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Desde que eu havia começado a namorar Daniela, Agatha estava estranha

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Desde que eu havia começado a namorar Daniela, Agatha estava estranha. Por mais que minha namorada fosse simpática e tentasse se entrosar, Agatha não cedia. Eu via que ela não correspondia às tentativas de Daniela, mas eu nada falava porque achava que era coisa de momento e que iria passar. Mas eu tinha chegado ao meu limite depois que Agatha ultrapassara todos os seus nesta noite. Não sei o que tinha dado nela para se comportar da forma que se comportou. Eu só sei que tinha cansado da sua birra ou seja lá o que fosse isso.

- Seria bom que você se acalmasse, Rodrigo. – a voz de Daniela preenche meus ouvidos, me fazendo sair de meus pensamentos e só então notar que eu praticamente rosnava e segurava o volante com mais força que o necessário.

- Me desculpe pelo comportamento da Agatha. – eu peço, sem coragem sequer de encará-la. – Juro que se eu soubesse que ela ia se comportar daquela forma, eu não teria te chamado.

- A culpa não é sua, Rodrigo. – ela responde. – Você me convidou e eu poderia ter recusado, mas eu quis ir.

Me calo por alguns minutos, até chegar em frente ao prédio onde Daniela mora. Me aproximo para beijá-la, mas ela se afasta de mim. Estranho sua recusa, mas logo imagino que ela esteja magoada pelo que tinha acontecido. Ela podia dizer que não era culpa minha, mas acho que isso não era o que ela realmente sentia.

- Você se importa de subir comigo? – ela propõe. – Prometo não tomar muito do seu tempo.

- Claro. Eu subo com você. – sorrio, embora não esteja entendendo a expressão em seu rosto. Claramente não é um convite para passarmos a noite juntos.

- Fica à vontade. – ela diz quando entramos em seu apartamento, fazendo gesto para que eu me sente no sofá e ela logo vem ficar ao meu lado.

- Você parece séria. – comento, observando o seu rosto e ela me lança um sorriso sem graça.

- O que tenho pra falar não é tão fácil pra mim, mas acredito que seja o certo a se fazer. – ela toma fôlego. – Eu acho que deveríamos terminar o nosso namoro, Rodrigo.

- O quê? Mas por que? – pergunto, surpreso. – Se é por causa de hoje...

- Não é por hoje. – ela me interrompe. – É todo esse tempo. – eu tento tomar a palavra, mas ela não me deixa. – Eu adoro você Rodrigo, e sei que você também me adora, mas talvez não seja da forma que eu deseje e precise. Observando você e a Agatha hoje ao lado da Vitória... vocês três formam uma bela família. Se vê de longe que vocês se entendem e se encaixam. E acho que é por isso que a Agatha não gosta de mim. Ela me vê como uma ameaça à família de vocês. Ela tem medo de que eu tire você dela.

O Elo Entre Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora