Não devia ter trazido à tona o que eu tive vontade de fazer quando a vi pela primeira vez. Se Agatha continuasse a me perguntar coisas, eu acabaria não controlando minha língua. Começo a pensar que já está na hora de eu parar com o vinho. Enquanto conversamos, uma cor suave foi florescendo em seu rosto, fazendo a minha virilha doer. O que me vem à cabeça no momento em que vejo seu rosto corado assim, é ela bem no meio de um orgasmo. Seus lábios dizendo meu nome e sua pele lisa e brilhante de suor. Mas que inferno! Eu tento pensar em outra coisa, tento manter minha libido em controle, mas ela insiste no assunto. Pior ainda. Insiste em se aproximar de mim. Eu não sou de ferro, caramba.
Qualquer controle vai embora quando ela me beija. Então eu percebo que é tarde. Se ela não tinha recuado a tempo, agora não adiantaria mais. Eu não sou mais capaz de me segurar. Todo o meu desejo reprimido por quatro anos de forma tão secreta que eu até a esqueci, veio à tona. Uma avalanche inesperada toma conta de mim e tudo o que eu quero é não tirar minha boca da dela tão cedo.
Intensifico o beijo, sendo correspondido de imediato. O gosto de vinho misturado ao de Agatha me leva à loucura. Nossas línguas buscam uma a outra o tempo todo, se testando, se conhecendo. Deus, isso é tão bom! Minhas mãos não se controlam por muito tempo e logo eu começo a passeá-las pelo corpo de Agatha, tocando-a de forma completamente diferente de todas as outras vezes em que a toquei. Agora eu aproveito a maciez dela e quero que o meu toque a faça pegar fogo. Acredito ter atingido meu objetivo quando a vejo arfar a cada toque meu. Sorrio em meio ao nosso beijo, aproveitando para seguir o caminho do seu pescoço com minha boca. Agatha agarra meus cabelos com força e inclina o pescoço, me dando acesso livre.
Nossas roupas são retiradas de forma urgente. E eu fico satisfeito em perceber que ela quer isso tanto quanto eu. Ao tentar ficar por cima dela, noto que ainda estamos no sofá. Me levanto e a puxo, trazendo-a para o meu colo. Eu quero que estejamos em minha cama quando eu me colocar dentro dela. Assim que chegamos ao meu quarto, coloco Agatha com cuidado em minha cama, me encaixando em seguida entre suas pernas. Tiro sua calcinha - a única peça que ainda estava nela - e vejo o quanto ela já está molhada. Por minha causa. E saber disso me deixa insano demais.
- Seu corpo é tão perfeito. – sussurro em seu ouvido. – Minha imaginação jamais conseguiria fazer jus ao que realmente é.
- Você já tinha imaginado? – ela pergunta e embora eu não estivesse olhando para ela nesse momento, sei que ela está sorrindo.
- Quando te conheci foi impossível não imaginar. – respondo.
Agatha me envolve com suas pernas, enquanto tenta retirar a minha boxer com seus pés. Quando finalmente ficamos pele a pele, busco uma camisinha numa caixa onde eu sempre guardava ao lado da cama. Depois de colocá-la com a ajuda de Agatha, me encaixo completamente nela e não demoro a penetrá-la. Ela me recebe completamente entregue, me envolvendo por inteiro. Tão maravilhosa, tão apertada. E naquele momento, tão minha. Totalmente minha.
Eu não sei como é o paraíso, mas me atrevo a comparar este momento com Rodrigo como sendo um. Pelo menos é o meu paraíso. Rodrigo é intenso, sexy, completamente envolvente. E está me levando a extremos, me fazendo sentir coisas que nunca pensei que pudesse sentir. Uma pequena parte de mim questiona se eu me arrependeria disso depois, mas não o suficiente para me fazer parar. Até porque eu perco qualquer raciocínio com ele me tocando o tempo todo, sua boca me deixando sedenta por mais dele.
O mundo para de girar e o ar de fluir quando eu sou invadida por ele. Completamente. Ele está envolto em mim. Completamente. Grito com um prazer nunca sentido antes. Arqueio minhas costas, recebendo mais dele. As mãos de Rodrigo vão até o meu quadril e ele passa a me guiar, ditando um ritmo. Minha cabeça gira com tanto prazer enquanto Rodrigo continua com seus profundos e ritmados golpes dentro de mim. Suas mãos me tocam em todos os lugares. Seus beijos não se limitam somente à minha boca. Necessitando fazer alguma coisa com as minhas mãos, eu também passo a tocar cada parte dele. O tremor dele me comprova o quanto ele gosta, então eu continuo.
Nosso ritmo vai ficando cada vez mais intenso. Sinto seus dedos entre nós, jogando comigo, me torturando a ponto de eu quase perder a cabeça. Sem aviso, Rodrigo suga forte meus seios, alternando de um para o outro, enquanto não para de investir dentro de mim cada vez mais fundo, mais do que eu pensava ser possível. Começo a gritar o seu nome ao sentir uma onda forte de prazer vindo em minha direção.
- Deus, sim! – ele geme. – Me chame pelo nome. – ele pede enquanto move-se sem parar.
Eu grito seu nome repetidas vezes enquanto me deixo ser arrebatada pela onda, enquanto eu vejo estrelas cintilarem sobre meus olhos. Sinto Rodrigo ficar rígido e me abraçar mais forte, cedendo à sua própria liberação logo depois. Ele deixa o peso de seu corpo cair sobre o meu e afunda seu rosto em meu pescoço. Ficamos em silêncio por um longo tempo, eu só não sabia dizer se era para recuperar o ritmo normal de nossas respirações ou se era para evitarmos o máximo possível conversar sobre o que tínhamos acabado de fazer. Sinto meus olhos pesarem e quando estou quase caindo na inconsciência, noto que Rodrigo já está adormecido.