao longe e montes de campos verdes. "Você e sua família deviam passar mais tempo aqui."

Sebastian deu de ombros e se juntou a mim perto da janela.

"Nunca viemos muito para cá. Steven trouxe Layla uma vez depois que eles se casaram para passar férias. Margot também veio com as amigas do colégio há uns dois anos. Mas eu entendo o que você quer dizer." Ele olhou pela janela por um momento, os olhos castanhos perdidos ao longe. "Talvez o meu tataravó tenha erguido essa casa porque desejava justamente isso: um lugar longe de todo mundo para poder descansar."

"Bom, acho que ele não contava com a minha presença", eu disse satisfeita, pulando na cama e tirando um bloquinho de notas que tinha colocado no bolso da minha calça jeans. "Já planejei muitas atividades para a gente! Não saímos de um palácio enorme para ficarmos trancados em outro."

Sebastian sorriu para mim e me olhou com as sobrancelhas erguidas.

"Você não é muito dada à calmaria, não é?"

"Nem um pouco."

Me voltei para a minha listinha e sorri de maneira enigmática.

"Você está livre às seis da tarde, Alteza?"

Sebastian olhou para o seu relógio de pulso e deu de ombros.

"Não tenho muita coisa para fazer. Mas agora já são três. Não quer descansar um pouco? Estamos na estrada há bastante tempo."

"Nah, quem precisa de descanso? O seu quarto fica do outro lado do corredor, não é? Sugiro que me espere pronto às seis."

"Tudo bem", ela abriu um pequeno sorriso e começou a se afastar, mas então parou e girou a cadeira de rodas na minha direção. Pela maneira como coçou a cabeça e franziu as sobrancelhas, soube que havia algo errado. "Penny, eu não queria falar sobre isso, mas... Você está legal? Com que aconteceu na casa da sua avó?"

Um Príncipe para Penelope, livro 2 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora