Epílogo

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No passado travei batalhas e sonhei que as conquistava para a glória de futuras almas, enganei-me, pois essas árduas batalhas selaram a tampa de meu caixão e só agora vivendo de lembranças sou forte o suficiente para reconhecer o quanto a soberba me traiu. 

Quando me apaixonei, logrei ser vencido pelo coração e movido de ódio roguei a morte de todos e, a todas as mulheres, a culpei por minha infortuna decepção. Quando tive uma nova oportunidade, simplesmente o desprezei. Quando podia ser complacente optei pelo fio da espada. Quando podia ser misericordioso deixei-me levar pelo orgulho e uma vida tirei. Quando novamente a vida presenteou-me com uma segunda oportunidade tratei de ignorar pela segunda vez e a vida de uma perfeita mulher condenei ao calvário. Quando amei pela segunda vez o destino roubou meu amor e as trevas sepultaram a esperança. Quando o mar de realidade tocou as areias do tempo, eu, não tinha esse tempo e a corrida estava perdida. Quando o arrependimento a porta bateu, ela, a linda e doce duquesa de Madrid a perdi para todo o sempre. 

As masmorras de Londres soaram ser libertador e tão breve um perfeito final, mas novamente atentei para o oposto e coberto de vingança planejei a minha volta. 

Cobri a Inglaterra com sangue e a vida de meu amado irmão lavou os campos da Nortúmbria. Quando menos imaginava um rosto tão insignificante, aos poucos quebrantou esse coração de pedra. Ainda assim a Espanha provou do mesmo veneno, mas quando os mares cruzei a vingança já não tinha sentindo algum e algo em meu coração havia mudado. Não sei explicar, mas antes um morto vivo passei a ouvir o pulsar do velho músculo de carne sobre o peito até então esquecido.

Quando ousei e jurei jamais provar desse sentimento, novamente, me equivoquei. Quando lutava e teimava para resistir, na verdade, já havia perdido há muito tempo. Quando avistei, tudo estava arruinado e nesse infeliz momento estava apaixonado. Quando sonhei que compartilhávamos do mesmo amor, traído pela terceira vez, fora esse meu castigo. Quando a morte desejei para findar meu sofrimento, ela não me visitou, em seu lugar, os fantasmas do passado passaram a me assombrar. Quando sua presença não desejei essa se tornou real.  

Morrer não foi um desejo, foi uma ordem do caos. Eu conspirei e o universo retribuiu. Amar não foi um erro, o erro foi não amar quando podia amar. 

Açúcar: A vingança do barão/ Livro 2 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora