Los Angeles •Billie Eilish• ✅

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Billie x
Sábado, 7 de Novembro

— Amor? — eu chamei por Mariana que resmungou um pouco, virando para o outro lado — Acorde, daqui a pouco o pessoal chega —

— Hum... — ela resmungou sonolenta.

Essa semana tinha sido um pouco pesada no hospital, porque algumas pessoas do atentado ainda se recuperavam.

Os enfermeiros e residentes tiveram que trabalhar dobrado nos últimos dias.

Eu nem preciso dizer o quanto eu fiquei preocupada, sabendo que Mariana estava trabalhando além da conta.

Se fosse em outra situação eu não me preocuparia tanto, mas ela estava grávida e eu não queria que nenhum estresse causasse mal a ela e ao meu filho.

Era sábado, mas não era um sábado qualquer. Em breve minha família estará toda reunida, para ficarem sabendo da grande notícia.

A notícia de que eu seria mãe.

Ainda não dava pra acreditar.

Bem, eu sabia que isso ia acontecer logo, já que na minha cabeça, hoje nós iríamos até a clínica para começar as papeladas para a inseminação.

Mas, as coisas seguiram rumos diferentes e eu estou realmente feliz com esse rumo que tomou.

Meu sonho sempre foi ter um filho com a pessoa que eu amava e agora que eu sei que Mariana, a mulher da minha vida, está grávida, eu não consigo conter a animação, minha vontade era cumprimentar todo mundo com: "— Oi, você sabia que eu vou ser mãe? —"

O que me impedia era Mariana. Ela não queria que as pessoas soubessem da gravidez, não agora.

As pessoas vão acabar descobrindo mais cedo ou mais tarde, já que a nossa vida é bem pública, mas eu esperava que fosse o mais tarde possível.

— Mais cinco minutos... — Mari sussurrou cobrindo o rosto com o travesseiro.

— Okay, vou ver se as crianças já acordaram. Pode dormir o tempo que precisar — beijei seus cabelos e me levantei.

Fiz minha rotina matinal e depois eu desci as escadas correndo, literalmente.

As crianças estavam dormindo no quarto de hóspedes.

Durante os dois primeiros dias eles dormiram na sala, mas com a demora de encontrar um parente que queira ficar com eles, Mari e eu decidimos arrumar um dos quartos de hóspedes para dormirem.

A avó paterna dos pequenos já tinha sido encontrada, mas ela não quer e nem tem condições de cuidar deles.

É triste saber que crianças tão pequenas estavam vivendo um momento tão difícil desses.

Quando cheguei na sala, Lucy estava sentada no sofá, balançando as pernas enquanto assistia um desenho qualquer na televisão.

Ela era a mais solta, ligava a televisão quando queria e comia quando tinha vontade. Ela lembrava de mim quando era menor.

Já a irmã mais velha era mais calma e vergonhosa.

— Bom dia, Lu — eu me aproximei bagunçando seus cabelos.

— Bom dia, tia Billie — ela respondeu, sem tirar os olhos da televisão.

— Eu preciso de você. A tia Mari está muito cansada e precisamos fazer muita comida, você me ajuda? —

— Sim! — ela levantou quase que correndo, e me surpreendeu com um abraço.

Ouvi passos vindo da escada e vi Louise descendo com o irmão mais novo nos braços.