Capítulo I

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Inglaterra 

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Inglaterra 

Os tambores da guarda real anunciavam a chegada de uma ilustre pessoa a torre de Londres, torre esta que se converteu em minha célebre morada. Adoraria profanar que saudades de minha vida anterior nas costas de um cavalo ressuscitaram lembranças aqui esquecidas e que tais paredes e muralhas nem mesmo ao sabor de seu grande vazio tornaram-me um homem melhor, afinal, bondade e misericórdia nunca combinaram com meu espírito suicida.

— O senhor tem visitas. — Murmurou um dos guardas reais. — Vista algo apresentável para revelar-se diante de vossa majestade. — Completou o mortal súdito de vosso rei.

Algo apresentável? Estas paredes não irão me segurar, cedo ou tarde a cavalaria irá bater nas portas do palácio e sobre as águas do tamisa contemplarei a queda da Inglaterra. Jorge III meu finado amigo que nos seios do Senhor, assim, regozije.

— Sua majestade o rei Jorge IV, rei do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. — Gritou em meio aos tambores um tolo cão de sua honrada majestade, fadado em seu uniforme branco e vermelho.


— A que devo a graça de vossa visita, alteza?

— Para ti, majestade. — Disse o nobre rei.

— Majestade! — Claro, com honrarias manifestei dessa vez.

— Maldito sejas vos, Sr. George Ward. — Riu enquanto apontava para seu leal servo. — Aqui seu veredito!

Serei breve, melhor, o leal vassalo desse velho rei assim digo proferiu a sentença no pátio dessa, vulgar, e horrenda fortaleza que se converteu em minha casa nos últimos infelizes anos, ou seja, a morte por fuzilamento aconteceria na primeira hora do dia seguinte.

— Como deseja morrer Sr. barão? — Perguntou o rei em meio ao sorriso único. — Como católico ou protestante?

— Minha alma já esta encomendada, majestade. — Sorri. — Não se preocupe com o vassalo de vosso destino.

Ele se retirou e juro que me condenou ao lago de fogo, mas professo que minha visita aos confins da terra esteja adiada. Uma lástima, infelizmente muito em breve darei essa doce notícia ao rei e desejo que o mesmo não compartilhe da loucura de seu querido pai que no fogo, almejo, não estar.

A noite escura, fria e chuvosa seria um terror para um homem condenado à morte, contudo, raios e trovões soavam como música para meus ouvidos. Minha inseparável cartola negra nunca distante da casaca vermelha, o espelho refletia a imagem de um homem sucedido e vitorioso em segundos a caminho da liberdade.

Uma fortuna, entretanto, fora dos muros da torre de Londres me encontrava e agora caminhava para rever com carinho meu irmão James Ward Alarcon o marquês da Nortúmbria. Foram dias de cavalgadas, noites em claro e semanas hospedado em tavernas medíocres, mas a vitória fora conquistada e dias depois sobre as colinas da terra de meu honrado irmão pude avistar a residência do Sr. Marquês da Nortúmbria.

Ele vivia como um rei, e logo, o belo palacete de tijolos marrons dourado casava-se assimetricamente com a sombra dos enormes carvalhos de idade já centenária que adocicavam um charme divinal sobre essa simpática e singela residência.

Açúcar: A vingança do barão/ Livro 2 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora